Diante do diagnóstico triste, os pais tiveram a chance de abortar mas a negaram, e algo impressionante aconteceu
Esperando gêmeos, foi diagnosticado que um deles não sobreviveria. Mas eles quiseram ter o bebê e o que aconteceu após foi um verdadeiro milagre!

Caroline Canazart
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A gestação, normalmente, é sinônimo de vida e felicidade. Não é nada fácil saber que um filho, ainda dentro do útero, está condenado a viver somente alguns minutos, horas ou dias.
Para o casal britânico, Mike Houlston e Jess Evans, essa foi a sentença dada pelo médico quando Jess ainda estava na 12ª semana de gestação. Grávida de gêmeos, ela teve que se conformar com o diagnóstico fatal de um dos filhos enquanto o outro bebê tinha a saúde normal.
O casal teve a opção de abortar o feto, já que Teddy havia sido diagnosticado com anencefalia, um má formação letal que impede o desenvolvimento do cérebro e do crânio da criança. Mas a ideia não foi aceita e Jess continuou com a gravidez gemelar.
Com o passar do tempo, eles decidiram que iriam doar os órgãos de Teddy. E foi exatamente isso que aconteceu no dia 22 de abril de 2014. Três minutos após a morte do bebê, os médicos do Hospital da Universidade do País de Gales realizaram uma cirurgia inovadora, quando aconteceu a doação dos rins do bebê que salvou a vida de um adulto. “Temos muito orgulho dele”, disseram os pais.
Minutos de vida
Teddy viveu pouco menos de duas horas, mas foi o tempo suficiente para receber carinho e amor da família. “Pensamos que mesmo se tivéssemos um momento com ele, ou dez minutos ou uma hora, aquele tempo seria a coisa mais preciosa para nós”, disse a mãe antes do nascimento dos gêmeos.
A enfermeira Angharad Griffiths, que acompanhou o transplante, disse que se sentia privilegiada por estar presente durante a curta vida de Teddy. “Havia tristeza na sala, naturalmente, (os pais dele) sabiam que iriam perder o bebê, eles sabiam que ele iria falecer, mas eles estavam muito felizes por ele ter nascido vivo e que eles tiveram aqueles minutos preciosos com ele e passaram aquele tempo aproveitando a vida com ele”, afirmou.
Luto
O pequeno Teddy é o doador de órgãos mais novo da Grã-Bretanha. Além disso, o transplante foi bem-sucedido e ajudou a família a encarar a perda do bebê. “Saber que ele foi capaz de fazer este bem, um bem maior do que a maioria de nós fará em uma vida inteira, é impressionante como nos orgulhamos dele”, disse Jess, que espera que a comovente a sua comovente história pessoal possa inspirar famílias com situações parecidas.
Vida
A família passou o aniversário do primeiro ano de Noah, o bebê saudável, visitando o túmulo de Teddy. “Nós falamos nele todos os dias. Ele é lembrado por todos da família”, assegura a mãe.
Teddy salvou a vida de uma pessoa e sua história ainda ajudou a incentivar as pessoas a se inscreverem no registro de doadores no serviço público de saúde britânico.
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