4 efeitos negativos do uso prolongado de celulares por adolescentes

Ao decidir quando é a hora certa de dar um celular para seu filho adolescente, leve em consideração os efeitos negativos do uso prolongado do aparelho.

C. A. Ayres

Muitos adolescentes hoje já possuem seus próprios celulares, que vêm equipados para fazer ou receber telefonemas, e enviar e receber mensagens de texto. Mais que um eletrônico tão usado, o celular é uma ferramenta para conectar pais aos filhos para sua segurança, embora este nem sempre seja o principal motivo pelo qual os adolescentes o usam.

Os chamados smartphones e outros aparelhos também possuem acesso à internet, tiram e enviam fotos e vídeos, possuem a opção de jogos, ouvir e armazenar músicas, além de calculadoras, alarmes, calendário, agenda, sem mencionar as milhares de apps com uma crescente oferta de serviços e entretenimento.

A maioria dos adolescentes usa um celular como parte do plano da família, onde a dívida é enviada aos pais, mas outros também possuem seus próprios telefones pré-pagos ou independentes.

Antes de decidir se é hora de dar um celular para seu filho adolescente, leve em consideração que ele precisa entender os efeitos negativos de seu uso prolongado.

Efeitos negativos a serem prevenidos

1. Uso na escola

A maioria das escolas limita ou proíbe o uso do celular enquanto na mesma, independente se seu uso for para telefonemas ou textos, cola na prova, facilitação de fofoca, ameaça de segurança.

2. Tendinite

Alguns adolescentes enviam mais de 200 mensagens de texto por dia e desenvolvem sintomas físicos, como a tendinite, reconhecida por dor nas mãos, pescoço e costas, às vezes visão e mais tarde vindo a ocasionar artrite.

3. Problemas de Saúde

Um estudo comprovou que adolescentes que usam o celular continuamente desenvolvem problemas de sono, cansaço, estress e fadiga.

4. Problemas Psicológicos

Outro estudo comprovou que adolescentes viciados em seus telefones podem chegar a desenvolver ou aumentar o risco de desordens psicológicas.

Reconhecendo que o uso do celular virou um vício

Pais e seus filhos adolescentes precisam negociar um equilíbrio entre o uso e o preço de se manter um telefone celular. Quando os pais dão um celular aos filhos, algumas regras e limites poderão ser impostos:

• Uso do celular para emergências e como equipamento de segurança.

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• Limite na quantidade de mensagens de texto por dia.

• Limite nos minutos utilizados em ligações por dia.

• Bloqueio de envio de fotos, ou limite, desde que entendam a possibilidade de receberem ou enviarem fotos comprometedoras, o que pode constituir em sexting.

• Falar abertamente sobre os perigos e incentivar outras atividades, como esportes, estudo, leitura, para que o uso do celular seja balanceado.

O que fazer se houver um problema

Banir o telefone do adolescente nem sempre é a solução, que pode ser negociada desde o início de seu uso, até porque nós, como pais, precisamos dos celulares para a segurança de nossos filhos, quando queremos saber onde eles estão, para que haja comunicação rápida quando necessária.

• Converse com seu filho e lembre-o das regras iniciais.

• Limite o uso, ou bloqueie serviços, tais como mensagens de texto ou envio/recebimento de fotos.

• Lembre-o que os anos da adolescência devem ser utilizados para atividades como estudo, trabalho, crescimento pessoal, desenvolvimento mental e cuidados com a saúde física. É a preparação para um futuro, onde o celular deverá ser uma ferramenta e não um distúrbio.

• Se ele possui o próprio celular pré-pago, a verificação constante é ainda necessária.

Vale ressaltar também que os pais podem proporcionar chances de conversação e uso do tempo juntos também pessoalmente, face a face. E que o tempo em família seja edificante, assim o adolescente não terá a necessidade de correr ao celular se se sentir sozinho, além de incentivar os adolescentes a fazer outras atividades, como esportes, por exemplo.

C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.