3 preocupações importantes para um divórcio civilizado e amigável

As mágoas, comumente presentes no processo de divórcio, aumentam o sofrimento e ampliam os traumas. Pensar em algumas ações civilizadas de lidar com a situação pode ajudar na superação.

Suely Buriasco

O processo do divórcio é normalmente muito sofrido, afinal, a desilusão é grande e envolve uma gama de emoções conflituosas e hostis. Ninguém se casa pensando em se separar; e se o casal chegou a esse ponto, é porque muitas de suas aspirações foram fatalmente frustradas. No entanto, o que realmente agrava o sofrimento é a revolta que pode transformar o divórcio num drama de graves consequências para todos os envolvidos.

Brilhante a ponderação da escritora Paola Rhoden: “Não devemos nos revoltar contra o que nos faz sofrer porque a revolta se torna outro mal, aumentando o sofrimento“.

Caso você esteja vivendo um momento assim, atenha-se a pensar em maneiras de conduzir essa situação de forma mais civilizada; certamente isso fará grande diferença no sentido de amenizar traumas. Obviamente, não existe nenhuma fórmula mágica, mas é possível controlar as emoções e aprender a lidar com a dor.

1. Racionalização

Parece difícil equilibrar tantas emoções e efetivamente o é, no entanto, é imprescindível acalmar-se. Para tanto, você terá que ser menos emoção e mais razão, assim, pense muito antes de agir e falar. Jamais tome decisões com a mente perturbada ou em momentos de grande estresse. Perceba que a indignação diante dos atos do outro desgoverna as suas próprias ações e afaste o quanto antes esse sentimento. As pessoas são como são e você não pode mudar isso, no entanto, pode e deve mudar a sua maneira de lidar com isso. Optar pela calma é sempre o mais sábio!

2. Filhos

Uma separação é sempre sofrida para os cônjuges, independente de quem a pede, mas não há dúvidas de que os filhos sofrem muito também. Assim, por maior que seja a sua dor, você precisa ajudar seus filhos a superar esse momento, criando um elo de união muito importante para vocês. Tome toda atenção na maneira como você conduz essa situação; cuidado para não exigir, mesmo que inconsciente, que seus filhos escolham um lado. Jamais se ponha a denegrir a imagem de seu ex-cônjuge para eles e, acima de tudo, respeite os sentimentos de seus filhos.

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3. Prioridades

Lembre-se que isso não é, ou não deveria ser, uma disputa. Você não precisa se desgastar ainda mais em infindáveis discussões sobre as questões práticas que precisam ser resolvidas. Use o máximo da objetividade para alcançar seus interesses com bom senso e determinação. Com clareza, defina o que é negociável ou não; tome muito cuidado com posicionamentos inflexíveis que traduzem apenas as suas mágoas. Privilegie o que é mais importante agora; ficar remoendo coisas do passado além de tumultuar mais a situação, ainda pode fazer com que você se prejudique. Eleja as suas prioridades e foque nelas.

Assuma a sua própria capacidade de superação; aja com civilidade e vire essa página da sua vida com dignidade e nobreza.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.