A complementaridade de homem e mulher: 4 mensagens importantes sobre o casamento e família

Quatro mensagens entre mais de 350 líderes religiosos de 6 dos 7 continentes da terra se destacaram no Evento Internacional Interreligioso Humanum realizado pelo Vaticano em Novembro de 2014.

C. A. Ayres

Vaticano – De 17 a 19 de novembro de 2014, um evento sem precedentes entitulado “Humanum: Um Colóquio sobre a Complementaridade de Homem e Mulher”, organizado pelo Cardinal alemão Gerhard Müller sob supervisão do Vaticano, reuniu mais de 350 líderes de 14 religiões diferentes para tratar sobre casamento e sua importância para a família e a sociedade.

Os líderes convidados fazem parte de igrejas que apóiam o complementarismo, conforme teologicamente ensinado nas escrituras onde homem e mulher possuem papéis diferentes no casamento e família, como a Igreja Católica, Igrejas Evangélicas, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o judaísmo, taoísmo, islamismo e sikhismo. Igrejas que apóiam o igualitarismo, como a Presbiteriana, Episcopal e a Igreja Unida de Cristo, não foram convidadas.

O Papa Francisco abriu o evento com um recado ao mundo. Para ler o resumo de suas palavras, leia o artigo: Papa Francisco tem um recado mundial para as famílias.

O conteúdo dos discursos de diversos líderes religiosos foi bastante relevante na defesa da família e preservação da unidade matrimonial entre homem e mulher. Entre os muitos ensinamentos, destacamos:

1. O poder do homem e mulher em viver conforme sua natureza divina

Dr. Russell Moore, Presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Igreja Batista Sul, defendeu o homem como criatura divina capaz de fazer escolhas, e não ser apenas um predador sexual. Ele disse, “O corrente debate sobre se o casamento é bom, se crianças precisam de pais e mães, ou se expressões sexuais devem realmente ser ligadas através da cerimônia de tornar-se um, na verdade, assume uma visão diferente da humanidade, do que significa ser uma pessoa. A cultura ocidental agora celebra a sexualidade casual, cohabitação, divórcio sem causa, redefinição de casamento e direito ao aborto como parte de uma revolução sexual que deveria quebrar o velho sistema patriarcal. Mas isso não é o caso. A revolução sexual não é liberação, mas a imposição de uma patriarquia diferente. Fortalece o homem darwiniano a buscar predatoriamente o macho alfa, a partir do poder, prestígio e prazer pessoal. Alguém acha que isso fortalecerá mulheres e crianças social, econômica, política, e principalmente, espiritualmente? (…) Como cristãos, precisamos defender a criação divina do casamento, lembrando o mundo que não somos apenas meras máquinas carnais, mas somos criaturas responsáveis por natureza, a natureza de Deus.”

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2. A necessidade de defender o que é certo à vista de Deus

Richard Warren, Reverendo da Saddleback Church, falou sobre a necessidade de defendermos o que é certo e lembrarmos que prestamos contas a Deus, não ao homem. Ele disse que “Nossa cultura hoje tem aceitado duas mentiras. Uma delas é: se você discorda do estilo de vida de alguém, é porque você o odeia ou tem medo dele. Eu não estou com medo nem odeio, eu apenas discordo. E a outra é: se você ama alguém, você tem que concordar com tudo o que eles acreditam ou fazem. Isso não existe, porque ninguém concorda com tudo o que você faz, incluindo sua esposa ou marido. (…) Todo líder precisa aprender como representar Cristo quando é atacado. Se você defende a verdade corajosamente, você será atacado, pode ter certeza disso. Nós precisamos obedecer a Deus, não ao homem. (…) Lembre-se de Quem estaremos respondendo no final do dia. É Jesus Cristo. (…) A única forma de ser relevante é ser eterno. Tudo que está na moda, irá fora da moda. Nenhuma revolução dura, incluindo a revolução do sexo. Nenhum ditador dura, e toda mentira eventualmente desmorona em sua própria decepção. Mas a palavra de Deus continua. Não é necessário estar ao lado da cultura, nem da história. Mas é importante estar do lado certo.”

3. A chave para o sucesso do casamento e família bem-sucedidos

Dr. Henry B. Eyring, Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, prestou um testemunho pessoal sobre como a vivência dos ensinamentos contidos no documento A Proclamação ao Mundo afetou sua vida e de sua família. Ele disse: “(…) Onde há egoísmo, as diferenças naturais entre homens e mulheres muitas vezes os dividem. Onde há altruísmo, as diferenças tornam-se complementares e proporcionam oportunidades de ajudar e edificar um ao outro. Cônjuges e familiares podem edificar um ao outro e ascenderem juntos se eles se preocuparem mais com os interesses do outro do que com seus próprios interesses. Se o altruísmo é a chave para a complementaridade no casamento entre um homem e uma mulher, sabemos o que devemos fazer para ajudar a criar um renascimento dos casamentos e vida familiar bem-sucedidos. (…) A mudança necessária é no coração das pessoas mais do que em suas mentes. A lógica mais persuasiva não será suficiente, a menos que ajude a quebrantar os corações. (…) À medida que trabalhamos para construir e incentivar casamentos fiéis e amorosos em que homens e mulheres se tornem como um e nutram suas famílias, o Senhor irá multiplicar nossos esforços.”

4. O casamento como base principal da família e da sociedade em que vivemos

Eugene Rivers, Reverendo e Líder Espiritual da Black Church in America, foi escolhido para encerrar o evento e ler o documento Uma nova afirmação sobre o Casamento, que diz: “(…) Hoje os lares que os casamentos formam estão expostos a um exército de distrações, e ao ladrão e inimigo que vem para roubar e destruir. Casamentos são cada vez mais raros e crianças em número menor. Onde a pobreza erode, o casamento está fora de alcance. Onde a guerra aflige, famílias são esmagadas. Em qualquer lugar onde o casamento regride, nós perdemos os bens trancendentes e materiais que todos os humanos deveriam compartilhar. E isso também é nossa falta, porque quando casamentos estão expostos ao vento e à chuva, nós prestamos pouca atenção. Quando as necessidades das crianças sucumbem ao desejo de adultos, nós permanecemos em silêncio. (…) O casamento não é um mero símbolo de realização, mas a fundação, a base onde é construída uma família, e daí uma comunidade. (…) Na terra, o casamento nos une através dos tempos na carne, e aos tementes e maravilhosos papéis de homem e mulher. Não é nosso para ser alterado. É nosso o dever porém de encorajá-lo e celebrá-lo. Isso afirmamos.”

O evento internacional e interreligioso estabeleceu um marco na defesa pela família em todos os níveis da sociedade, formando pontes de entendimento entre igrejas em prol da defesa do casamento entre homem e mulher.

Presente no evento, Dr. Tony Perkins, Presidente do Conselho de Pesquisa para a Família, de Washington, nos Estados Unidos, adicionou: “A atmosfera praticamente eufórica onde estiveram presentes líderes religiosos unidos de seis dos sete continentes do mundo entrará para a história, e eles retornarão a seus países renovados na defesa do casamento. As cortes supremas podem definir diferente, Hollywood pode pregar o oposto, mas a união de um homem e uma mulher como a definição natural e conclusiva de casamento perdurará até o fim.”

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Imagens: Humanum; Russell Moore; Rick Warren; Henry B. Eyring; Eugene Rivers.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.