5 etapas para liderar usando sua inteligência emocional

A inteligência emocional é algo poderoso que pode mudar o rumo de uma equipe de trabalho, como também, aumentar a felicidade e a harmonia das nossas famílias.

João Martins

Daniel Goleman definiu inteligência emocional como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”. Lidar com emoções não é uma tarefa simples, sejam elas as nossas emoções ou as emoções de quem nos rodeia. A inteligência emocional é a capacidade de saber e aprender a lidar com essas emoções. No fundo, quando decidimos usar essa capacidade, colocamo-nos em segundo plano e pensamos mais em quem nos rodeia. Abraham Lincoln disse que a “maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns”, e isso só é possível quando prestamos mais atenção às pessoas que lideramos, seja numa empresa, num grupo da escola ou até voluntariado; de certa forma, o que será exposto neste artigo pode também ser usado nas nossas famílias, não de um ponto de vista de líder e subordinados, mas como uma forma de, por exemplo, os pais compreenderem melhor os seus filhos e as suas necessidades, e até entre o próprio casal.

Podemos falar em, pelo menos, cinco formas de começar a usar a inteligência emocional.

1- Preocupar-se mais

Mostrar preocupação é algo que é fácil, mas nem sempre é expressa ou nem sempre é genuína na forma como é exibida ou até no seu tom. Existe um ponto muito importante, quando se lidera – os líderes devem possuir um bom equilíbrio entre a cabeça e o coração. Isso significa que nem sempre se pode ser muito intenso e exigente com quem se lidera, pois essa intensidade necessita do seu devido tempo para ocorrer, e nem sempre é o melhor momento para se exigir demais; por isso é essencial saber equilibrar o que o trabalho precisa e o espírito humano. Devemos usar a nossa inteligência emocional para nos esforçarmos mais em agradecer; em usar o tempo suficiente para orientar quem se lidera e que merece essa oportunidade. Um líder deve mostrar que se preocupa, genuinamente, pelas pessoas. Esse gesto é muito poderoso, pois um reconhecimento, que cativa o coração, nunca é esquecido.

2- Abraçar as diferenças para fazer a diferença

O mundo em que vivemos tem algo particular, que raramente se via há décadas atrás, o aumento das diferenças entre as pessoas. As pessoas, cada vez mais, desejam ser autênticas e desejam ser reconhecidas e aceitas devido a essas diferenças. Essas diferenças, quando se está numa equipe ou até dentro de uma família, devem ser abraçadas – devem ser vistas como um mosaico de oportunidades. São as nossas diferenças que nos identificam num grupo; essas diferenças alimentam a nossa forma, única, de pensar, inovar e de procurar oportunidades. Devemos procurar uma semente comum nas diferenças entre as pessoas que se lidera e, a partir desse ponto, podemos fazer crescer uma floresta de ideias e de oportunidades.

3- Ajudar as pessoas a sentirem que são significantes

Do ponto anterior sai automaticamente este ponto. As pessoas não devem ser moldadas para se tornarem algo que as fará perder a sua identidade. As pessoas devem ser motivadas a sentirem que aquilo que fazem, no trabalho por exemplo, beneficia as suas vidas. O sucesso de uma empresa, por exemplo, deve refletir-se na vida dos seus trabalhadores e na alegria das suas famílias. As pessoas, cada vez mais, desejam sentir que estão fazendo a diferença no mundo e principalmente em quem as rodeia.

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4- Um líder deve ser responsabilizável

Todas as pessoas devem ser tratadas como iguais, isto é, as regras que se aplicam aos outros também devem ser aplicadas a nós. Quando um erro é cometido, quem lidera também deve ser responsabilizado por esses erros. As pessoas desejam que os seus líderes façam parte integrante das equipes, ou seja, mais disponíveis e acessíveis, e menos misteriosos e distantes. As pessoas reagem melhor quando sabem que podem confiar nos seus líderes, quando esses revelam as áreas que podem melhorar – tornando-os mais reais e genuínos. Em nossas casas funciona da mesma forma. Os filhos sentem mais confiança quando vêm que os pais admitem quando cometem algum erro, e também, quando se mostram acessíveis, ao contrário dos pais distantes e frios, como era o costume há uma ou duas gerações.

5- Estar atento às necessidades

Quando alguém não está trabalhando, ou vivendo, segundo o seu potencial, então algo está sendo feito de forma errada, principalmente por quem lidera. Todas as pessoas têm a habilidade para melhorar e aumentar a sua performance. No entanto, essa habilidade está muito ligada a uma motivação e comunicação constante, com sugestões e recomendações. Nos pontos anteriores, vimos que por vezes basta reconhecer o bom trabalho realizado por alguém para que essa pessoa se sinta motivada a continuar e até a fazer um trabalho ainda melhor. Nas nossas famílias também devemos estar constantemente atentos às necessidades dos filhos e do cônjuge. Uma motivação ou conselho, na altura certa, pode mudar um semblante triste para uma alegria que enche a casa toda.

Uma equipe é bem mais do que a soma das suas partes, mas todas as partes necessitam de constante motivação e reconhecimento para que floresçam. Quando nos mostrarmos mais sensíveis ao que os outros sentem, no trabalho ou até em nossas casas, então, nós poderemos observar um aumento da harmonia na equipe.

“A inteligência emocional é a capacidade de sentir, entender e aplicar, de forma eficiente, o poder e a acuidade de emoções como uma fonte de energia humana, de informação, ligação e influência.” (Robert K. Cooper. Ph.D.)

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João Martins

João Martins é um biofísico com uma paixão pelo ensino e busca de conhecimento. Podem enviar uma mensagem ou seguir no Facebook: https://www.facebook.com/joao.martins.1401 ou no google+ https://plus.google.com/u/0/+JoaoMartinsJPM/posts