Dê um basta nos exageros tecnológicos

A tecnologia é maravilhosa! Mas se você notar que o tempo interagido em família está comprometido, está na hora de tomar providências. VEJA aqui o que fazer.

Becky Rickman

Vivemos em um mundo acelerado, com a tecnologia que avança tão rapidamente que, assim que você pega algum eletrônico e o leva à caixa registradora, já existe uma nova versão mais avançada chegando às prateleiras. Queremos que nossos aplicativos ou jogos sejam assim ou assado, com uma definição tal que se possa ver uma minúscula cicatriz no rosto de alguém; e que sejam mais finos, mais planos, menores, com maior capacidade de armazenamento, mais rápidos e com maior conectividade. Nós nos conectamos a outros humanos por meio de equipamentos eletrônicos, os reconhecemos por meio de seus avatares e sabemos quais são suas canções e seus filmes preferidos por meio de sua lista de favoritos. Quase tudo está conectado. O que você assiste no Crackle agora é logo postado no Facebook. Em vez de perguntar como nossos filhos estão, lemos o que eles postaram nas redes sociais. Os bebês nascem e suas fotos já vão para a Internet minutos depois de eles chegarem ao mundo. Tansformamo-nos em apertadores de botões e lamentamos quando não temos memória RAM suficiente. E será que é mesmo necessário levarmos o celular para o banheiro?

Existem benefícios espantosos de estarmos “plugados”. Falo com meus parentes distantes com muito mais frequência. Fazer pesquisa da história da família é muito mais fácil. Consigo achar uma receita na Internet num piscar de olhos. E naquelas noites terríveis em que não consigo dormir, tem quase sempre um amigo em algum lugar do mundo com quem posso bater papo em um site de chats. Recentemente, vi a foto de um soldado lendo um livro para seu filhinho via webcam de um laptop porque ele estava longe de casa. Existem muitas vantagens de se viver nesta época, mas o problema é que estamos chegando ao ponto em que vivemos além de nossos meios para termos o que há de mais moderno e poderoso a um preço exorbitante, trabalhando mais do que o necessário para nos conectarmos com os familiares que nunca vemos, porque trabalhamos mais do que o necessário para dar a eles ferramentas para nos conectarmos, porque sentimos sua falta, porque temos trabalho demais para fazer para darmos a eles… bem, acho que você já entendeu.

Como, então, podemos chegar ao ponto em que percebemos que já temos em abundância; não no acúmulo de brinquedos, mas em nossos relacionamentos, nas lições, na fé, no amor e na natureza? Veja algumas ideias para ajudar a colocar as coisas em ordem:

  • Faça um inventário. Faça uma lista das coisas que são importantes para você. Depois, risque tudo o que precisa de algum tipo de energia elétrica; que usa baterias ou que precisa ser recarregado de uma ou de outra forma. O que sobrou?

  • Faça um cronograma. Durante uma semana, calcule quanto tempo você gasta com equipamentos eletrônicos. Certifique-se de anotar o que você está fazendo nesses equipamentos. Isso é importante, porque telefonar para o celular de seus filhos para saber se eles estão bem é muito bom. Enviar fotos pelo Facebook ou por e-mail, fotos da escola para sua mãe também é muito bom. Agora, acumular pequenas moedas de ouro jogando baralho virtual ou cuidando de plantações imaginárias é; digamos, no mínimo, uma perda de tempo.

    Advertisement
  • Pense sobre o que você tem orado. Em suas orações, você agradece a Deus por sua HDTV de 55 polegadas? É claro que não! Preste atenção às coisas que você realmente agradece a Ele e faça com que estas sejam sua prioridade.

  • Faça uma experiência familiar. Reúna a família. Apague as luzes e acenda velas. Agora, peça a todos que desliguem seus aparelhos eletrônicos. Pegue um cronômetro (de preferência analógico!) e veja quanto tempo leva até que alguém comece a tremer de abstinência eletrônica.

  • Faça uma caminhada em família. Observe os arredores e veja quantas crianças estão ou não brincando fora de casa. Encha-se de coisas que o dinheiro não é capaz de comprar. Expresse à sua família sua gratidão por tê-los com você. Pegue uma flor silvestre e dê a alguém. Encontre uma pedra brilhante e a entregue a outra pessoa. Deem as mãos. Respirem fundo. Fale sobre a abundância que há em você e em sua família. Sentem-se em um círculo e façam alguma brincadeira boba.

  • Faça um plano. Planeje passar uma noite da semana com a família sem ter nenhum equipamento eletrônico por perto. Falem sobre a caminhada da família. Falem sobre o que sentiram estando juntos. Falem sobre as coisas maravilhosas que vocês têm na vida que o dinheiro não compra.

Este artigo é para mim e para quem mais precisar

Gosto de escrever. Isso significa inúmeras horas em frente ao computador todos os dias. Escrevo artigos como este e livros também. Tenho de vender meu peixe, e isso significa mais horas em frente à tela do computador percorrendo as redes sociais. Isso eu não posso mudar. Este artigo é para mim. Nunca vou conseguir uma fazenda de verdade se eu continuar perseguindo minha fazenda virtual. Nunca vou viver de modo financeiramente decente se eu continuar nos joguinhos online em vez de me concentrar no meu trabalho. E, preciso passar menos tempo sonhando com uma HDTV gigantesca de tela plana e apreciar minha TV jurássica! Tenho de gastar menos tempo sonhando com aquele smartphone com tela touch e usar meu telefone de mesa para ligar para quem eu amo e saber como estão. Estou fazendo o possível para amar o que eu já tenho.

Advertisement

Traduzido e adaptado por Wagner Vitordo original Embracing your enoughness with technology.

Toma un momento para compartir ...

Becky Rickman

Becky Lyn is an author and a 35+ year (most of the time) single mom.