O amor não surge do nada. Ele é construído com estes 4 pilares

A maioria de nós cresceu acreditando no amor mágico, aquele que aparece um dia, do nada, quando você conhece alguém. Mas será que realmente acontece assim? Continue lendo.

Paola Enriquez

Alguns anos atrás, obtive um aprendizado enorme de alguns idosos com quem convivi quando tive a oportunidade de trabalhar em uma casa de repouso. Aprendi sobretudo de suas experiências pessoais. Foi altamente gratificante. Um dos assuntos que mais me chamou atenção – sobre o qual conversei com vários deles – foi a duração dos casamentos.

Meus próprios avós costumam dizer que o estado atual dos relacionamentos pode ser comparado a um aparelho danificado:

Antigamente, quando um aparelho apresentava algum defeito, ele era levado para o conserto. Ele não era descartado facilmente. As pessoas consertavam-no e continuavam tirando o máximo proveito pelo maior tempo possível. Agora, no entanto, vemos que, assim que um dispositivo começa a falhar, por menor ou insignificante que seja o problema, as pessoas, principalmente os jovens, preferem jogá-lo fora e comprar um novo.

Acredito que seja verdade o que meus avós e aqueles idosos disseram: a maioria dos relacionamentos de hoje se assemelham a essa situação. Como há uma enorme facilidade de descartarmos daquilo que, aparentemente, não tem mais utilidade ou não é mais funcional, simplesmente aplicamos esse tipo de pensamento ao plano emocional. 

Depois de retomar esse assunto com meus avós e relembrar daquelas conversas com as pessoas da casa de repouso, percebi algumas crenças comuns entre todos eles: há quatro pilares fundamentais para um relacionamento duradouro. São os seguintes:

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1. Respeito

Este é o principal. Um casal que se respeita física e emocionalmente estabelece as bases para um relacionamento saudável e duradouro. Respeito envolve deixar de lado chantagens e maus-tratos, compreender e tolerar as preferências e decisões do cônjuge, tanto na vida cotidiana quanto na intimidade.

2. Apoio

Se os dois respeitam as decisões, os gostos e a integridade pessoal um do outro, é porque entendem, aceitam e apoiam a individualidade dentro do casamento. Isto é sinal de que estão interessados no bem-estar um do outro.

3. Comunicação

A comunicação é importante para tudo nesta vida. Para exatamente tudo. Já vi vários casamentos e relacionamentos fracassarem pela simples falta de conversa, de troca de ideias e de opiniões. 

Se os dois se respeitarem e se apoiarem, a comunicação estabelecida jamais será prejudicial, muito pelo contrário, será fluida, saudável e construtiva.

4. Negociar

Existe uma ideia distorcida de que na discussão de um casal – onde há divergências de opinião – alguém tem sempre que ceder. Mas não é bem assim. 

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Depois de ter conseguido estabelecer uma boa comunicação com seu cônjuge, de respeitarem e apoiarem um ao outro, é mais fácil sentar e conversar até chegarem a um acordo do qual ambas as partes se beneficiem. Dessa forma, os dois sentirão que suas opiniões e preferências são levadas em consideração e que não serão menosprezados enquanto o outro sairá satisfeito.

O casamento não é um conto de fadas

Talvez a ideia de que o amor não surge do nada – como num passe de mágica dos contos de fadas e nas comédias românticas – possa aniquilar o lado romântico dos relacionamentos, na visão de muitos. Pois perceber que o amor requer muito trabalho e dedicação para que seja firmado pode tirar a “parte fofa” da coisa toda. Não é assim, porém.

Depois de refletir sobre isso, cheguei à conclusão de que é mais gratificante e especial trabalharmos por algo que queremos alcançar, principalmente em um relacionamento sério. O amor não algo que se encontra, ou que surge do nada a qualquer momento. É algo que se constrói.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original ¿El amor nace o se hace? Ni una ni otra, se construye

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