Como um padrasto pode conviver da melhor forma possível com seus enteados

Veja que atitudes e forma de diálogo um padrasto deve ter para conviver da melhor forma possível com os filhos de sua esposa, mantendo assim um relacionamento saudável e feliz entre todos.

Fernanda Ferraz

Esta aí um grande dilema entre muitas famílias: a busca pela boa convivência entre o padrasto e seus enteados. Muitas esposas sentem-se preocupadas e frustradas também por seu esposo não agir da forma como gostaria com seus filhos. Mas o que ocorre muitas vezes é que todos esquecem sobre o que fazer e como fazer para melhorar a união. O relacionamento entre pessoas deve vir para somar, não para separá-las ou para impor ideias conflituosas.

Não adianta dizer que esse relacionamento é fácil, pois na grande maioria não é, e vou explicar o porquê:

  • Muitas vezes, o padrasto ou o enteado sentem muito ciúmes um do outro, ou seja, do relacionamento construído com a mãe.

  • Competição familiar.

  • Agem de certas formas para impor sua opinião ou força dentro de casa.

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  • Não aceita o fato de a mãe ter construído outro relacionamento.

  • Sente que foi substituído.

  • Não obedece ou tem bom diálogo por achar que o padrasto não significa nada para ele (filho) e vice-versa.

Agora, depois de avaliar os motivos, nem sempre tão evidentes, vou dar dicas que podem e muito ajudar para que essa relação seja bem-sucedida.

1. Construir um relacionamento saudável

É extremamente comum o ciúme entre padrasto e enteado atrapalhar a relação no casamento, dificultando as relações no lar entre todos. Ainda que existam muitas diferenças entre padrasto e enteado, é preciso possuir uma atitude de equilíbrio e fazer um esforço constante para manter a tranquilidade no lar. Muitas vezes, vai haver crises de ciúmes em um dos lados, e é preciso que a mãe e esposa tenha muita paciência para lidar com esse “cabo de guerra” em que todos parecem dizer: “Quem ficará com a mamãe, eu ou você?”

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Ninguém precisa viver assim, é claro. Nenhuma das partes precisa ficar em lados opostos. O melhor é que todos estejam de um mesmo lado, mas dependendo do temperamento dos envolvidos, o relacionamento entre padrasto e enteado pode se tornar um verdadeiro campo de batalhas em que a mamãe é o prêmio final, por isso, quanto mais consciência e sabedoria tiver o padrasto, melhor para todos!

Portanto, é preciso maturidade e compreensão; o padrasto não pode achar que

  • Seu enteado irá ter a mesma maturidade que ele.

  • E que facilmente o enteado aceitará sua chegada ou permanência.

2. Respeite os espaços

  • Como padrasto e alguém de maior maturidade, você deve lembrar de que cada pessoa precisa ter seu espaço, então não dê uma de intrometido, seja educado e sensível às mudanças e condições específicas. Entenda que para muitos enteados aceitar outro homem dentro do lar é uma afronta, e só você pode mudar esse conceito negativo que talvez o seu enteado possua. O que você pode fazer?

  • Dê privacidade ao seu enteado, principalmente no quarto dele; evite ficar entrando e se intrometendo em suas coisas e estilos. É claro que você pode aconselhar, mas nunca impor, isso cabe ao pai e a mãe.

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  • Evite criticá-lo na frente de outras pessoas.

  • Respeite seus gostos e escolhas.

  • Seja atencioso e afetuoso com ele.

  • Não queira substituir o papel do pai na vida dele.

  • Seja amigo e bom ouvinte.

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  • Interesse-se pelas dificuldades e êxitos dele.

  • Parabenize-o, demonstrando orgulho de conviver e aprender com ele.

  • Não o denomine com apelidos inventados por você ou compare-o a pessoas, animais ou outras coisas.

  • Combine as regras que seu lar deve ter juntamente com sua esposa, para que não surjam tantas divergências por parte dos filhos dela.

  • Trate-o como gostaria que ele o tratasse.

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  • Respeite-o.

  • Seja gentil e educado.

  • Pergunte sobre as suas opiniões e desejos.

  • Tenha paciência quanto às infantilidades de seu enteado e perceba que muito do que ele faz é para lhe tirar do sério e desequilibrar a relação que você tem com a mãe dele.

  • Quando seu enteado começar a brigar, seja gentil e diga que não quer brigar com ele, que os dois podem se dar muito bem.

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  • Leve-o com você para pescar, velar, jogar, e descubra de que coisas ele gosta e participe junto dessas atividades, isso os aproximará.

  • Não interfira no relacionamento entre pais e filhos; agregue somente com o melhor.

3. Saiba ouvir e dialogar

É necessário conversar sobre esse convívio, e saber ouvir o outro é um passo importante para compreender em que é preciso melhorar. Explique que sua chegada na vida da mãe dele não mudará o que ela sente por ele, e que o carinho do pai dele continuará o mesmo. Explique que sua chegada e permanência não vieram para dividir, e sim para somar, que seu intuito é fazer todos felizes.

4. Jamais fale mal do pai ou da mãe dele

Ainda que como padrasto, você considere muitas coisas inadequadas no relacionamento ou educação dada pelo pai de seu enteado, jamais insinue tal coisa. Não fale mal do pai ou da mãe dele, nem aponte os erros que eles têm. Procure ficar distante dos conflitos, porque certamente isso gera muitos atritos. Segure a língua, principalmente nos momentos de discussões, pois os filhos sempre defenderão seus pais.

Lembre-se de que você pode sim ter muita influência na vida de seus enteados e fazê-los serem pessoas boas e com responsabilidades, mas o poder do exemplo e amor ao próximo é maior do que qualquer outra forma de ensino. Ninguém ama por pressão, e sim por boa vontade.

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Fernanda Ferraz

Graduada em RH, acredito que nossa vida têm verdadeiro propósito, sou SUD, sei que toda dor e aflição é uma fonte de virtude e força espiritual, que nos molda e purifica.