Homens, o médico não é o monstro!

Os homens relutam a ir ao médico. As mulheres podem ajudá-los nisso.

Antonio Alexandre Silva Neto

Um dia desses, quando estava almoçando num restaurante, sentaram-se a uma mesa próxima dois senhores de meia-idade. Eles conversavam sobre a morte súbita de José Wilker e Luciano do Vale. A conversa tinha um tom de pesar, consternação e muita preocupação com o “súbito”. José Wilker tinha 69 anos e Luciano do Vale 66 anos ao falecerem.

Segundo o estudo de Carolina Terra de Moraes Luizaga (2010), estas são algumas das preocupações com a saúde do homem:

  • Elevados índices de mortalidade.

  • Menor expectativa de vida em relação às mulheres.

  • Menor utilização dos serviços médicos.

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  • Não procuram por ajuda médica quando doentes.

  • Protelam ao máximo a procura médica, mesmo quando doentes.

  • Menosprezam sinais e sintomas.

  • Adotam comportamento de risco.

  • Níveis de tabagismo e alcoolismo elevados.

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  • Atitudes violentas.

  • Condução perigosa de veículos.

Esse comportamento tem um forte fator cultural, mais do que o genético, pois somos “educados” a sermos “fortes” a respeito de qualquer coisa. “Homem que é homem não chora.” Ainda na infância, quando caímos, mesmo as mães dizem: “Não chore porque isso não é nada!”. Menino que grita de dor era (ou ainda é?) chamado de mariquinha. E desde então, somos “ensinados a engolir o choro e suportar a dor” e levamos isso à vida adulta, porque, afinal, somos homens.

Na vida adulta, ouvimos das mulheres algo assim, quando sentimos dor: “Mas que homem mole, queria ver aguentar a dor do parto!”.

Essas atitudes contribuem mais para que o homem se enclausure em suas dores físicas e até emocionais.

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Então, aqui vão algumas dicas para homens e mulheres a fim de preservar a saúde masculina, seja a sua, a de seu marido, filhos, pais ou avôs:

  • Chorar de dor não é vergonhoso. Se estiver doendo muito mesmo, ainda que uma mulher jamais emitisse um som por dor igual, chore e reclame. Você tem o direito de chorar de dor ou reclamar dessa dor. Por quê? Porque você é homem!

  • Ao sentir dores de cabeça, cansaço ou qualquer outro mal-estar constante, vá o mais rápido possível ao médico! Não espere o problema agravar.

  • Ainda que se sinta saudável, vá ao médico pelo menos uma vez ao ano para fazer um check-up. Exames regulares previnem doenças cardíacas, diabetes, câncer de próstata, entre outras.

  • Seja amigo de um médico. Amigo mesmo. Assim, sentirá menos resistência para se consultar ou se submeter a procedimentos aos quais sente medo ou constrangimento.

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  • Não fume. Não tome bebidas alcoólicas.. Elimine os refrigerantes de sua dieta. Coma menos carne vermelha. Exercite-se. Caminhe. Ande de bicicleta.

  • Mães, pais, avós, tias e tios, deixem seus meninos chorarem de dor. A gravidade de um arranhão é menor do que uma perna ou braço quebrado. Isso eles vão saber, e seu choro será proporcional, quando eles mesmos identificarem isso. Podem acreditar. Disso eu sei.

  • Mulheres, não comparem sua capacidade de assimilar dores com a nossa. Somos homens e nunca, jamais, vamos ter essa capacidade. Aceitem nossos resmungos e choros. Apenas deixem-nos chorar por um arranhão e cuidem de nós.

  • Mulheres, seremos bebês chorões até o fim. Precisamos de vocês como “esposas babás” ou “esposas mães”. Somos teimosos, e sem seus incentivos, não iremos ao médico por vontade própria. Não vamos tomar remédio na hora certa nem até o fim. Na maioria dos casos, precisamos ser monitorados.

  • Para os homens que são sozinhos, tenham coragem e disciplina.

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Queiram uma vida saudável, prolonguem suas vidas! Vida saudável é vida plena!

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Antonio Alexandre Silva Neto

Antônio Alexandre é Tecnólogo em Gestão Empresarial e trabalha como Diretor Administrativo na Weyes Technology Solutions, empresa de inovações em Tecnologia da Informação. Autor do livro "Salário e Prosperidade", é casado, pai de cinco filhos com um neto (ou neta) a caminho. Gosta do mar, nadar e passear de bicicleta na praia, além de ler e escrever.