5 formas de lidar com um cônjuge que lhe insulta

Palavras ferem mais do que algumas ações. Então como podemos evitar que esses insultos, ofensas, saiam da boca de nossos maridos?

Cibele Carvalho

Quando casamos jamais passa pela nossa cabeça ouvir certos desaforos ou insultos de nosso cônjuge. Afinal, ninguém casa pra isso, ninguém deseja ser ofendido ou magoado, não sonhamos viver dias piores, mas sim dias encantados, perfeitos.

Esperamos viver dias repletos de sinceridade, carinho, afeto, compreensão, até que somos ofendidos. Porém, alguém já havia lhe ofendido antes, seu cônjuge não é o primeiro a fazer isso. Mas por que dói mais? Por que sofremos mais?

Porque esperávamos o Príncipe Encantado, aquele homem sem defeito algum, conforme ouvíamos nas histórias. Mas nós também somos imperfeitas, então unimos nossas imperfeições e melhoramos juntos. Nunca é tarde demais para tentar. Encontre abaixo formas de lidar com um cônjuge que a insulta e descubra que não está sozinha nessa luta.

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1. Determinar quando exatamente começaram os insultos

Verifique exatamente as circunstâncias que cercavam sua vida quando seu cônjuge começou a agir dessa maneira.

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Pode ser que jamais antes do casamento o tenha o visto agir dessa forma, não é mesmo? Jamais imaginou sair palavras tão duras de sua boca, estou certa?

Não se espante com o que vou dizer, mas apesar de ruim isso pode ser bom. Como?

Agora ele passou a jogar limpo, mostrar seus defeitos a você, demonstra que confia no amor que você tem por ele, caso contrário, não a insultaria, fingiria que estava tudo bem, e poderia desmoronar um dia sem mais nem menos. Continue lendo, não estou dizendo para aceitar isso, porém, verifique algumas circunstâncias.

2. Determinar o assunto gerador e o momento ideal para tratá-lo

Muitas coisas nós, seres humanos comuns, não gostamos, mas em cada um de nós existe um ponto fraco, aquele determinado assunto que me irrita ao extremo, que chego a sair de perto quando falam.

Então, deixe pra lá, vamos colocar para debaixo do tapete esse assunto e fingir que está tudo bem a respeito disso. Correto?

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Penso que não, do contrário poderíamos pensar, escolher o momento e a hora certa para tratarmos disso, uma hora boa, agradável, que seu cônjuge esteja confortável para poder ponderar e lhe dar as respostas que você precisa. Compreenda a necessidade de um clima ideal para discutir a relação, e certamente não é na hora da raiva, especialmente quando se refere a assuntos tensos.

Um bom momento deve ser longe da presença de outras pessoas como filhos, amigos e parentes. Deve ser uma conversa a dois.

3. Examine se essa atitude é só com você ou também com outras pessoas

Observe se esse comportamento verbal também se repete com outros familiares e amigos, ou não. Atente-se se o mesmo insulta outras pessoas como os irmãos dele, ou os amigos dele, ou colegas de trabalho dele.

Alguns comportamentos comuns:

  • Uma pessoa “sarcástica” pode achar que a rudez faz parte do seu “charme”;

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  • Uma pessoa “esquecida” pode continuar a falar com você como se nada tivesse acontecido;

  • Uma pessoa “impaciente” pode ficar irritada com as mesmas histórias ou assuntos.

Independente da forma com que aconteçam os insultos é difícil tolerar, por vezes a pessoa não percebe que está sendo ofensiva, insensível, mesquinha, orgulhosa ou até irritante. Essa pessoa precisa perceber isso, alguém precisa fazer com que pare! Seja você a mediadora da situação, a apaziguar essas tolices, conciliar as diferenças e obter a paz no seu lar.

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Comece a terapia em casa, seja sua melhor amiga, descubra os segredos mais profundos e obscuros que há nos sentimentos e ações da pessoa que você ama e permanece ao seu lado.

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4. Apresente o problema de forma eficaz

Use alguns exemplos inteligentes para demonstrar seu ponto de vista a respeito dessa situação:

Exemplo 1:

Seja específica, sem meios-termos. “Você disse que eu era… naquele dia… nessa circunstância, e eu fiquei muito triste, pois…”.

Detalhe os fatos, as palavras, e as ocorrências; ele pode achar que “burra”, não é ofensivo, ou coisa assim. Explique exatamente como você se sente quando ele a insulta, de preferência escolha algo dito ou feito recentemente.

Exemplo 2:

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Sem determinar um culpado. “Consegue me explicar por que ou o que levou você a dizer essas palavras?”

Não diga que a culpa foi toda dele, tampouco que foi tudo culpa sua. Procurem juntos entender o que levou a esse comportamento, o que um disse ao outro que desencadeou isso, saibam o que realmente está acontecendo por trás do insulto ou agressão verbal.

5. Criem um conjunto de alternativas que tragam mudanças

Listem algumas atitudes que foram praticadas por ambos durante a ocorrência do último insulto, escolham duas atitudes de cada um e tracem metas para nunca mais dizer ou fazer, ou reduzir aos poucos essa atitude com o intuito de evitar que os insultos se transformem em brigas e prejudiquem o casamento.

Comunique-se com clareza. Diga o que você espera que realmente aconteça se deseja que os insultos parem de uma vez por todas, para isso talvez você precise fazer algumas mudanças em seu comportamento também. Se existir algo que você faça ou diga que seja um gatilho para insultos, analise seu interior e evite essa ação.

Exercite a “Etiqueta Doméstica”, ou seja, cortesia entre o casal. No amor deve haver tanto ou mais cortesia formal do que em sociedade, “uma cortesia incomparavelmente mais sutil, sensível e profunda que a cortesia pública” (C.S. Lewis).

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Cibele Carvalho

Bacharel em Direito, Mediadora e Conciliadora de Família, realiza palestras para noivos e recém-casados sobre relacionamentos, especialista em Psicologia Jurídica, esposa, mãe e genealogista.