Como lidar com o alcoolismo de seu cônjuge

Lidar com o alcoolismo do cônjuge ou de um familiar não é nada fácil. Se essa é a sua realidade você precisa ler este artigo!

Fernanda Ferraz

Todos nós sabemos que alguém viciado em álcool sofre muito. Mas aqueles que convivem com um alcoólatra sofrem também. Muitas vezes vivenciam a violência em suas próprias vidas, são agredidos física e emocionalmente e sentem-se humilhados e sozinhos.

Talvez você seja casado com uma pessoa que vive sob influência do álcool, talvez seja um filho ou uma filha de um pai ou mãe alcoólatra. Seja como for, a realidade do álcool é:

  • Ele destrói famílias.

  • Ele afasta os entes queridos.

  • Ele constrói muralhas no relacionamento interpessoal dos envolvidos.

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  • Ele leva à violência.

  • Ele cria uma ilusão de um mundo turbulento e confuso.

  • Ele maltrata tanto quem está sob este vício, como os demais.

  • Ele prejudica a saúde mental, física e espiritual.

  • Ele vicia e domina.

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Eu sei o que é conviver com alguém que é dependente do álcool, sei que é doloroso, terrível e assustador, sei que machuca, magoa e causa sérias cicatrizes. Porém sei de algo ainda mais importante, não é aceitando ou baixando a cabeça que vamos ajudar a um familiar ou cônjuge envolvido com álcool. Então, o que fazer?

1. Não alimente o vício.  Jamais

vá comprar bebida a pedido de seu cônjuge! Se ele ou ela fizer chantagem emocional ou for ameaçador não se intimide, porque se a pessoa já se transforma quando ainda não está sob o efeito do álcool, imagine quando está! Saia de casa, dê uma volta, pegue na mão do cônjuge e ofereça para irem para algum ambiente salutar, uma igreja, uma capela ou um jardim. Aproveite essas ocasiões para conversar a respeito de que a bebida e o vício estão destruindo o relacionamento entre vocês e sua família. É preciso que ele acorde para a realidade.

2. Esteja preparado

Nunca se sabe o que pode acontecer quando uma pessoa está sob influência do álcool. Eu e meus irmãos já fomos deixados sozinhos ainda pequenos em uma praia sem nenhum responsável, sem saber o que fazer ou para onde ir. Lembro-me de chorar muito e, com certeza, por um milagre divino voltamos para casa seguros, mas não sem antes sentir o odor insuportável do álcool.

Portanto esteja preparado caso a pessoa viciada lhe abandone em algum local. Tenha seu celular carregado, algum dinheiro na carteira caso precise tomar um ônibus para voltar para casa. Se precisar de socorro ou se for parar em algum local desconhecido ligue para familiares e amigos.

3. Não use o vício do outro como desculpa para conseguir o que quer

Não se sente à mesa de bar com seu cônjuge, não ofereça algo que contenha álcool para ele, não use isso para se beneficiar de alguma forma, por exemplo: você sabe que seu esposo é alcoólatra e quando ele bebe fica mais “generoso” por assim dizer, brincalhão talvez. Mas também há momentos em que ele se torna violento e obsessivo. Não ache que será vantajoso deixá-lo bêbado só para conseguir algo em troca com maior facilidade. Esteja consciente que a bebida é destruidora, não adianta ter algo material se sua vida estiver em risco, até porque você nunca sabe o que pode acontecer num momento violento ou de perda de controle da outra parte!

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4. Converse bastante e ore

Talvez você já tenha feito isso diversas vezes, mas conversar é necessário e orar ainda mais! Algo divino sempre acontece quando colocamos dobramos nossos joelhos e entregamos nosso coração a Deus. Obtemos resposta, direção e até milagres acontecem! Não estou dizendo que seu cônjuge vai se libertar do vício somente com a oração, orar é fundamental porque conseguimos ter auxílio do Senhor, conforto e direção, porém diversas outras mudanças devem ser feitas, inclusive da sua parte.

5. Ofereça opções

Ao conversar com seu cônjuge dê opções a ele e mostre-as. Existem clínicas que podem ajudar. Existe algo muito maior do que as clínicas: força de vontade e desejo de mudar. Isso é imbatível. Se seu cônjuge tiver consciência de que o vício está destruindo suas vidas por completo, família, trabalho, amizades e a saúde, então esta é uma ótima oportunidade para dar todo apoio e ambos lutarem juntos.

Porém, algumas questões devem ser consideradas por ambos, além de tudo o que já foi dito:  

  • Evite lugares que têm bebidas.

  • Evitem festas.

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  • Procurem ajuda profissional.

  • Apoiem-se um ao outro.

  • Desabafem com carinho.

6. Compreenda para poder ajudar

Muitos daqueles que fazem uso do álcool carregam consigo algum problema ou fardo doloroso e difícil. Não se trata apenas de diversão, mas de uma fuga de algo que aprisiona e deteriora à medida do tempo.

Algumas pessoas sofreram abusos, maus tratos, violência doméstica, abandono, perda de um ente querido, depressão ou pode ter perdido algo que era de grande valor, sentimental ou material, e como fuga encontram no álcool a “libertação” momentânea para a dor. Alguns dizem que o álcool entorpece a angústia e o tira da realidade, porém quando passa traz tudo consigo à tona e de uma maneira muito pior, em forma de destruição geral! E aquela dor latente, ainda continua lá! Os problemas ainda existem. E agora mais um: o álcool é um lento suicídio além de matar as relações mais importantes da vida: a família.

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É importante você como esposa ou esposo compreender os motivos reais desse “escape” na bebida. Lembre a seu cônjuge de que o problema não irá se resolver com isso, apenas complicará a situação. Ninguém tem boas ideias quando está sob o domínio do álcool, todo o corpo sofre, a coordenação motora, sensorial e percepção em geral é abalada e afetada. Uma pessoa sob o efeito do álcool não consegue e nem pode tomar uma decisão acertada, tanto é que vemos inúmeros acidentes automobilísticos causados pela embriaguez!

Além disso, se o vício já está estabelecido, a pessoa nem precisa ter um “motivo” para beber. A abstinência em si traz o desespero da necessidade da bebida.

7. Busque ajuda

Ajuda especializada e tratamento, grupos de ajuda e paciência. Existem muitas histórias de pessoas que largaram o vício, restabeleceram sua vida, preservaram sua família e estão vivas. Tenha esperança! Faça sua parte, mas conte com ajuda externa, você não precisa suportar tudo sozinho.

Você deve buscar ajuda para você também. Para a pessoa largar totalmente de um vício ela precisa mudar de ambiente, de amizades, de locais, de atividades. E você também precisará saber como agir com alguém tentando se recuperar, não apenas com um viciado. Informe-se.

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Fernanda Ferraz

Graduada em RH, acredito que nossa vida têm verdadeiro propósito, sou SUD, sei que toda dor e aflição é uma fonte de virtude e força espiritual, que nos molda e purifica.