Meu pai me guiou de volta à vida

Este jovem que era viciado em drogas, e tentou o suicídio, conta uma história emocionante sobre seu pai que nunca desistiu dele.

Seth Adam Smith

Este artigo é patrocinado pelo filme Irreplaceable, novo documentário de longa-metragem focado em famílias.

Eu gosto de dirigir. Na verdade, eu gosto muito de dirigir. Sempre que me sinto profundamente estressado ou em luta, eu faço uma longa viagem. Há qualquer coisa no ato de dirigir que me acalma.

Pode ser porque me apraz a paisagem ou porque me dá o tempo e o espaço que eu preciso para pensar. Mas, quanto mais eu penso sobre isso, mais eu acho que o meu bem-estar em dirigir tem a ver com o fato de meu pai ter me guiado de volta à vida.

Algum tempo atrás, quando eu tinha vinte anos de idade, andava às voltas com um vício grave e profunda depressão. As coisas tornaram-se tão intensamente obscuras e dolorosas que eu decidi acabar com a minha vida. E eu teria conseguido se meu pai não tivesse descoberto.

Fui levado para o hospital, onde os médicos conseguiram impedir a minha morte – mas não foram capazes de me dar vida. Mesmo estando vivo, eu me sentia vazio, oco, e emocionalmente entorpecido – morto para o mundo.

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Em uma tentativa de reviver o meu espírito, a minha família se reuniu e ofereceu todas as formas imagináveis de suporte. Houve conversas sinceras, bilhetes encorajadores, telefonemas frequentes e muito tempo juntos.

Mas, acho que meu pai se sentia um pouco perdido sobre o que fazer. Afinal de contas, ele não era um profissional em terapia emocional. Ele nunca tinha lutado contra depressão ou dependência química. Como ele poderia saber o que dizer?

Então ele fazia a única coisa que sabia: ele dirigia. Ele me levou em viagens ao longo do estado do Arizona – muitas viagens rodoviárias. De fato, nos primeiros meses após a minha tentativa de suicídio, acho que passei quase todo fim de semana na estrada com o meu pai.

Nós não falamos muito (meu pai nunca foi do tipo: fale-me sobre o que você sente) nós apenas viajávamos. Mas sabe de uma coisa? Em algum lugar por essas estradas do sudoeste da América, comecei a voltar à vida. Mesmo o meu pai não sabendo exatamente o que fazer, ele estava me dando a mais pura forma de suporte de vida: o amor.

Muitas vezes, somos tentados a pensar que temos pouco a oferecer ao mundo – que o nosso amor é inadequado. Mas, nossa capacidade de amar os outros é a maior ferramenta que temos de mudar a vida para melhor.

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Por mais simples que fosse, a memória dessas viagens rodoviárias com o meu pai ainda tem uma profunda influência sobre mim. Desde então, eu busco toda e qualquer oportunidade de estar na estrada; não porque eu aprecie a paisagem, não porque eu goste do tempo e do espaço que isso me dá para pensar, mas porque me lembra que o meu pai me ama.

E, o conhecimento que o meu pai me ama sempre me guia de volta à vida.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original My dad drove me back to life.

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Seth Adam Smith

Seth Adam Smith é um leitor ávido, escritor e um homem numa odisséia literal para publicar seus livros. Aprenda mais visitando seu website.