Esta é a maçã podre que pode matar o seu casamento

Marilú Ochoa Méndez

Montserrat está para se casar. Ana, sua mãe, tem sentimentos contraditórios. Montse, como a mãe a chama, é a luz de seus olhos, e ela deve aceitar sua partida. Com a melhor das intenções, dá-lhe alguns conselhos, entre eles, diz que “aos homens, nem todo o amor, nem todo o dinheiro”.

Além disso, sugere-lhe que “não se diminua”, e que “se dê sempre o seu lugar”. Ana não sabe que está plantando uma semente que causará muita dor à filha, a seu futuro genro, e a seus netos – a semente da soberba.

Eu lhe dou, mas você também precisa me dar

No mundo de hoje, exigimos justiça nas trocas. Compro um livro, e espero que esteja em excelente estado e seja legível. Isso tem lógica, o que não tem (em absoluto) é que translademos às relações humanas esta exigência fechada e escravizante.

Nesta perspectiva, ao dar um passo, exigiremos que o outro avance também. Mas quem pensamos que somos para julgar se o outro pode ou não dar o passo exatamente como nós?

Este é o germe da soberba, o grande pecado de Adão e Eva, pelo qual foram expulsos do paraíso, e tenha cuidado! É também a maçã podre que pode acabar com seu casamento.

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“Sereis como os deuses”

Pense comigo, que características tem um deus? É um personagem a quem se rende culto, a quem se presta contas dos atos. É o possuidor do destino do homem.

Você e eu nesta terra somos apenas habitantes, mas às vezes, acreditamos em “medida das coisas”, como dizia o grego Protágoras de Abdera.

Assim, Montserrat assumiu, como uma ordem, o conselho de sua mãe: “nem todo o amor, nem todo o dinheiro”, e em vez de entregar-se amorosamente ao homem que havia jurado amar nos bons e maus momentos, converteu-se em juiz da quantidade de amor e generosidade que daria a seu esposo, “dependendo” de como ele se comportasse.

Cuidado com o abuso!

Conforme foi avançando em sua vida conjugal, essa jovem esposa aprendeu a medir, pesar e equilibrar – com seus critérios – o amor a seu marido. Isso gerou em seu marido uma atitude revanchista que estava a ponto de arruinar seu casamento.

Os amigos de ambos, quando os viam frustrados, aconselhavam-nos no mesmo sentido: “não se diminua”, “ se dê sempre o seu lugar”. E isso acabou de amargando a convivência entre os esposos.

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Chegou um conselho prudente, finalmente

O marido e a esposa ficaram devastados, mas sozinhos em sua caminhada egoísta e por não avançar mais do que julgavam que o outro avançava, estavam destruindo a harmonia de sua vida em comum.

Então, chegou um bom conselho, que abriu uma brecha nesta parede de revanchismos entre os dois. Os jovens esposos jantavam com um casal de amigos, e se surpreenderam pelo trato suave, terno e cálido que ambos mantinham. Quando ficaram sozinhas, Montserrat perguntou à amiga qual era o seu segredo, e ela contou-lhe:

“Procuro amá-lo e fazê-lo feliz, e ele faz o mesmo. Tentamos tornar a vida agradável e leve um para o outro, esquecendo-nos de nossas prioridades e objetivos para abraçar os do outro. Assim conseguimos uma relação maravilhosa”, comentou ela. Pareceu tão simples, que Monserrat se pôs a chorar. Como pôde ter-se enganado tanto?

O amor real

Amor, você sabe, não é só diversão. É saber que se conta com alguém, apesar de lhe ter feito uma cara feia, esquecer-se das suas encomendas, a comida não ficar tão boa, etc.

O amor é saber que esse alguém o apoia, ama, perdoa e o espera a cada tarde e cada noite, apesar de o ter magoado ou de o outro ter magoado você.

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O amor conjugal, o amor puro, o amor bom, deve ser incondicional. Se não, é conveniência, manipulação ou algo mais.

Se esta é a medida, como conseguirei fazer com que me amem se estou cheia de defeitos, engano-me constantemente e, além disso, com o tempo me torno menos atrativa? Então os parceiros seriam descartáveis, mas, às vezes, infelizmente, enredados em medir e pesar o desempenho do outro, comportamo-nos de forma que não faz sentido.

O segredo: ser amável

Sair dessa armadilha foi difícil para esta garota, mas aceitou um conselho a mais de sua amiga, ela lhe disse que procurasse ser sempre amável. Quero dizer, digna de amor.

No trato que ela dava a seu esposo, amante, carinhoso, terno, serviçal e desinteressado, mostraria como desejava ser amada. E não era garantido que iria receber o mesmo de seu esposo, mas, garantiu-lhe sua amiga, entregar-se como havia prometido no altar lhe daria muito mais paz e sentido de vida que viver reclamando e contabilizando.

A partir de então, Montse se dedicou a reconstruir sua relação através do amor e do respeito. Não foi fácil, mas conseguiu sair pouco a pouco de seu papel soberbo e olhar seu esposo como ele era, abrindo-se a descobrir a beleza de suas imperfeições mútuas.

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A seguir, nós compartilhamos mais uma série de dicas que podem ajudá-lo a evitar essa maçã podre em seu relacionamento de casal.

Ore muito

O profeta Jeremias orava a Deus pedindo-lhe que lhe tirasse o coração de pedra e lhe desse um de carne. Se você deseja mudar neste sentido, a oração será a força poderosa que o ajudará a renovar seu relacionamento.

Procure ouvir de verdade

Ouça o seu parceiro, não os conselhos de outros. Se ele lhe pedir proximidade, atenção, carinho, deixe de lado suas impressões e julgamentos, e procure satisfazer as necessidades de seu cônjuge.

Faça um ato de amor todos os dias

Vença cada dia. Um ato amoroso que ao mesmo tempo o surpreenda e faça com que seu cônjuge sinta o seu amor.

São conselhos simples, mas tenho a certeza de que ajudarão a renovar sua relação e trazer a paz de volta ao seu coração.

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Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Esta es la manzana podrida que puede matar tu matrimonio

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Marilú Ochoa Méndez

Enamorada de la familia como espacio de crecimiento humano, maestra apasionada, orgullosa esposa, y madre de seis niños que alegran sus días. Ama leer, la buena música, y escribir, para compartir sus luchas y aprendizajes y crecer contigo.