Você se lembra do nascimento do bebê mais negro do mundo que capturou as redes em 2015? É importante que você saiba quem era realmente

Foi uma sensação viral nas redes e a verdade que escondia surpreendeu o mundo novamente.

Zaida Libertini

Em meados de 2015, a mídia e as redes sociais explodiram depois da publicação viral de uma foto que mostrava, aparentemente, um bebê recém-nascido que chamaram de “o bebê mais negro do mundo”.

No entanto, além da imagem publicada, haviam muitas perguntas sem respostas. A única informação disponível era que o bebê havia nascido na África do Sul. Não existia nenhum outro detalhe específico sobre o bebê, nem o seu nome nem seus pais. Apesar de ser apenas uma foto sem nenhum outro detalhe no qual se basear, a “criança mais negra do mundo” tornou-se viral.

O poder da rede

A curiosidade dos leitores e usuários era tão grande que pessoas e mídia começaram a investigar, e algumas vezes inventar, dados adicionais sobre o misterioso bebê. Até uma foto de uma criança mais velha com pele escura foi publicada tentando relacioná-la ao bebê.

As redes sociais e os meios de comunicação cobriram a notícia extensivamente, mesmo sem ter dados suficientes nos quais se basear. A foto tinha despertado uma guerra de opiniões nas redes, desde comentários ofensivos por sua cor, bem como pessoas defendendo o bebê dos comentários racistas e oferecendo apoio incondicional ao bebê.

Qual o perigo do caso?

Mesmo sem saber a origem da foto, milhares de pessoas a compartilharam, recebeu cobertura da mídia e despertou intensas emoções na sociedade. O bebê mais negro do mundo despertou uma tempestade viral e uma guerra de opiniões que é raramente alcançada.

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Quem era o bebê?

Alguns céticos tentaram desacreditar os dados da imagem publicada mencionando que seus olhos não mostravam sua esclera ou o branco dos olhos, mas mesmo criando perguntas sem respostas, não conseguiram parar a curiosidade e conteúdo viral da imagem.

Finalmente, aproximadamente um ano depois que a foto começou a ser divulgada nas redes sociais, a verdade apareceu. O bebê mais negro do mundo não era realmente um bebê, e sim um boneco de brinquedo que era vendido na internet, de acordo com a página Upsocl.

A importância da verdade

Só foi preciso uma foto do “bebê mais negro do mundo” para tornar-se um conteúdo viral. Não foi necessário investigar a verdade ou os detalhes. Você se lembra de ter compartilhado ou comentado nesta imagem? Se você o fez, talvez você não tenha dado muita importância naquele momento, mas tenha em mente que assim como nesta ocasião foi apenas uma imagem, da mesma maneira notícias falsas podem ser compartilhadas que podem chegar a ser mais perigosas.

Atualmente, o mundo está conectado instantaneamente graças às redes sociais. Podemos saber sobre acontecimentos e notícias no outro lado do mundo em segundos. Através das redes sociais, podemos nos comunicar com nossos entes queridos a qualquer momento. Não resta dúvida de que todos podemos nos beneficiar de tal interconectividade tão eficiente.

Mas, assim como as redes sociais podem ser utilizadas para tornar nossas vidas melhores e nos dar acesso imediato à informação, também podem ser utilizadas para promover mentiras e em alguns casos até facilmente destruir a vida de uma pessoa em apenas um instante.

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Uma vez que você compartilha algo na internet, é para sempre público e fica à mercê da interpretação dos usuários. Tenha cuidado com o que você posta e compartilha. Não caia na armadilha de acreditar em tudo o que você lê, especialmente se não houver dados para se basear, como foi o caso deste famoso boneco.

Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original ¿Recuerdas el nacimiento del bebé más negro del mundo que acaparó las redes en 2015? Es importante que te enteres quién era en realidad.

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Zaida Libertini

Zaida Libertini es originaria de San Pedro Sula, Honduras y actualmente reside en el estado de Utah, Estados Unidos. Escribe por placer y es ama de casa, esposa y madre de un pequeño de cinco años.