Sim, eu fiz! Três maneiras para criar autoestima com artesanato

Novos desafios - término da faculdade, nova vida como mãe de um dia para o outro, mudança para outro estado, longe da família. Foi um ano deprimente e difícil. Então comecei a fazer artesanato e me redescobri.

Heidi Ferguson

Último dia do meu último ano de faculdade. Olhei meu exame de Desenvolvimento Infantil, satisfeita com as minhas respostas e me sentindo confiante. Entreguei meu teste e fui para casa. No dia seguinte acordei às 5h da manhã e fui para o hospital para uma cesariana programada. Literalmente passei de estudante à mãe de um dia para o outro. Não houve tempo para eu voltar a descobrir quem eu era. Não apenas tive meu primeiro bebê e me formei na faculdade, mas depois nos mudamos para outro estado, longe de qualquer pessoa da família. Meu marido ia para a escola todos os dias e a realidade se definiu. Eu estava sozinha em casa, sem carro, sem amigos, com uma criança. Estava tão perdida que não sabia o que fazer comigo mesma e na maior parte do tempo sentia-me apenas solitária. Eu não sabia quem eu era ou qual minha contribuição para a sociedade. Foi um ano deprimente e difícil.

Então comecei a fazer artesanato. Quando redescobri minha criatividade, algo despertou dentro de mim – minha autoestima, minha confiança, eu mesma. Como isso aconteceu? Como o artesanato ajudou a construir a minha autoestima?

A criatividade concentra sua mente em algo produtivo, em vez de destrutivo

Um dos sintomas comuns quando se está deprimida é a auto-obsessão. As pessoas tendem a se concentrar em seus próprios problemas e questões, sobre o que está fazendo com que fiquem tristes, sobre por que sua vida não está indo bem. É um comportamento destrutivo e a única maneira de fugir dessa situação é fazer o contrário – fazer algo produtivo. Artesanato, pela própria definição, é criar algo. É tirar materiais do cotidiano e colocá-los juntos em formas intrincadas e interessantes para se fazer algo útil.

Ao produzir coisas incríveis guiei minha mente para longe dos pensamentos negativos e foquei em fazer coisas bonitas e úteis. E quanto mais eu criava mais havia para criar. Decorei a manta da minha sala de estar e então percebi que odiava a cor do meu sofá. Então costurei uma capa. E isso foi só o começo de minha obsessão pela decoração.

Os projetos acabados recebem elogios e dão a validação de que o que você está fazendo é bom. Todo mundo adora um elogio. Mas quando você é uma mãe dona de casa, que cuida dos afazeres domésticos e fica correndo atrás das crianças, as pessoas raramente reservam um tempo para dizer: “Uau! Você faz um trabalho tão bom em manter seus filhos vivos!” ou “Caminhe para conseguir cinco cargas de roupa lavada hoje!” Mas as pessoas realmente dão elogios para as coisas tangíveis, ficando ainda mais impressionadas quando você possui as habilidades para CRIAR o citado objeto. E isso é validação.

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Minha casa fica limpa, às vezes, mas com três filhos pequenos, é praticamente impossível mantê-la limpa o tempo todo. E que desperdício de energia. Prefiro fazer algo surpreendente que as pessoas irão perceber e admirar. Esses elogios fazem com que pareça que meu trabalho árduo valeu a pena e mesmo que eu não receba um elogio, o fato de que eu achar impressionante já é o suficiente. Tento não viver para a validação, mas ela me ajudou a construir minha confiança e a saber que o que estou fazendo é um passo na direção certa.

Realizar algo por si mesmo lhe dá coragem para enfrentar projetos maiores e aprender novas habilidades.Então você está pensando “Sim, OK. Eu quero tentar criar alguma coisa. Mas não sei como fazê-lo”. Talvez você não sinta que tem as habilidades, mas – você sabe mais do que você pensa. Basta começar aos poucos, talvez com um projeto de papel e colagem. Então, eduque-se: leia livros de passatempos, visite blogs de artesanato com tutoriais, tenha uma aula. Há uma abundância de oportunidades lá fora para as pessoas aprenderem novas habilidades. E quando você aprender uma coisa, você pode aproveitar esse conhecimento para tentar outras novas habilidades.

Sempre fui ambiciosa e ansiosa para experimentar coisas novas, por isso comecei aos poucos e aprendi com meus erros – que foram muitos. Desde que comecei, eu não só fiz mais de 50 acolchoados, mas comecei a fazer disso um negócio de manufatura e venda . Sou agora a orgulhosa proprietária de um gabarito e de uma serra circular e usá-los me dá uma onda de energia. Continuo querendo crescer e melhorar – o meu próximo projeto é a construção de camas de beliche para os meus meninos.

Pessoalmente, ainda luto com problemas de autoconfiança e provavelmente sempre lutarei. Mas o desenvolvimento de todos esses talentos criativos me ajudou a perceber que não é mais para eu ser apenas mãe. Adoro ser mãe e meus filhos são a maior alegria da minha vida. Mas toda mulher precisa de algo que a ajude a sentir que ela tem uma finalidade além da maternidade – algo que a defina como mulher. Algo que lhe dê a confiança de dizer: “Sim, eu fiz isso!”

Qualquer pessoa pode comprar coisas, mas o sentimento que você tem quando faz algo surpreendente por si mesma é indescritível. E esses sentimentos lhe darão autoestima, a farão produtiva, validando o que você fizer e dando-lhe coragem para tentar coisas novas.

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Traduzido e adaptado por Ana Maria Castellano do original Yeah, I made that! Three ways crafting builds self esteem, de Heidi Ferguson.

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Heidi Ferguson

Heidi é uma blogueira de Artesanato / Faça você mesmo/ Estilo de Vida. Ela cria projetos originais e tutoriais que ensinam costura, acolchoados, artesanato, pintura, construção de bricolage, decoração, cozinhar, assar e moda.