Aos 24 anos anos ela descobriu um câncer de colo de útero. Agora, ela deixa um alerta importante que pode salvar a vida de outras mulheres

Ela começou a ter sangramentos inexplicáveis, mas não fez o Papanicolau logo, porque não tinha idade suficiente para fazer o exame gratuito.

Erika Strassburger

Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, apenas mulheres a partir de 25 anos de idade têm direito a fazer o exame Papanicolau gratuitamente. No Brasil, o exame pode ser realizado pelo SUS. Se quiserem iniciar o preventivo mais cedo, as mulheres precisam procurar uma clínica particular.

Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para a realização do exame pelo SUS, mantendo a idade mínima em 25 anos e estendendo a idade máxima de 59 para 64 anos, quando os exames derem negativo. Levantamentos recentes mostram que 76% das pacientes com esse tipo de câncer têm entre 31 e 50 anos.

E quando a doença se manifesta prematuramente?

Foi o que aconteceu com a americana Heather Keating. No início de 2016 ela fez uma publicação no Facebook para contar sua história e alertar as mulheres, principalmente as mais jovens, sobre a doença.

Ela escreveu: “Fui diagnosticada com câncer cervical no primeiro estágio da doença, aos 24 anos. Por ter 24 anos, não tive direito a fazer o Papanicolau de graça, então, não foram detectadas as primeiras alterações celulares no meu colo do útero”.

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Posted by Heather Ryan on Thursday, February 4, 2016

Sinais de alerta

Os primeiros sinais de alerta para Heather foram sangramentos vaginais inexplicáveis. Ela começou a sangrar entre um período menstrual e outro e passou a apresentar sangramento depois das relações sexuais.

Ela procurou um clínico geral que a orientou a voltar quando tivesse 25 anos para fazer o Papanicolau. Ela pensou, “tudo bem!”, achando que não era nada grave. Mas, três meses depois, o sangramento havia piorado e ela ficou anêmica. Ela voltou ao médico que, finalmente, a encaminhou a um ginecologista.

Descoberta do câncer e tratamento

Foram feitas biópsias e ela foi encaminhada a um oncoginecologista, que lhe deu a notícia terrível.

O próximo passo foi fazer uma ressonância magnética para verificar se o câncer havia se alastrado. Felizmente, o tumor estava concentrado apenas em seu colo do útero e uma cirurgia foi suficiente para removê-lo totalmente.

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“Quatro semanas depois de ter recebido a notícia de que eu tinha câncer, ele havia desaparecido! Eu tive tanta sorte, fui tão sortuda por descobri-lo a tempo! Estou livre do câncer!”, comemora.

Necessidade de alertar sobre a doença

Heather poderia apenas seguir em frente com sua vida, mas, mesmo estando curada, ela achou necessário contar sua história, porque muitas mulheres jovens podem estar passando pela mesma situação e não sabem, por não terem idade suficiente para fazer o exame de graça.

“Essa foi a experiência mais dolorosa e emocionalmente dramática da minha vida, e ninguém deveria ter que passar por ela. Então, com a sua ajuda, quero compartilhar minha história para que haja mais consciência sobre o câncer cervical”, disse.

“Se você tem mais de 25 anos, faça seus preventivos, tire tempo para isso! Eles são tão importantes! Eu queria ter tido a oportunidade de ter minhas alterações celulares diagnosticadas antes que se tornassem cancerígenas. Se você tem menos de 25 anos e percebe que algo não vai bem, procure um clínico geral”.

Outros sintomas

Além de sangramentos inexplicáveis, o câncer cervical apresenta outros sinais de alerta:

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  • Dor contínua no pé barriga que pode se estender para as costas, dependendo do estágio do tumor.

  • Dor na relação sexual.

  • Secreção vaginal anormal e com cheiro ruim.

  • Cansaço.

  • Perda de peso.

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  • Náuseas.

A imagem abaixo mostra o colo do útero normal e com lesões em três estágios

Cerca de 90% dos casos de câncer de colo de útero são causados pelo vírus HPV, que é sexualmente transmissível. Então, nunca é demais alertar contra práticas sexuais irresponsáveis.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.