Classificação indicativa: Aprendendo quando um filme é adequado para crianças

Todos os filmes e programação da televisão aberta precisam ter a classificação indicativa com idade e o conteúdo que será exibido.

Caroline Canazart

Cada dia que passa percebo que as responsabilidades que temos como pais só aumentam. Hoje meu filho assiste apenas alguns desenhos e, para a minha sorte, os dois ou três preferidos são bem educativos com histórias centradas em cores, números, letras e palavras. Mas a época de querer ver outros programas e ir ao cinema vai chegar… Junto com ela a importante decisão de ensiná-lo a escolher bons atrativos. E tudo começa em casa, quando permitimos ou não que as crianças assistam certos tipos de filmes e programas.

Hoje a sexualidade, violência, consumo de drogas e álcool e todo tipo de preconceito estão presentes na televisão. Expor crianças e jovens a cenas diárias é assumir o risco de que eles poderão tomar todas as atitudes vistas num filme, seriado ou novela como normais e aceitáveis, tudo porque normalmente são influenciáveis e ainda não conseguem filtrar as informações.

Um auxílio que os pais têm na hora de decidir o que os filhos poderão assistir é a classificação indicativa que precisa estar nas caixas de filmes em DVD, na programação da televisão aberta e nos cartazes do cinema. Essa classificação é exercida pelo Ministério da Justiça, baseada na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A classificação é dividida nos seguintes itens:

L – Livre para todos os públicos – A análise não aponta inadequações. Exibição em qualquer horário.

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10 – Não recomendado para menores de 10 anos. Exibição em qualquer horário.

12 – Não recomendado para menores de 12 anos. Exibição após às 20 horas.

14 – Não recomendado para menores de 14 anos. Exibição após às 21 horas.

16 – Não recomendado para menores de 16 anos. Exibição após às 22 horas.

18 – Não recomendado para menores de 18 anos. Exibição após às 23 horas.

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O Ministério da Justiça ainda diz que o Painel Nacional de Televisores do Ibope 2007 observou que as crianças brasileiras entre 4 e 11 anos de idade passam, em média 4 horas e 50 minutos por dia em frente à TV. Além disso, fala ainda que estudos mostram que as crianças estão propensas a imitar o que assistem em filmes, desenhos, novelas e não sabem diferenciar ficção e realidade. Daí a importância de se oferecer ferramentas para que a família faça a escolha sobre o que assistir ou n ão.

Os critérios de classificação para um filme, por exemplo, acontece a partir de pesquisas, de debate e da ajuda da Constituição Federal e do ECA. Não é como a censura aos meios de comunicação como acontecia na época da ditadura, pois a classificação indicativa apenas orienta sobre o conteúdo que o programa apresentará.

Uma outra ferramenta que pode ajudar os pais está disponível no site do Ministério. Lá existe um item para a consulta de classificação de filmes, programas de televisão, jogos eletrônicos e livros de RPG. Clique aqui para verificar o conteúdo.

Além dessas medidas, os pais também podem tomar atitudes como:

  • Assistir a programação junto com o filho.

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  • Explicar sobre algum tipo de cena que passe no filme, como violência, preconceito, bullying, para que ele possa distinguir sobre o certo e o errado.

  • Não deixar a televisão ligada o dia todo.

  • Fazer as refeições com a TV desligada.

A tabela acima dá uma visão geral sobre os códigos. Proteja suas crianças do que entra em sua casa pela tela da TV.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.