O que pais e mães precisam saber sobre afogamento secundário

Quando as crianças estão na água, todo o cuidado é pouco. A prevenção é sempre a melhor forma de deixá-los seguros.

Caroline Canazart

Você já ouviu falar em afogamento secundário e seco? Pois eles existem e podem acontecer com adultos e adolescentes, mas as crianças são mais propensas a desenvolverem o quadro. De acordo com especialistas em afogamento do Hospital de Tampa, na Florida, nos Estados Unidos, eles são eventos raros, mas que necessitam de cuidados médicos e de atenção dos pais.

No afogamento seco, quando a criança respira a água, a laringe pode ser fechada por espasmo e isso interrompe as suas vias aéreas. Dessa forma a respiração fica muito difícil e a entrada de oxigênio nos pulmões é interrompida. Porém, o coração continua a bombear sangue para os pulmões e é neste evento que a pessoa pode se afogar com os seus próprios fluidos.

No afogamento secundário, a água aspirada fica nos pulmões acumulada e causa um edema pulmonar.

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Sintomas

Os sintomas dos dois tipos de afogamento são os mesmos. O que difere é que no seco eles começam logo após algum incidente com água. O secundário pode iniciar mais tarde, entre uma e 24 horas depois de alguma brincadeira na piscina, mar ou lago. São eles:

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  • Tosse

  • Dor no peito

  • Dificuldade para respirar

  • Cansaço extremo

  • Mudança de comportamento, como irritabilidade ou queda de energia que corresponde que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente.

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O que fazer se isso acontecer com o seu filho

Se notar que ele tem algum dos sinais citados acima você precisa levá-lo ao hospital. Não adianta ir ao consultório do pediatra, pois, alguns exames e procedimentos serão necessários e serão feitos apenas numa sala de emergência.

Normalmente os problemas são tratáveis e precisam de ajuda médica. Não existe um medicamento para curar esses tipos de problemas. O que acontecerá será que a criança terá um suporte para verificar se suas vias respiratórias estão desobstruídas e terá monitoramento do nível de oxigênio. Caso seja necessário, a criança usará um tubo de respiração.

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Como prevenir

A principal coisa a ser feita é sempre estar de olho nas crianças enquanto elas estiverem brincando na água ou perto de um local que tenha água. Nunca as deixe sozinhas, mesmo que pareça seguro ou que a quantidade de água seja pouca. Uma criança pode se afogar com 2,5 centímetros de altura de água dentro de um balde, banheira, piscina de plástico ou vaso sanitário, por exemplo.

Matricule seu filho em aulas sobre segurança na água. Existem classes para bebês a partir dos seis meses de idade. Não esqueça de usar colete salva-vidas neles e sempre os deixe nadar perto de locais onde tenham profissionais de resgate, caso haja um afogamento.

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Para quem tem piscina em casa, a atenção é para que cercas de segurança sejam colocadas ao redor dela e verificar se o acesso esteja sempre bloqueado.

Quando o assunto é adolescente, os pais devem explicar aos filhos sobre o perigo de afogamentos relacionados ao uso de drogas e bebidas alcoólicas.

Os telefones para emergência são: 193 – Corpo de Bombeiros, e 192 – Samu.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.