Salvando o casamento: 5 dicas para lidar com um cônjuge deprimido

Diante do diagnóstico de depressão no cônjuge, aprenda 5 dicas do que se pode fazer para ajudá-lo efetivamente na sua cura e segurança e manter o lar ileso.

Suely Buriasco

Não é fácil ver alguém que amamos sofrer, queremos ajudar e muitas vezes nos complicamos por não saber como. A depressão não é uma simples tristeza; é uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada. Assim, tristeza intensa por um período maior que algumas semanas pode ser indício de depressão e é importante buscar ajuda médica.

Se seu cônjuge já foi diagnosticado com depressão, observe essas dicas no sentido de ajudá-lo a sair desse quadro.

1. Incentive o tratamento

A pessoa deprimida demora a se conscientizar que precisa de ajuda, normalmente esquece as consultas médicas e até remédios. Procure motivar seu cônjuge a se tratar, mas cuidado para não se tornar inconveniente o que vai afastá-lo ainda mais do tratamento. É preciso procurar um meio-termo e, principalmente, demonstrar desvelo em acompanhá-lo durante esse período. Se mesmo assim ele recusar a se tratar, entre em contato com o psiquiatra e peça aconselhamento.

2. Não desista de tentar conversar

Lembre-se que seu cônjuge não está assim por causa de você, então o problema não é que ele não queira conversar com você. Pense que é bem possível que ele não consiga; que não se sinta motivado para isso. Essa atitude faz parte da doença e você não deve levar para o lado pessoal, muito pelo contrário; cobranças nessa situação só vão piorar as coisas. Gentilmente exponha as questões domésticas a fim de que ele perceba que você o quer inserido no contexto familiar. Fale também sobre amenidades, assuntos que era do interesse dele; o importante é conseguir que de alguma forma ele interaja com você.

3. Não recrimine

Procure estudar a depressão a fim de entender o que está acontecendo com seu cônjuge e considere a situação pelo ponto de vista dele. Quanto mais você recriminar as atitudes dele, mais ele se afastará e se quer ajudá-lo, precisa conservá-lo junto de você. Respeite a situação dele e, por mais que seja difícil, não se irrite acreditando em coisas do tipo: “é um folgado” ou “não quer se curar”. Pense que se é difícil para você, imagine o que é para seu cônjuge; lembre-se que ele está doente. Cultivar a paciência é essencial nesse momento de crise, pois se você desistir terá perdido a grande oportunidade de ser, efetivamente, companheiro ou companheira.

Advertisement

4. Cultive a esperança

Nas situações mais difíceis, quando deveríamos ser mais confiantes é que, normalmente, nos desesperamos. Mas podemos e devemos fazer diferente. A esperança pode ser desenvolvida através de uma postura mental pela qual trocamos pensamentos negativos por positivos. A fé em Deus e na capacidade que ele nos dá é um ingrediente indispensável, principalmente se um dos cônjuges perdeu a esperança. Bom pensar que não é o cônjuge deprimido que tem de contaminar os ânimos do lar; é exatamente o contrário.

5. Demonstre amor

Mahatma Gandhi dizia que “O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo“. Acredite que seu amor é muito importante para a cura de seu cônjuge e manifeste esse sentimento até nas pequenas coisas. O psiquiatra mineiro Elias Barbosa costumava indicar que os remédios fossem administrados pelo cônjuge de seus pacientes, ele dizia que “dar remédio é dar amor“. Demonstre seu amor e verá do que ele pode ser capaz!

Se o cônjuge fala em suicídio, leia o artigo: Como ajudar um amigo que fala em suicídio

Toma un momento para compartir ...

Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.