Crianças de temperamento forte são uma benção, não uma maldição

Se você tem um filho que é muito obstinado, cheio de força de vontade e difícil de controlar, conte suas bênçãos.

Lynnette Sheppard

Este artigo foi originalmente publicado no blog “Simply for Real” e republicado aqui com permissão, traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger.

Quando meus filhos eram pequenos, eu às vezes me perguntava o que eu tinha feito de errado enquanto uma criança após a outra nasceu com uma boa dose de “força de vontade”. Eu desejosamente observava outras famílias cujos filhos pareciam tão suaves e fáceis de agradar. Meus filhos eram obstinados. Muitas vezes desobedientes. Eles estavam constantemente testando a minha paciência. Tinha que ser à maneira deles, senão eram gritos e outros absurdos. Comecei a me perguntar se essa força de vontade era um traço genético.

Num domingo, eu estava no corredor da igreja com um deles – Andrew, de três anos de idade na época – que é particularmente exigente. Enquanto ele estava gritando, uma doce senhora idosa veio até mim e disse: “Seus filhos são tão bonitos.”

Olhei para o meu pequeno gritando, e me perguntei se ela estava falando com a pessoa certa.

“Eles têm obstinação”, continuou ela, “o que significa que eles vão realizar grandes coisas.”

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Eu disse a ela que esperava que estivesse certa, e com confiança ela me garantiu que estava. Sinceramente, eu estava um pouco atordoada com o momento. Ela tinha me visto vir à igreja, semana após semana. e visto minha luta com meus filhos indisciplinados. Ela sabia que eu passava mais tempo andando pelos corredores na tentativa de mantê-los quietos do que realmente sentada nas reuniões. Não entendi por que ela tinha escolhido aquele momento em especial, quando a minha paciência estava no limite e Andrew estava gritando, para me dizer que meus filhos eram cheios de potencial.

Eu entendia, no entanto, que ela não era uma mulher comum. Era uma mulher a quem todos admiravam. Ela tinha criado cinco filhos incríveis. Era uma pessoa calada, mas quando falava as pessoas ouviam porque ela era a personificação da sabedoria. Eu queria ser como ela. E, aqui estava ela, dizendo-me sobre meus filhos, no momento em que me sentia esgotada, que tudo ficaria bem. Ela sabia da luta interior que muitas vezes eu tinha – me perguntando por que eu ainda tentava ir à igreja – me perguntando o que eu poderia fazer para ensinar esses pequeninos? Eu queria desesperadamente acreditar nela, mas como ela poderia ter tanta certeza? Ela realmente não conhecia os meus filhos.

Quando me afastei e ponderei suas palavras, meu coração se encheu de esperança. Embora eu estivesse lutando, eu tinha que acreditar que ela sabia de alguma coisa que eu não sabia. Certamente ela sabia de muitas coisas que eu não sabia. E, talvez… Só talvez… Ela fosse a resposta às minhas orações – uma doce certeza de que esta fase não duraria para sempre, e que os meus filhos aparentemente impossíveis tinham chegado a mim com força de vontade, porque eles iriam precisar dela para realizar grandes coisas mais tarde, na vida. Eu encontrei conforto nisso.

Desde então tenho me lembrado desta experiência. Penso sobre suas palavras enquanto luto através de inúmeras fases difíceis com meus filhos. Pensei nelas enquanto assistia fases difíceis desvanecerem-se em doces estágios de entendimento e crescimento. Eu tenho pensado nelas enquanto testemunho crianças irrazoáveis tornarem-se adolescentes ponderados e auto-motivados, cuja força de vontade agora está enraizada em sua personalidade de uma forma que fortalece a eles e a outros. Agora não há dúvida em minha mente de que esta doce mulher sabia o que estava falando naquele dia, há tantos anos. Ela sabia como eu agora estou aprendendo, que personalidade forte em uma criança não é nada que se possa temer. É uma bênção.

É claro que essas crianças necessitam de orientação. Elas exigem paciência extra. Precisam de líderes (pais) que gentilmente, mas com firmeza, os lembre de que eles ainda têm muito a aprender – que a sua maneira não é sempre a melhor maneira. Elas exigem que os pais lhes ensinem como canalizar essa força de vontade em atividades úteis, que por vezes parecem muito difíceis.

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Houve momentos ao ensinar uma criança assim, em que eu me senti como se estivesse ensinando uma parede de tijolos. Houve momentos em que me senti como se estivesse recuando em vez de avançar. Houve momentos em que eu queria desesperadamente jogar minhas mãos para cima e gritar, e momentos em que eu fiz exatamente isso. Mas também houve momentos em que me senti como se eu fosse o aluno, em vez de a professora. Houve momentos em que me sentei e assisti, admirada, a direção e convicção dessa mesma criança. Nesses momentos, eu vi pequenos vislumbres da grandeza que estava dentro deles – a grandeza que ainda estava em processo de sair do casulo.

O meu filho mais velho tem apenas 15 anos de idade, eu sei que ainda tenho muito a aprender, e anos a esperar até ver o resultado completo do meu trabalho. Eu sei que nenhum resultado é garantido, apesar de meus esforços. No entanto, aprendi a confiar nas palavras da minha amiga idosa, cujo conhecimento e sabedoria excedem em muito a minha própria. Elas me mantêm seguindo em frente quando as coisas ficam difíceis.

Talvez você possa ter esperança e força a partir das palavras dela também. Você pode confiar nelas como eu confio, quando não conseguir ver a floresta além das árvores. Que você possa contar com elas quando se perguntar se a transformação de lagarta à borboleta nunca vai acontecer. Que você possa se apoiar nelas quando sua paciência for continuamente testada até ao extremo, e quando tiver certeza de que mais um dia de frustração vai consumir você.

Confie em minha sábia amiga idosa. Ela sabe.

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Lynnette Sheppard

I am the mother of five crazy and wonderful kids, and the wife of one amazing man. I believe in being simple and real, and that is what you will find here. Real family. Real faith. Real perspective. Real life. Welcome to my little corner of the internet. I am so glad that you stopped by.