Conecte-se consigo mesmo para poder se conectar com aqueles que mais ama

Siga estas dicas para aprender como melhorar o relacionamento com quem você ama, começando pelo lado mais profundo do coração.

Danitza Covarrubias

O período do Natal e Ano Novo é de festas e folia. Mas, por outro lado, também é de sufoco: corre-corre atrás de presentes, preparação da ceia de Natal, pinhatas (uma tradição em meu país), gastos. Tudo isso, além das responsabilidades cotidianas, geram um estresse tremendo.

Esse estresse é refletido de várias maneiras: às vezes, por meio de mal-estar físico, como dor de estômago, dores musculares, sensação de vazio ou dor no peito; outras vezes, por meio de uma forte tensão em seus relacionamentos importantes, podendo haver atrito e até gritos. Em alguns momentos, você tem a sensação repentina de estar fora da realidade ou de que o presente não faz sentido; em outros, um choro surge, aparentemente, “do nada” ou sem explicação.

Na verdade, é o estresse que fala por você

E assim, esquecemo-nos do essencial dessas festividades e feriados. Esquecemos que o importante é partilhar desses momentos.

Em muitos países em que faz frio nos finais de ano, o clima é convidativo para ficarmos do lado de dentro. Dentro de casa, embaixo das cobertas. Isso nos ajuda a sentir o corpo, até chegar ao coração. Entrar para nos conectar. Conectar com nós mesmos; depois, conectar-nos também com aqueles com quem nos relacionamos.

Muitas vezes, é difícil voltar a nos relacionar a partir desse ponto mais profundo. Compartilho algumas ideias para fazer com que isso aconteça:

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Dicas para se conectar consigo mesmo

1. Desacelere

Pare de correr para resolver todas as pendências. Pare para tomar um café ou um delicioso banho. Pare e sinta o que você precisa. Talvez descansar? Ou um abraço, ou chorar; o que quer que seja, é válido. Passe algum tempo sozinho. Escreva um pouco do que acontece com você. Às vezes você precisa ler-se para poder se ouvir.

2. Peça ajuda ou divida as obrigações

Geralmente, o preparo das refeições recai sobre uma única pessoa, e isso tende a ser bem estressante. Se o seu preparo for delegado ou dividido, a carga se torna menor. Ou, melhor ainda, se tiverem uma cozinha espaçosa, todos poderão cozinhar juntos e aumentar a convivência.

3. Coloque o celular no modo avião

A menos que haja uma situação delicada, nada vai acontecer se você responder às suas mensagens até meia hora depois.

Quando consegue se conectar consigo mesmo, você se conecta com os outros. Você também desenvolve empatia e capacidade de estabelecer um relacionamento mais saudável, sem carência de atenção. Você tem maior capacidade de cuidar do relacionamento, pois já cuidou de si mesmo.

Conecte-se com seus entes queridos

1. Faça uma troca, mas de cartas

Às vezes é difícil dizer o que está em nosso coração. É mais fácil escrever e entregar (ou enviar). Para quem recebe, uma carta se torna um tesouro pessoal, pois aquelas palavras carinhosas estarão sempre lá para quando precisar delas. Nessa carta, você pode reconhecer os talentos do outro, compartilhar suas lembranças favoritas dele ou com ele.

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2. Olhe nos olhos

Às vezes, as pessoas têm dificuldade para olhar nos olhos umas das outras. Olhar um para o outro é voltar a sentir. Dê espaço para que isso aconteça. Olhe para ele, redescubra em seu rosto o carinho, a maravilha dessa pessoa que está com você. Às vezes dá vontade de rir, mas essa risada também gera união. Às vezes dá vontade de chorar por sentir todo o amor. Pode também haver coisas para resolver com o outro. Arrisque-se a se aproximar a partir de um lugar mais real.

3. Converse sobre assuntos pessoais

Converse com seus entes queridos sobre o que acontece com você, peça conselhos, pergunte a eles o que está acontecendo na vida deles, ou mesmo sobre o passado deles. Esses temas geram proximidade. Ouvir histórias que você não conhecia de pessoas próximas faz você se sentir mais próximo delas. Compartilhar suas histórias fará com que elas sintam a mesma proximidade com você; isto é, talvez farão se redescobrir nessas histórias, em aspectos que não conheciam uns dos outros.

Agora, como se conectar em uma reunião familiar?

Dicas para o jantar de Natal (ou qualquer jantar em família)

1. Deixe o celular

Conecte-se com as pessoas que estão presentes e envie mensagens aos que estão ausentes mais cedo ou mais tarde, quando estiver sozinho. Mas não quando estiverem reunidos em família.

2. Jogo das perguntas

Cada pessoa faz uma pergunta e todos respondem. Podem ser perguntas simples, por exemplo: qual é a sua cor favorita. Ou podem ser questões mais profundas, como qual é a lembrança preferida que tem na vida. Isso fará com que todos interajam de maneira interessante. Eles descobrirão aspectos não conheciam uns dos outros.

3. Jogos de tabuleiro

Pode ser dominó, cartas ou um jogo de quando era criança. Os jogos geram interação, risadas e união.

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4. Tire fotos

Tirar fotos juntos faz com que haja união, risos e ideias. Gera recordações para sempre.

5. Jogo dos presentes

Faça um pacote de presente com algo da dispensa, um produto de higiene ou algo neutro, como meias. Em seguida, faça um sorteio com eles ou tente abri-los com luvas de lã ou tecido. Esse jogo os fará conviver e estar todos presentes na atividade.

6. Dança de casal

Dançar às vezes une as pessoas. Faz com que estejam no mesmo ritmo, na mesma sintonia.

7. Conversa aberta

Conversem muito, seja sobre questões familiares, externas ou pessoais. Faça perguntas sobre história da família. Cada um pode dar um feedback positivo sobre cada membro da família. Agradeça a cada um. Você pode relembrar e compartilhar uma lembrança de algo que um membro da família fez por você.

E você, que outras atividades você tem feito em família, que faz você se conectar com eles?

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Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Conéctate contigo mismo para poder conectar con quienes más amas

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Danitza Covarrubias

Danitza es originaria de Guadalajara, Jalisco, en México. Licenciada en psicología y maestra en desarrollo transgeneracional sistémico, con certificación en psicología positiva, así como estudios en desarrollo humano, transpersonal y relacional. Psicoterapeuta, docente, escritora y madre de 3. Firme creyente que esta profesión es un estilo de vida.