Dicas para desenvolver a compaixão

Dicas simples que podem ser muito úteis para a transformação dos pensamentos em relação ao outro e como agir em seu auxílio.

Suely Buriasco

A prática da compaixão é essencialmente a busca de aliviar o sofrimento alheio; sem dúvida é a mais efetiva maneira de satisfazer os melhores interesses próprios e dos outros. Uma mente comprometida com a compaixão é uma semente que cultiva o bem na própria vida, fazendo grande diferença no mundo. A mente que tem compaixão é capaz de transformar situações ruins em benéficas.

Mas não basta apenas saber o quanto salutar é a compaixão; o essencial é desenvolvê-la através de um esforço concentrado. Para tanto vale considerar algumas dicas:

1- Use dos eventos cotidianos para transformar sentimentos, ações e comportamentos em oportunidades de desenvolver a força interior que propiciará maior sensibilidade em relação aos que nos cercam. O caminho da comiseração inicia-se nos pequenos atos de doação pelos quais por alguma fração de tempo nos mobilizamos para o auxílio do outro.

2- Lembre-se que todas as pessoas têm seu próprio quinhão de dor e que, portanto, você não é o único a sofrer. Sair do casulo das próprias dores e observar o que se passa com o outro faz com que a piedade desperte seus melhores sentimentos. Ninguém é vítima do mundo e todos desejam aprimorar escolhas e encontrar a felicidade, mesmo que aparentemente não saibam como fazê-lo. Pensar nessa realidade fará com que você sinta maior disponibilidade em ser útil e ajudar.

3- Desenvolva a empatia; sensibilize-se com o sentimento das pessoas, procure entendê-las dentro do contexto delas, isso é, avalie o que elas sentem a partir das concepções e valores que possuem e não de seus próprios valores. Não perca tempo com julgamentos infrutíferos e concentre-se na busca de aliviar a dor alheia, independente do que ela representa para você. Compreendendo a situação sob a ótica do outro, você terá maior clareza da necessidade dele e do que você pode fazer quanto a isso.

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4- Tenha boa vontade com as pessoas a seu redor, observe suas necessidades e se coloque à disposição o máximo que puder. Para tanto, a prática da tolerância é fundamental, pois sentir compaixão por quem é receptivo e grato é fácil, entretanto, desenvolvê-la em relação às pessoas difíceis e ingratas é que nos trará real amadurecimento e satisfação íntima.

5- Reconheça os seres humanos como semelhantes seus, com aspirações e necessidades assim como você, isso facilita a empatia e a aproximação com eles. É importante acostumar a nossa mente com esse senso de altruísmo universal, desenvolvendo o senso de responsabilidade por todos. É essa noção de universalidade que promove o desejo de ajudar as pessoas a superar seus problemas.

Para o psicólogo americano Marshall B Rosenberg: “Quando nos concentramos em esclarecer o que está sendo observado, sentido, e necessário ao invés de diagnosticar e julgar descobrimos a profundidade de nossa própria compaixão“.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.