Como diferenciar depressão de rebeldia no adolescente

O que fazer quando seu filho apresenta uma personalidade rebelde? Talvez seja depressão. Como ajudá-lo, quando a convivência tornou-se dolorosamente um desafio?

Fernanda Ferraz

Um grande desafio familiar surge quando os filhos apresentam comportamentos rebeldes. É denominado rebeldia, pelo dicionário, quando alguém age de forma resistente, com birra, não-conformidade, oposição ou teimosia.

Segundo ensinam alguns psicólogos sobre comportamento, os cuidados maternos são tão indispensáveis para o futuro da criança que, na sua falta, se encontram as raízes fundamentais do desajuste infantil, que acaba no adulto desajustado. Vale ressaltar a importância do acompanhamento materno e paterno desde a tenra infância para que com os cuidados devidos, carinho e afeto, os filhos percebam os bons ensinamentos e exemplos de seus pais.

É necessário que a família proporcione um acompanhamento constante na vida dos filhos. A vida familiar sadia e com estabilidade emocional conduz as crianças a tornarem-se adultos maduros e conscientes de suas responsabilidades, contribuindo positivamente dentro da sociedade.

Algumas vezes os pais nem conseguem perceber os motivos do desenvolvimento desta personalidade rebelde que acaba construindo grandes conflitos dentro do lar, e erguidos muros entre relacionamentos, algumas vezes podemos citar, são causadas por situações que talvez nunca passem pela cabeça dos pais. Grandes fatores que estão ligados com a rebeldia podem vir de problemas emocionais, carencias afetivas, e necessidade de atenção; ou até por ordens mais sérias como depressão juvenil.

Tudo isso deve se percebido pelos pais com muita atenção e carinho. Se confirmada que o motivo da rebeldia do jovem é a depressão, cabe os pais agirem com mais cuidado e de preferência com ajuda de um profissional qualificado, como um psicológo, para que o jovem seja tratado como deve ser.

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Mau-humor e rebeldia são normais da idade, mas a depressão na adolescência é muito diferente. A depressão pode destruir a essência da personalidade do adolescente, causando tristeza, desespero, ou raiva. A depressão é mais comum do que se pensa e muitas vezes confundida apenas com rebeldia passageira.

O fato é que a depressão atinge mais os adolescentes do que a maioria das pessoas imaginam. E apesar de a depressão poder ser tratada, os peritos afirmam que apenas 20% dos adolescentes deprimidos recebem ajuda. Se não for tratada, a depressão poderá conduzir a problemas mais sérios, como na escola e em casa, abuso de drogas, alcoolismo, ódio por si mesmo e até tragédias irreversíveis como homicídios ou suicídios.

Podem ser sinais e sintomas de depressão nos adolescentes:

  • tristeza ou desespero;
  • irritabilidade;
  • raiva;
  • hostilidade;
  • choro frequente;
  • perda de interesse em atividades;
  • mudanças nos hábitos de alimentação e de sono;
  • falta de descanso e agitação;
  • sentimentos de culpa;
  • falta de entusiasmo e de motivação;
  • fadiga ou falta de energia;
  • dificuldades na concentração;
  • isolamento intenso;
  • principalmente pensamentos de morte ou suicido.

Se você não tem certeza se um adolescente está deprimido ou se se trata apenas de uma fase da adolescência, preste atenção à duração e gravidade dos sintomas.

Porém, em sua maioria, crianças e jovens só querem ser ouvidos, e talvez ajam de algumas formas para chamar atenção. Muitas vezes, pode ser que pensem que, quanto mais eles gritem, mais facilmente serão ouvidos, e muitas vezes estão só copiando a perda de controle que observam, adotando comportamentos de teimosia e descaso familiar.

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É de conhecimento geral que, chegando a fase da adolescência, com os hormônios a flor da pele e muitas mudanças tanto internas quanto externas acontecendo, pode aumentar as chances dos conflitos estarem introduzidos no cotidiano familiar.

Mas, existe pequenas e simples formas de ajudar a solucionar os mesmos:

1- Compreensão

Os pais, devem ser compreensivos, devem conversar e procurar entender as razões de tais atitudes. Se determinadas ações têm efeito antigo (como na infância), ou efeitos presentes. Se estão relacionados ao vínculo familiar, ou à escola, trabalho ou até psicológico. Ao tentar ajudar, pode haver muita resistência da parte do filho (a), mas caberá aos pais exercerem paciência, amor e dedicação para obterem sucesso.

2- Auxílio

Sendo percebidos os motivos, deve ser prestado apoio afetivo, para que o rebelde compreenda que, havendo uma mudança de atitude na vida dele (a), tudo ao seu redor terá uma melhoria tanto em qualidade. Também lhe proporcionará mais equilíbrio, bem-estar consigo e com seus parentes e amigos, harmonizando e equilibrando o meio em que vive.

Os pais devem impor limites. Saber dizer não também é fundamental, para que eles observem que não podem ultrapassar as regras que os protegem, lembrando que existe autoridade sobre eles e que toda as escolhas que tomarem, terá consequências.

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3- Participação

O relacionamento amoroso e a participação dos pais dentro dos interesses e objetivos reforçam o relacionamento entre as duas partes. A colaboração influencia os filhos que percebem o amor, preocupação e zelo dos pais.

4- Exemplo

Ser um exemplo na vida dos filhos é o ponto mais forte. Sobre este tema, é notório que menino ou menina, rapaz ou moça, tenderá a querer agir e pensar pela mesma linha de atitudes e pensamentos, que constantemente é visto dentro do lar. Os filhos desejam e querem ser como os pais em determinada época de suas vidas, então cabe aos responsáveis estarem atentos a mudanças comportamentais, e investigar com mais seriedade de onde vem os problemas, para que sejam buscadas soluções exatas e ajustáveis para cada caso.

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Fernanda Ferraz

Graduada em RH, acredito que nossa vida têm verdadeiro propósito, sou SUD, sei que toda dor e aflição é uma fonte de virtude e força espiritual, que nos molda e purifica.