Para ter alegria na vida

"Para ter alegria na vida, é preciso o que é certo fazer . Escolhendo o que é certo bem feliz eu hei de ser”.

Beth Proenca Bonilha

“Para ter alegria na vida, é preciso o que é certo fazer (…). Escolhendo o que é certo bem feliz eu hei de ser”. Essa frase é o início de uma canção que aprendi a cantar ainda criança e sempre imaginei que fazer escolhas certas era algo fácil e que sempre saberia o melhor a escolher.

Hoje ouvi essa canção novamente e ponderei sobre as palavras nela dita, e também em minha vida quando cantava acreditando que tudo era tão lindo e fácil, e como ela está hoje.

Aprender a cultivar uma atitude alegre durante a vida

Percebi que com o passar do tempo, a idade chegou e com ela responsabilidades maiores: pessoas a quem cuidar, estudo e mais estudo, trabalho e mais trabalho, pouco tempo para pensar em coisas como “o que fazer para ter alegria”.

E nessa nostalgia descobri que minha vida não foi sempre só de alegrias, e me veio a pergunta: Será que por não ter feito o era certo?

A responsabilidade pelas consequências das ações traz alegria

A canção diz que “Escolhendo o que é certo bem feliz eu hei de ser”. Foi no refrão que entendi que escolher o que é certo é muito subjetivo, pois o que pensava ser certo aos 20 anos mudou ou teve um outro significado aos 40; imagino aos 60 como estarei pensando.

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O mais importante nessa reflexão foi perceber, também, que independente das escolhas serem as mais acertadas ou não, o que vale mesmo é se fui capaz de ser feliz em algum momento enquanto durou minha escolha.

Fazer metas e escolhas que tragam paz à vida

Penso na vida como uma viagem com um aparelho GPS (Sistema de Posicionamento Global): sou eu quem define o local aonde quero chegar. E para que tudo acabe bem, confio e sigo as orientações que o aparelho vai fornecendo no percurso.

Parece o cenário perfeito para que a viagem aconteça sem problemas, mas na verdade muitas forças externas podem atrapalhar ou em determinado momento decido fazer uma conversão que o aparelho não instruiu, por perceber que o trânsito está complicado ou por não compreender exatamente a orientação. O que acontece?

O aparelho informa: “Recalculando a rota”, e então minha atenção fica novamente mais aguçada, pois por segundos pensei estar perdida, mas o aparelho que tem uma visão panorâmica do trajeto vê o que eu não posso ver, e me mostra como sair da confusão.

Apreciar a jornada, não somente o destino

Ao comparar a vida como essa viagem, me remete a figura da força Divina que criou tudo no mundo, que criou a mim própria e quantas vezes pude ouvir uma voz mansa quase que inaudível me confortando ao recalcular a rota. Claro que o atraso que isso pode causar, e as consequências que podem vir não estão no domínio nem do GPS e nem dessa força Divina que chamo de Deus.

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E eu terei que arcar com as consequências que a escolha de mudar repentinamente meu trajeto trará, mas nem por isso devo me entristecer. Devo mesmo é ser grata por ter a meu favor essa força que pode recalcular minha rota me conduzindo com segurança ao meu destino, mesmo que por meu atraso as coisas não aconteçam como havia planejado no início.

Então, avaliando minha trajetória e me lembrando da canção, concluo que a mensagem da que sua letra verdadeiramente queria passar não era o que imaginava na infância, a de que deveria sempre escolher o que é certo para ser feliz. Mas, que o importante é que independente da escolha e das consequências ainda assim posso ser feliz, pois tenho o privilégio de ter um Ser Divino reprogramando minha rota e se o mantiver conectado a minha vida diária posso voltar ao caminho; mesmo que com algumas alterações, ainda é possível chegar ao destino traçado inicialmente e nunca deixar de ter alegria na vida.

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Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu