O funeral do bebê já estava pago, mas tudo foi cancelado quando a mãe ouviu um gemido baixo

Os médicos aconselharam o casal a começarem os preparativos para o funeral do seu filho.

Erika Strassburger

Em fevereiro de 2016, o casal Tammy (26) e Adam Smith (29) recebeu a notícia devastadora de que seu bebê não sobreviveria ao rompimento prematuro da bolsa na 19ª semana de gestação.

Sem líquido amniótico suficiente para manter o bebê seguro, os médicos esperavam que ela entrasse em trabalho de parto a qualquer momento. Então, mandaram-na para casa e aconselharam o casal a começarem os preparativos para o funeral do seu filho.

Não era a primeira vez que perderiam um filho

Eles já haviam perdido um bebê antes, então planejavam colocar seu irmãozinho na mesma sepultura e dar-lhe o mesmo enterro digno que deram ao outro filho. O casal de Worcester, no Reino Unido, escolheu as flores, a música, um pequeno caixão azul, a carruagem e o cavalo. Tammy desabafou: “Enterrar uma criança foi horrível, e planejar outro funeral dilacerou nossos corações”.

No entanto, Tammy não entrou em trabalho de parto naquele dia, nem no seguinte. De volta ao hospital, um exame revelou que o coraçãozinho de seu filho ainda batia. Mas os médicos advertiram que, sem os fluidos, o bebê teria menos de 1% de chance de sobreviver.

Saída “fácil” X sacrifício

Com chances mínimas de sobrevivência do feto, os médicos aconselharam-na a abortar, mas ela recusou o conselho. Em vez disso, resolveu acompanhar uma página no Facebook – Little Hearbeats – criada por especialistas para ajudar mulheres que tiveram suas bolsas rompidas antes do tempo a conseguirem adiar o trabalho de parto.

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Tammy dedicou-se a salvar a vida de seu bebê seguindo as dicas compartilhadas naquela página. Ficou de repouso absoluto, tomou litros de água por dia e, ao atingir as 24 semanas, pediu corticoides para amadurecer os pulmões do bebê.

Quando atingiu 30 semanas, os médicos insistiram que já havia passado a hora de o bebê nascer, porque identificaram mecônio (o primeiro cocô do bebê, aquele escuro e esverdeado) dentro do útero. O mecônio poderia ser fatal por não haver líquido amniótico suficiente para diluí-lo e o bebê poderia aspirá-lo, o que resultaria em graves consequências.

Ao ver a insistência dos médicos para ela se preparar para dar à luz um natimorto, ela sentia como se eles estivessem tentando arrancar-lhe a esperança que ela lutava tanto para preservar.

O momento crítico

Então, chegou a grande hora. Foi no dia 16 de abril de 2016. Essa mãe guerreira havia se preparado psicologicamente para o momento, mas toda preparação do mundo pode não ser suficiente quando o resultado não é compatível com todo o esforço empregado. Aquele pequenino bebê, pesando apenas 1,8 quilos, veio ao mundo e não respirou.

Ela ficou arrasada. Não suportava a ideia de sair do hospital com um bebê para sepultar. Mas, bem lá no fundo, havia uma pontinha de esperança.

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E o que aconteceu, a seguir, contrariou todas as previsões médicas

Depois de receber alguns estímulos, aquele corpinho inerte reagiu e o bebê soltou um pequeno gemido. Eles não puderam acreditar no que estava acontecendo. Levaram-no imediatamente à UTI e o entubaram. Três dias depois, Jesse já conseguia respirar sem ajuda de aparelhos, e ganhou alta em três semanas.

“Ele é um milagre, não tenho a mínima dúvida disso! Ir para um parto em que lhe é dito para se preparar para dar à luz um filho morto é horrendo! Mas ter deixado o hospital com um menino saudável é um sonho que se tornou realidade”, disse a mãe transbordando alegria e gratidão.

Jesse acabou de completar 13 meses, e está se superando a cada dia.

Tammy tem se dedicado a apoiar outras mães que estão enfrentando o mesmo problema pelo mesmo canal que ela recebeu toda a informação e apoio necessários para lutar pela vida do filho. “Quero que outras mães saibam que sempre há esperança. Jesse é prova viva”.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.