O que acontece quando o eleito do seu coração se casa com outra?

Seu coração apaixonado se depara com a cena de seu amado se casando... com outra!!! E agora?

Mayara Tomie Dourado Taguti

Quando nos apaixonamos, construímos todo o roteiro de nossa pseudo-história em nossas mentes, e sempre com um final feliz.

Imaginamos todo o roteiro das possibilidades em nossa mente, com todas as coisas (em geral boas) que podem acontecer no desenrolar desse novo romance que está se iniciando.

Mas a vida nem sempre espera chegar ao final feliz, às vezes algum evento inesperado interrompe sua história de sucesso rumo ao final planejado e ao esperado felizes para sempre.

Durante anos sempre pensei que não haveria outra forma do meu amado ser feliz se não fosse ao meu lado até porque não conseguimos ver outras possibilidades quando estamos apaixonados do que aquela onde o final feliz é ao lado da pessoa amada assistindo ao pôr do sol e sentindo um abraço reconfortante.

Você pode estar pensando exatamente nesse cenário, como em diversas outras cenas maravilhosas em sua mente, mas sempre tendo quem se ama ao seu lado.

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Mas o que acontece quando se descobre que o coração dele (ou dela) pertence a outra pessoa?

Primeiro sentimos uma dor dilacerante que parece que estamos partindo em milhões de pedaços onde jamais poderemos nos recuperar novamente. Em seguida vem a fase da revolta onde você tem vontade de sair gritando ao mundo o quão estúpida esta pessoa está sendo por não enxergar que a única pessoa capaz de oferecer o amor que ela sempre sonhou é você. Por fim, você se convence de que nada dará certo, pois vocês estão destinados a ficarem juntos, ou seja, mais cedo ou mais tarde ela estará no lugar ao qual pertence: seus braços.

Leia: Quando a decepção chega

E no final você percebe não apenas de que o tempo passou, mas também que o amor da sua vida é o amor da vida de outro alguém, e pior: este outro alguém é o amor da vida do amor da sua vida.

Só a situação em si já causa bastante sofrimento e angústia, mas o ponto cruciante é quando os pombinhos decidem subir ao altar. Eis que é dado o golpe de misericórdia!

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Esta é com certeza a hora mais escura e sombria no coração de quem se ama. Mas afinal, como proceder nessas horas?

O conselho e o consolo que se pode dar a uma pessoa nessas horas é um dos mais antigos que se encontra no livro mais conhecido do mundo: a Bíblia Sagrada.

Em 1 Coríntios 13, os versículos de 4 a 7 descrevem o que é o verdadeiro amor.

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

A última parte é sempre tão marcante onde fala que tudo espera e tudo suporta que nos esquecemos de todo o resto. Mas um fragmento destes versículos acabou se tornando a chave de tudo: não busca seus interesses.

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Quando se ama genuinamente alguém, desejamos que seja feliz. E aceitar que muitas vezes a felicidade da pessoa amada não é ao nosso lado nos traz uma sensação de dor e frustração enorme ao ponto de muitas vezes perdermos a esperança de encontrar a felicidade e pensarmos que estamos condenados a viver uma vida infeliz.

Leia: O amor verdadeiro deve ser doloroso

Mas a verdade sempre é libertadora, e por mais louco que isso pareça aos olhos de quem passa por uma situação dessas neste instante, ao analisar com cuidado esta escritura, podemos ver a magnitude do amor em suas diversas formas.

O amor verdadeiro é o sentimento mais puro que existe, e ao encontrarmos o verdadeiro amor em nossos corações, aprendemos a cultivá-lo mesmo que ainda haja alguns espinhos em nossa alma, de início.

Quando percebemos que o amor verdadeiro prioriza o interesse do outro, da pessoa amada, e não o nosso próprio interesse e, quando o interesse do outro é estar ao lado de outra pessoa que não seja você, aceitar e deixar seguir com a vida em busca da própria felicidade é a maior prova de amor que se pode dar a alguém.

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Apesar de ser extremamente simples a teoria, a prática acaba sendo um processo de libertação de nossas emoções de maneira sutil e gradativa. Isso mesmo, um pouquinho de cada vez até um dia conseguirmos aceitar essas verdades.

Respeitar a escolha da pessoa que se ama também é um ato de amor. Mas não é apenas isso – não desejar que as coisas deem errado, aceitar as escolhas que foram feitas, pedir para que elas ocorram bem, desejar que essa pessoa seja feliz é, sem dúvida, o maior ato de amor que se pode imaginar.

Com o tempo, analisando estas escrituras, aprendi que amar alguém não é prender a pessoa ao seu lado, mas sim, deixá-la seguir o seu caminho bem e torcer para a sua felicidade.

Se o amor for de fato verdadeiro, automaticamente você também será feliz. Mas lembre-se de que não deve se fechar para novas oportunidades, pois muitas vezes a felicidade que tanto procura não está nos braços do eleito do seu coração, mas pode estar apenas esperando encontrar o sorriso seu em algum lugar inesperado…

Leia: 10 formas de começar bem uma nova relação amorosa

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Mayara Tomie Dourado Taguti

Mayara Taguti é graduada em Direito pela Anhanguera Educadional, ama livros, música e cinema. É professora de inglês básico para alunos de todas as idades e ama o que faz. É curadora social e escritora para o site Familia.com.br.