Menina que perdeu a perna, por uma infecção rara, compartilha vínculo especial com cães de fisioterapia

Os cães são mesmo grandes amigos, a menina Tessa que o diga.

Suely Buriasco

Tessa Puma é uma menina de apenas seis anos de idade que vive em Northfield, nos EUA. De acordo com os médicos, ela desenvolveu um tipo de infecção rara que teve origem em um estreptococo na garganta que se moveu, através de sua corrente sanguínea, e se tornou uma infecção bacteriana de tecidos moles. A infecção era tão grave que os cirurgiões tiveram que amputar uma de suas pernas para salvar a sua vida. Tessa enfrenta agora o processo pós-cirúrgico que inclui tratamento psicológico e fisioterapia, entre outros.

A recuperação

Os especialistas estão muito entusiasmados com a recuperação de Tessa. A assistente do fisioterapeuta que trabalha com a menina, Turranna Rice, disse que a confiança da garota está crescendo devido à conexão notável que ela compartilha com Gracie e Rudy, dois cães treinados para apoiar crianças como ela. O Dr. Chelsea Weyand, psicólogo pediatra, disse que, além dos benefícios da fisioterapia, os cães ajudam a distrair Tessa de uma dor física e emocional. Ele afirma que: “Ela está motivada para voltar a fazer o que fazia antes”.

Terapia com animais

Segundo essa matéria: “Estudos recentes têm mostrado que o uso de animais tais como, cães, gatos, pássaros, cavalos, burros, golfinhos, etc., representa um contributo importante para o bem-estar social e psicológico das pessoas”. E olha que não se trata propriamente de uma inovação. Ainda segundo a fonte citada, a terapia assistida por animais, conhecida pela sigla “TAA”, parece ter tido origem na Inglaterra no final do século XVIII.

Cães de fisioterapia

A cinoterapia é o nome da abordagem terapêutica que utiliza cães no tratamento físico, psíquico e emocional de humanos. O cão funciona como estimulador e facilitador da reabilitação e reeducação do paciente.

Segundo esclarece essa matéria: “Um estudo, realizado com crianças entre os 3 e os 10 anos, registrou que as crianças que convivem com cães são mais afetuosas, com menor grau de agressividade e com um bom desempenho a nível de relacionamento social. Por si só a presença de um cão e a interação da criança com o mesmo é terapêutico, mas para que seja considerado cinoterapia é necessário que exista uma metodologia e um terapeuta devidamente credenciado”.

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Eficácia do método

Especialistas afirmam que a cinoterapia apresenta resultados muito positivos, principalmente em crianças, agindo como força motivadora para o tratamento necessário. A psicopedagoga Isabel Barros afirma que: “A cinoterapia favorece a socialização, abre espaço para a convivência em grupo, ajuda na inclusão de crianças com necessidades educativas especiais. Permite trabalhar a emoção, a comunicação, a marcha, a coordenação motora fina e grossa, o equilíbrio dinâmico e estático, a fala, a afetividade, o companheirismo, a atenção, o interesse, a tolerância”.

Os pais e os terapeutas de Tessa estão confiantes de que ela retornará a ginástica e dança assim que ela se ajuste à perna da prótese. Tessa disse que está entusiasmada por voltar aos esportes que ela ama e está pronta para trabalhar duro para atingir seus objetivos.

Isso nos enche de alegria e esperança que não só a Tessa, mas muitas outras crianças se beneficiem dessa abordagem terapêutica.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.