Quem não tem MEDO de perder o grande AMOR de sua vida?

Será que podemos “segurar” alguém que amamos para que nunca nos deixe?

Luiz Higino Polito

Já aconteceu com você aquela situação em que, ao tentar segurar um objeto com tanta pressa e desespero, onde você, em vez de segurar o objeto, o jogou para mais longe sem querer, quebrando-o de vez? Será que podemos aplicar essa analogia à nossa vida amorosa?

O amor romântico

Todos nós conhecemos os vários tipos de amor, tais como o amor a um Ser Supremo (adoração) e o amor de mãe (amor maternal e incondicional). Aqui trataremos do amor romântico, o tipo de amor que pode surgir entre duas pessoas, e que surge de uma paixão ou de uma grande amizade que evoluiu para um sentimento mais forte, intimista e duradouro.

Seria “chover no molhado” dizer que tal tipo de amor precisa ser alimentado como uma planta ou flor, assim como é tão bem expressado na música “Semente do Amor”, da banda A Cor do Som:

Nesta música, uma parte da letra diz que “…o amor precisa (para viver), de emoção e de alegria, e tem de (se) regar todo dia”. O autor da música alistou pelo menos três coisas para que o amor possa durar por muito tempo: emoção, alegria e é necessário se regar o amor todo dia. A música não diz, mas podemos dizer que “regar” seria ter paciência, abnegação, tolerância e boa vontade.

Medo de se perder o grande amor

Quem sente um grande amor por alguém quer conservar esse alguém para sempre. Mas nem sempre é isso o que acontece e vemos muitos corações partidos, de pessoas que são abandonadas por aqueles que tanto amam. Tais separações podem acontecer com quaisquer pessoas, inclusive com aquelas que tinham “certeza absoluta” de que nunca seriam abandonadas.

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Cada caso é um caso, mas algumas das razões que podem levar alguém a se separar é a de se sentir sufocado pelo ciúme e desconfiança, ou por se sentir oprimido demais ou também porque não tem liberdade de seguir a carreira que gostaria.

Conheci em minha vida profissional vários músicos e cantores que receberam um ultimato de seus cônjuges, assim que se casaram: “Escolha: Ou você abandona a música de uma vez ou eu largo de você!”. Ultimatos desse tipo nem sempre têm um final feliz e podem ter consequências inesperadas. Às vezes a música ganhou a disputa…

Tirando aqueles que “tem certeza” de que não serão nunca abandonados, todo mundo tem um pouco de medo de um dia ficar sozinho. O problema é quando esse medo se transforma em ciúme incontrolável, e é aí que a pessoa ciumenta, em vez de aproximar mais de si a pessoa amada, afasta-a de si para longe, de uma vez por todas.

Dizem que o ciúme é o “tempero do amor”, só que se alguém colocar um copo de tempero no prato de comida, dificilmente conseguirá comer. Demonstrar interesse e preocupação com alguém é bem diferente de tentar controlar todos os seus passos, amizades e desejos.

Algumas pessoas aceitam ser controladas, outras não. E o desejo de controlar alguém pode fazer com que o amor que ele um dia sentiu, acabe, dando lugar a um sentimento de sufocamento, o que o levará a se afastar, mais cedo ou mais tarde.

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O amor é lindo, sem dúvida. A maturidade, porém, é extremamente necessária para que o amor de duas pessoas seja duradouro e feliz. Nada é simples nesta vida. Muito mais manter um relacionamento saudável e que dure para sempre.

As estatísticas mostram para o pessimista que quase 50% dos relacionamentos estão fadados ao fracasso, e mostram também, para o otimista que, apesar das dificuldades e desafios, mais de 50% dos casais são de casamentos felizes. Realisticamente, porém, podemos dizer que, se os dois cônjuges forem amadurecidos o suficiente, a chance de um relacionamento ser bem-sucedido é bem grande.

Olhe à sua volta, estude com atenção e sem paixão os casais que você conhece, pesquise como foi que eles se casaram, com que idade, onde se casaram, e você verá que não existe mágica e nem segredo para que um relacionamento seja bem-sucedido. Relacionamentos duradouros precisam ser fundados em todas as virtudes que já foram citadas neste artigo: paciência, abnegação, tolerância e boa vontade. E juntar tudo isso com “emoção e alegria”, como diz a canção “Semente do amor”.

Para terminar, vou colocar aqui uma música que tem tudo a ver com o assunto, e que é a música que eu e minha esposa mais ouvíamos durante nossa lua de mel, após o nosso casamento: “Vinho Antigo”, do cantor Byafra.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!