“De pequenas coisas provêm as grandes”: é simples assim reconstruir o amor-próprio

"Se você quer fazer grandes mudanças, você deve prestar atenção aos pequenos detalhes". Rudolph Giuliani

Erika Otero Romero

Tudo na vida se consegue pouco a pouco. Quando somos bebés, dependemos totalmente dos nossos pais, mas à medida que crescemos, tornamo-nos independentes em muitos aspectos.

A vida seria mais simples se todos entendêssemos isto. O problema é que vivemos em um ambiente imediato, queremos tudo rápido e com pouco esforço; quando, na realidade, as grandes coisas se conseguem pouco a pouco e lentamente.

A teoria das pequenas realizações e como influencia a nossa vida

Essa teoria diz que a vida é sempre melhor se aprendermos a simplificá-la. Mais uma vez, o problema é que temos o hábito de “afogar-nos num copo de água”. As pessoas gostam de complicar as coisas e, às vezes, se vitimizar, quando não há necessidade de nada disso.

Segundo essa teoria, os problemas mais complicados podem ser resolvidos facilmente se forem divididos em pequenas partes.

Se colocarmos um pouco de senso comum, poderemos descobrir que é completamente verdade o que a teoria expõe. Se decidirmos aplicá-la a algo tão importante como nossa autoestima, vai ser muito benéfico.

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Vamos considerar que uma única crítica feita por alguém pode destruir o seu amor-próprio numa questão de segundos. Obviamente, não acontece com todos, mas acontece com quem não tem um amor-próprio construído em bases fortes. Apesar disso, é agradável para a autoestima ir acumulando pequenas vitórias diárias às quais se agarrar para se fortalecer.

Isso aplica-se em todos os domínios onde haja pessoas. As pessoas agarram-se a cada pequena conquista para avançar, é natural e normal; se assim não fosse, não teríamos tantos avanços tecnológicos ano após ano.

Como melhorar a imagem que temos de nós mesmos com esta teoria

Como eu disse no início, tudo que é grande se consegue pouco a pouco. Uma criança nasce e não se pode esperar que, em poucos dias, já esteja falando, é absurdo. Bem, com essa mesma lógica, restaurar e fortalecer o seu amor-próprio é feito pouco a pouco.

O principal é nos encher de paciência e compaixão para com nós mesmos. A realidade por trás desses pedidos é que costumamos ser nossos piores críticos. O amor-próprio não é construído sozinho. Muito disto se deve à aprovação que recebemos de fora.

Começa com o apoio e os bons comentários dos nossos pais, avança até à idade escolar, com os professores. É aqui que começa a parte complicada: os professores não vão ter a mesma paciência para fomentar em nós a nossa autoconfiança. Eles necessitam render e educar muitas crianças e alguns farão seu trabalho com esmero e afeto, mas não todos. Seja como for, temos de aprender a lidar com isto.

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Quando se é criança e adolescente é difícil suportar as críticas de todas as pessoas. Apesar disso, é graças a elas que fortalecemos nossa personalidade e caráter. São precisamente esses dois aspectos que moldam a face que damos ao mundo.

Enquanto nossa personalidade e caráter se fortalecem, nosso amor próprio cresce ou decresce. Sim, na infância, nossos pais nos ajudam muito; logo ficamos às expensas do mundo exterior, e este não é tão benevolente. É aqui que dependemos inteiramente da nossa força interior e daquilo que fazemos por nós próprios para avançar. Além disso, é natural que a nossa autoconfiança e autoestima sejam testadas todos os dias. Justamente por isso é necessário alimentar nossa autoestima com pequenas realizações diárias e nos sentirmos felizes por alcançá-las.

As dificuldades diárias ajudam a fortalecer a nossa autoestima

Cada dia traz seu próprio afã. Não importa quão grande seja esse desafio com que nos defrontamos; é nosso dever superá-lo à altura. O ponto importante é não nos sobrecarregar para resolver tudo de uma vez e e rapidamente; em vez disso, o mais sábio é dividir e encontrar uma forma calma de resolver cada pequena parte.

O que se consegue com essa ação é gerir a nossa saúde emocional. Sabe-se que, quando surgem problemas, ficamos angustiados e não sabemos o que fazer. Bem, quando dividimos o mesmo problema, vemos em partes pequenas, portanto, mais fácil de resolver.

Essa sensação de vitória está nos dizendo que somos fortes e capazes de lidar com os desafios diários. Isto é alimento para o amor-próprio. Desta forma, pouco a pouco nos damos conta de que somos capazes de lidar com desafios e objetivos maiores.

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Francamente, quando nos falam em aumentar a nossa autoestima, vemos isso como uma das situações mais complicadas da vida. Apesar disso, graças a essa teoria, o objetivo torna-se mais fácil de alcançar. O convite que essa abordagem nos faz é para que sejamos proativos em nosso próprio benefício; nada de mal sairá disto.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original “De lo pequeño surge lo grande”: así de simple reconstruyes el amor propio

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.