Estudos comprovam: Por que algumas pessoas são mais felizes que outras

Você tem maior ou menor dificuldade em superar os momentos trágicos ou desagradáveis da vida? Veja neste artigo que a ciência já explica isso.

Suely Buriasco

É grande a chance de que todos os seres humanos do nosso planeta tenham sofrido, em algum momento da vida, os efeitos da ansiedade. Difícil que alguém nunca tenha se sentido inseguro, com medo e sensação de que algo muito ruim está prestes a acontecer.

Mas o fato é que algumas pessoas parecem ter verdadeira aptidão por ver sempre o lado negativo das coisas. Por mais que se esforcem, que tenham ajuda de familiares e amigos, ainda assim têm grande dificuldade em mudar as ondas vibratórias de seus pensamentos e continuam a enxergar o mundo de forma negativa e pessimista. Claro que com muita determinação alguns conseguem controlar as emoções a fim de que elas não lhe tragam prejuízo, mas o que se observa é que para outras pessoas essa dificuldade não existe e momentos de insegurança e ansiedade são passageiros.

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Estudos

Essa diferença na forma de encarar o mundo, bem como no grau de dificuldade em manter o bom humor e a positividade tem chamado a atenção de estudiosos. Há muito tempo os especialistas já sabem que algumas pessoas sofrem de ansiedade mesmo na ausência de qualquer situação de perigo ou estresse. Uma pesquisa recente publicada nessa matéria explica em parte porque isso acontece. Pela primeira vez os cientistas demonstram que a origem do problema pode estar numa variação genética no cérebro que faz algumas pessoas “esquecerem” mais rapidamente as experiências trágicas e desagradáveis. Essa mutação produz alto nível de anandamida, conhecida como “Substância da felicidade”.

A Anandamida

A “Substância da felicidade” é endógena e produzida no cérebro humano, foi descoberta em 1992 e, desde então, tem sido motivo de muitos estudos. Pode ter efeitos analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos, semelhantes aos do THC, componente da espécie vegetal cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha. É, pois, uma substância natural que apresenta as mesmas qualidades medicamentosas da maconha, no entanto, sem os efeitos deletérios ou destrutivos da droga. Segundo o estudo do professor Fabrício Moreira o grande desafio é encontrar a fórmula para potencializar a anandamida no cérebro o que teria ampla aplicação no tratamento psíquico.

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Os resultados

O que os estudos já conseguem afirmar é que algumas pessoas possuem essa variação genética que favorece o sentimento de bem-estar e, por isso, conseguem manter-se mais continuamente em estado de felicidade. Essas pessoas estão, pois, menos propensas a apresentar alterações psíquicas como a depressão, por exemplo, e também estão menos sujeitas aos vícios de forma geral.

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O que muda

Esses estudos são de suma importância para a medicina e sua aplicação a favor da cura e do bem-estar humano. Mas, o simples fato de conhecermos os resultados, mesmo que de forma superficial, já provoca grande mudança na forma de encararmos a questão.

Cada vez mais somos chamados a compreender a sabedoria das palavras do Cristo em Mateus 7:1: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Quantas vezes desistimos de ajudar alguém acreditando que ele não quer se livrar do pessimismo, da ansiedade e da angústia? Pois é, ignorantes que somos achamos que podemos condenar as pessoas que, possivelmente, não tenham condições de sair dessa situação sozinhos.

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As lições

  • Se você é uma pessoa que consegue mais facilmente superar momentos difíceis, tenha paciência com os outros e respeite seus limites. Procure inspirar e exemplificar o otimismo e a alegria de viver.

  • Se você percebe que está em constante luta para manter a sua mente positiva, mas que, muitas vezes, sente que o abatimento se instala em sua vida, procure o quanto antes ajuda médica.

Bom saber que em todo o mundo existem pessoas que se dispõem a estudar e trazer à humanidade maior chance de cura e bem-estar. Que Deus abençoe seus esforços!

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.