Para a prevenção de vícios, 4 fatores a se ter em mente

Como pais, todos estamos preocupados em proteger nossos filhos. Aqui compartilho 4 pilares de força que você deve observar em seus filhos.

Myrna del Carmen Flores

Como professora, conheci alguns jovens envolvidos com vícios em drogas, os quais, graças ao seu esforço próprio, conseguiram libertar-se e recomeçar suas vidas. Sofreram perdas irreparáveis que de alguma maneira lhes deram a força necessária para voltar a avançar justamente onde haviam se estagnado. Fui testemunha de suas lutas diárias para seguir em frente. São motivo de orgulho para todos os que os rodeiam, assim como um exemplo de que com um pouco de amor próprio é possível a libertação.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define as drogas como substâncias naturais ou quimicamente sintetizadas) capazes de atuar no cérebro e produzir mudanças na conduta das pessoas, devido à modificação de seu estado psíquico causado por elas e que podem gerar dependência.

Mas quais são os fatores que influenciam para que uma pessoa se envolva com esse tipo de dependência? A verdade é que existem tantos quanto existem pessoas no mundo. Cada pessoa é um mundo completo. No entanto, o dr. Eduardo Kalina simplifica a resposta, atribuindo essas causas à falta de amor, ao abandono e as consequências psicológicas correspondentes.

Então, de que maneira devo prevenir que meu filho caia nesse mundo tão doloroso? De alguma maneira lutar contra os fatores desencadeantes ou fortalecer nossos filhos pode ajudar-nos a prevenir que eles caiam em uma rede da qual é muito difícil sair vitorioso.

Alguns fatores importantes são:

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Herança genética

Infelizmente, algumas pessoas nascem com uma predisposição genética de depender de determinadas substâncias. Os filhos de mães com hábito de tabagismo, alcoolismo, químico dependente em geral, apresentam problemas relacionados com a ausência ou presença da substância da qual a mãe é dependente.

Às vezes ocorre por outras razões, como quando uma mãe tomou algum medicamento por tempo prolongado e transmite ao bebê alguns transtornos relacionados a ele. Por último, alguns transtornos depressivos têm sua origem em desajustes hormonais e/ou predisposições genéticas.

Negação de conflitos

Cada pessoa responde de uma maneira diferente aos conflitos. Algumas pessoas são capazes de enfrentar entornos adversos, medo, raiva ou frustrações de maneira madura, mas outras podem sucumbir com maior facilidade. Para evitar, muitas pessoas negam que exista um problema. Evitam enfrentá-lo.

Pensar que algo não existe é mais cômodo que aceitar uma situação desagradável. Imaginar que , ao deixar de pensar em um problema, ele desaparecerá é uma fuga. O tipo de família onde isso acontece geralmente não fala dos problemas que existem dentro dela. Por isso nunca conseguem resolvê-los.

Algo que se pode fazer para a solução dos conflitos é:

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1. Aceitar que não existem famílias perfeitas e que os conflitos são parte da condição humana.

2. Aprender a dialogar, escutando o outro e entendendo seus pontos de vista.

3. Aprender a expressar nossos sentimentos e emoções diante de nossos filhos, de que maneira que aprendam a expressar as suas.

A relação com a mãe

A relação que uma criança pequena teve com seus pais, sobretudo com sua mãe em seus primeiros anos, é de suma importância. Uma mãe que tem uma relação adequada com seus filhos, fortalecida pelo amor e respeito, otimizará a formação de seu eu interior e será mais fácil evitar que o jovem chegue a cair no mundo das drogas.

A relação com a figura paterna

Uma figura paterna adequada pode ser a chave do desenvolvimento da criança, além de representar estabilidade em sua vida, o que pode ajudá-la a ter êxito acadêmico e uma inteligência emocional equilibrada. Barack Obama admite ter sentido tanta falta de uma figura paterna que, segundo suas próprias palavras, “não levava a escola a sério como deveria e até me drogava sem pensar nas consequências”.

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Por último, diz o dr. Kalina que “é uma falácia dizer que o homem deve ter liberdade de consumir substâncias que o aprisionam” justamente porque essas substâncias impedem o viciado de ser livre.

Por isso, ao prevenir esses fatores, estará ajudando seu filho a ser livre. A prevenção deve ser um dos pontos mais importantes quando se fala em dependência. Sem dúvida, a informação é o que nos faz dar um passo adiante. Prevenir e, sobretudo, amar são ações básicas que devem ser parte de nossa vida diária em família.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original La prevencion de las adiciones. 4 farores para tener en cuenta

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Myrna del Carmen Flores

Myrna del Carmen Flores é professora de inglês e mãe de dois jovens.