Você sabe o que são as emoções aflitivas e como nos afetam?

Não há nada de errado em se sentir mal, o problema é não controlar seus sentimentos.

Erika Otero Romero

Todos os segundos da vida, os seres humanos sentem e se emocionam. Quer seja porque vimos algo que nos fez rir e, momentos depois, vimos um vídeo triste. Estamos sempre nos sentindo e nos emocionando. No entanto, a realidade é que não damos muita importância ao que sentimos, exceto quando se trata de atração, amor, ódio ou raiva.

Quando se trata de emoções que consideramos positivas, nos sentimos bem. A situação é diferente quando se trata de emoções aflitivas; estas costumamos negar ou reprimir ao não nos sentirmos cômodos e não sabermos aceitá-las.

Apesar disso, limitar-nos a negá-las é negar a nossa própria posição, com todo o mal-estar. As emoções são muito mais que isso; são uma espécie de alarme que nos anunciam estados internos, os quais têm uma função importante.

O que são emoções aflitivas?

As emoções aflitivas afetam a relação com nós mesmos e com quem nos rodeia. O que as torna negativas é que essas emoções nos fazem enfatizar o mal. Além da sensação de desconforto mental, há a sensação física que essas emoções deixam.

Um exemplo disso é que, quando sentir raiva, o seu rosto vai aquecer e você vai tremer com a emoção gerada.

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As emoções estão ligadas aos pensamentos e à conduta. Em outras palavras, a forma como nos sentimos influencia a interpretação de uma situação e aquilo que decidimos fazer a seguir.

As emoções não são boas nem más. É como agimos quando as sentimos que dita seu significado ou sentido.

Suponha que descubra que sua melhor amiga fala mal de você. Como é de se esperar, você se sente ferida, traída e, como efeito, sente muita raiva. O que você vai fazer? Você decide: pode ir até ela e explodir em reivindicações, ou você se afasta dessa pessoa e nunca mais volta a falar com ela.

Como aparecem e quais são os sentimentos aflitivos?

Uma grande característica é que eles são inevitáveis; ou seja, eles simplesmente aparecem. Claro que se pode controlá-los, mas é preciso trabalhar o autocontrole para isso. Além disso, você também deve desenvolver um grande senso de respeito pelos outros.

Algumas emoções tristes são:

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  • Ira
  • Rejeição
  • Solidão
  • Rancor
  • Ciúmes
  • Ganância
  • Medo
  • Culpa
  • Tristeza
  • Hostilidade
  • Ressentimento
  • Inveja
  • Frustração
  • Decepção
  • Reação

Diferença entre emoções aflitivas e construtivas

A grande diferença entre as emoções aflitivas e construtivas é que as primeiras paralisam e as outras nos permitem aprender.

Além disso, as emoções aflitivas, fazem com que nossos pensamentos se tornem negativos e desenvolvemos a tendência a pensar de maneira enviesada.

Em termos práticos, as emoções dolorosas fazem-nos ver os extremos de uma situação e não todo o contexto. Acrescente a isso o fato de que elas nos fazem levar tudo de maneira pessoal e que somatizamos; ou seja, adoecemos por causa dessas emoções.

As emoções construtivas, por sua vez, abrem caminho a soluções para uma situação problemática.

Elas nos permitem aprender e nos ajudam a desenvolver resiliência.

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Qual é a importância das emoções aflitivas?

Essas emoções funcionam como sinais que indicam que algo está errado ou não funciona como deveria. São o mapa que nos guia no meio de um labirinto.

É muito possível que não entendamos o que nos acontece, mas podemos sentir. É como aquele processo psicológico projetivo que nenhum de nós sabe, mas que é óbvio para o seu terapeuta.

Por exemplo: hj alguém que não conhece bem lhe “cai mal” porque, na sua perspectiva, é alguém “odioso”. Adivinha quem é o odioso? Assim é, costumamos ver nos outros o que não nos agrada em nós. Essa emoção não é agradável. Não sabemos por que nos sentimos assim; o que é certo é que é um sinal de que esse aspecto de sua personalidade não lhe agrada e lhe faz sentir incomodado. Como vê, lhe dá informação valiosa sobre você, que passa despercebido quando não é consciente.

Quando levamos a sério este tipo de emoção, o que fazemos é cuidar da nossa saúde. Quando se vive metade do dia irritados, estressados e aborrecidos, não só adoecemos, como vamos ficar sozinhos.

Controlando suas emoções aflitivas

As recomendações são as seguintes:

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1 Aceite que elas existem

Não se pode tapar o sol com a peneira. Negar que está zangado porque o seu colega ganhou a promoção que você esperava não vai lhe ajudar a sentir-se melhor.

A vida é uma sucessão de altos e baixos. O que é preciso ver neles é a oportunidade de crescimento, não o mal que nos fazem sentir.

2 Encontrar o seu lado prático

Essas emoções têm uma mensagem para nos transmitir. É uma questão de perguntar a nós mesmos por que essa situação nos fez sentir dessa maneira; isso vai levar você a descobrir mais do que acha que está acontecendo.

3 Analisar nosso auto diálogo

Quando algo nos gera raiva, por exemplo, podemos nos dar conta de que a intensidade da sensação não vai além de dois minutos; porém, se recordarmos de novo o acontecimento incômodo, essa emoção se renovará. A renovação depende da ideia à qual se associa a emoção. Essa ideia é sustentada pelo que dizemos a nós mesmos. Por isso, é importante ouvir como nos falamos internamente e como nos rotulamos.

Por último, mas não menos relevante, você deve ter em mente que não pode explodir de raiva em todos os lugares. Há emoções que são aceitas socialmente e outras que não. Não é questão de reprimir, mas de controlar. Você tem que fazer as pazes com o que sente e resolver os problemas que se escondem por trás daquilo que não gosta de sentir.

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Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original ¿Sabes qué son las emociones aflictivas y cómo nos afectan?

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.