Obedecendo a direção do Senhor: Como a história do profeta Moisés pode ajudar nossa família

A extraordinária história do profeta Moisés está recheada de grandes lições. Veja algumas delas e como sua compreensão pode nos ajudar a nos tornar melhores membros de nossa família.

Erika Strassburger

O profeta Moisés teve uma vida atribulada desde que era um bebê. Aos 40 anos, ele foi chamado pelo Senhor para cumprir uma grande missão: tirar os Israelitas, o povo do convênio, do cativeiro do Egito, e conduzi-lo à terra da promissão.

Vejamos alguns pontos marcantes de sua história e as lições que podemos extrair desses acontecimentos para aplicar em nosso lar:

1 – O sacrifício de Joquebede

Joquebede, a mãe de Moisés, passou por circunstâncias pelas quais nem sonhamos passar. Em Êxodo 1 lemos que o Faraó ordenou a morte de todos os meninos nascidos hebreus. Joquebede escondeu seu filho por três meses, o máximo que pôde, depois fez algo bastante arriscado: “tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio.” Êxodo 2:3. Certamente ela foi inspirada pelo Senhor a fazê-lo. Pois sabemos como essa história terminou. Ele foi encontrado pela filha do Faraó, que “moveu-se de compaixão dele” (v.6) e decidiu adotá-lo.

As atitudes de Joquebede nos ensinam as seguintes lições:

  • Precisamos confiar no Senhor e seguir os sussurros do Seu Espírito.

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  • Precisamos estar dispostos a fazer qualquer sacrifício pelo bem-estar de nossos filhos.

  • Quando Deus nos pede algo, Ele prepara um caminho para que suas ordens possam ser cumpridas.

  • Muitas vezes é necessário um grande sacrifício para se colher uma grande bênção. O que começou com a separação de uma mãe e um filho, terminou com um povo liberto de séculos de escravidão.

  • O Senhor recompensa nossos sacrifícios. A separação de mãe e filho durou bem pouco. Joquebede acabou por amamentar o próprio filho e criá-lo até que crescesse.

2 – Moisés recusou os tesouros do Rei

Provavelmente Joquebede tenha ensinado ao filho os princípios e tradições hebraicas enquanto cuidava dele durante seu crescimento. Ele deve ter aprendido que mais vale o tesouro que teremos nos céus do que toda a riqueza da terra. Em Hebreus 11:24 e 26 lemos: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, (…) Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito”. Devemos, de igual maneira, incentivar nossos filhos a juntar “tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.” Mateus 6:20.

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3 – A obediência e persistência de Moisés

O Senhor ordenou a Moisés que fosse falar com o Faraó e transmitisse a seguinte mensagem: “Assim diz o SENHOR: Deixa ir o meu povo, para que me sirva.” Êxodo 8:1. Ele o fez por diversas vezes, devido à teimosia e às vãs promessas do Faraó. Ele fez tudo o quanto o Senhor lhe ordenara. Até que, depois de muitos transtornos e uma grande tragédia em que os primogênitos dos egípcios morreram, o povo pôde partir.

Como nossa família encara os mandamentos de Deus, com seriedade ou desdém? Somos perseverantes naquilo que nos foi confiado?

4 – A paciência de Moisés

Depois de dividir as águas do Mar Vermelho para que o povo atravessasse, outra ladainha se iniciou. Eles “saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água.(…) E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?”. Êxodo 15:22,24. Esse foi o início de uma série de reclamações. E diziam mais: “Quem dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar!

“Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.” Êxodo 16:3.

O Senhor sempre atendia às petições do povo, inclusive mandando maná e codornas para alimentá-los, mas eles viviam se queixando, deixando transparecer um caráter murmurador, ingrato e idólatra.

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Moisés guiou esse povo por 40 anos no deserto. Teve de aturar suas reclamações e rebeldia, mas empenhou-se com afinco para tentar santificá-lo para que estivessem dignos de receber sua herança: a terra prometida.

Os pais precisam, muitas vezes, ter muita paciência para lidar com filhos rebeldes e ingratos. As mães servem incansavelmente sua família, cozinhando, lavando, cuidando da casa, e em várias ocasiões, não recebem o devido reconhecimento. Estamos nos preparando para receber a nossa “terra prometida” celeste. Esse é o tempo de santificação. Se estamos sendo rebeldes pelas coisas que temos de passar, e murmuramos sem parar, é hora de mudar de atitude.

5 – A perda da recompensa

Os israelitas ficaram andando em círculo por 40 anos. Eles estavam muito perto da terra prometida (Canaã – a atual Palestina), mas não mereceram entrar devido às constantes rebeliões. Se não puderam entrar na terra prometida terrena, será que estavam aptos a entrar na terra prometida celeste?

Quando deixamos de fazer o que precisamos, perdemos muitas bênçãos nesta vida. Muitas vezes temos a sensação de estar dando mil voltas sem sair do lugar. A rebelião é, literalmente, um atraso de vida. E as piores consequências virão no porvir. Corremos sérios riscos de “morrer no deserto”.

Que possamos estar dispostos a servir nossa família e a fazer sacrifícios pelo seu bem-estar. Que nosso coração se encha de gratidão por tudo o que temos. Que possamos olhar para as tribulações com olhos mais otimistas. Em vez de fixarmos nas fortunas terrenas, fixemos nos tesouros incorruptíveis. E, por fim, que sejamos obedientes aos mandamentos de Deus, e tenhamos paciência, perseverança e humildade durante a nossa jornada mortal rumo à “terra prometida”.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.