Fase do namoro: 5 ações necessárias dos pais

Enquanto pais, somos limitados no que tange a proteção de nossos filhos. O que podemos fazer é orar pela proteção deles e educá-los para que saibam fazer boas escolhas.

Taís Bonilha da Silva

Há quem diga que nós criamos os filhos para o mundo, e há quem sofra muito com essa realidade.

Quando eles são crianças, o mundo deles está ao nosso alcance, nós somos o seu mundo, eles querem estar conosco o maior tempo possível, querem fazer aquilo que fazemos. Lembro-me de quando meu irmão era menor e meu pai lhe convidava para ir trabalhar junto com ele. Essa era a alegria do meu irmão, e ele se vestia igualzinho ao meu pai, de fato parecia muito ser meu pai em miniatura.

Com as meninas, a mesma coisa acontece, a mãe é o modelo que elas querem seguir.

Quando os pais já não são mais o modelo que os filhos querem seguir

Mas com o tempo as crianças vão se tornando adolescentes, os interesses vão mudando, e também nossos bebezinhos já não nos vêem mais como seus heróis.

O grupo de amigos se torna muito mais importante, e eles se afastam um pouco. Tudo isso é perfeitamente normal e faz parte desta coisa que chamamos crescer. Mas alguns pais sofrem muito nesse período, e em uma tentativa de impedir esse processo, ou de retardá-lo, ou ainda em uma tentativa de proteção, acabam tomando certas atitudes que no fim das contas só os afastam mais ainda de seus filhos.

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A tão temida fase do namoro

O momento em que o adolescente decide namorar é uma dessas fases que pode ser muito crítica, se os pais não souberem lidar. Vejamos algumas sugestões que os pais podem seguir para ajudar a tornar esse processo, que é inevitável, menos conflituoso.

1. Combine as regras antes

não importa se seu filho vai namorar com 16 anos ou com 20 anos, se você combinar tudo antes, pode evitar muitos conflitos. Estipule agora qual será a idade mínima, 16 é uma boa opção, pois o jovem já tem uma certa maturidade, combine quais serão as condições desse namoro: como, quando, onde e a que horas.

2. Esteja sempre por perto

não se torne inimigo de seus filhos porque eles decidiram namorar, esteja por perto, receba em casa, conheça a família. Isso lhe trará segurança e também aproximará seu filho de você, e assim quando ele estiver com problemas, saberá que pode contar com os pais.

3. Proibir não resolve e gera outro problema

acredite, se seu filho realmente quiser namorar, ele irá, você aceitando ou não. Se você proibir, corre o risco de expor seu filho a perigos que, se ele estivesse namorando em casa, seriam evitados.

4. Promova a aproximação das famílias

isso contribui muito para tornar essa fase mais fácil. Relacionar-se com a família do namorado será positivo para ambos.

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5. Converse francamente

mantenham sempre um diálogo muito aberto com seus filhos sobre as regras que vocês esperam que eles cumpram, a respeito da castidade, gravidez na adolescência e o que mais for necessário. Se os pais não fornecerem as informações que os filhos precisam, eles irão buscar em outro lugar e aí não há como garantir que eles terão acesso a informações corretas, que estejam de acordo com os princípios e valores familiares.

Enquanto pais, somos limitados no que tange a proteção de nossos filhos, o que podemos fazer é orar pela proteção deles e educá-los para que tenham autonomia para decidirem por si mesmos os melhores caminhos. Nesse processo, ficamos apenas como meros espectadores e prontos para confortá-los e recebê-los de braços abertos quando as coisas derem errado, esse é o nosso papel.

O Pai Celestial nos trata da mesma forma, nós decidimos e quando estamos em agonia por nossos erros, recorremos ao abraço acalentador do Salvador, e Ele sempre nos receberá. Tomemos o exemplo do Salvador e façamos por nossos filhos o que Ele faz por nós.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.