Como desenvolver o hábito da gratidão

"A gratidão é um princípio enriquecido pelo Espírito. Ela abre nossa mente para um universo permeado das riquezas de um Deus vivo".

Taís Bonilha da Silva

Jesus Cristo, na passagem onde realiza a cura dos 10 leprosos, nos ensina acerca da gratidão e sua diferença fundamental em nossas vidas.

Após curar os dez leprosos e apenas um voltar para agradecer, Ele disse: “Não foram limpos os dez? E os nove, onde estão? Não se achou quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe: levanta-te e vai, a tua fé te salvou” (Lucas 17:17-19).

Reflito acerca dessas últimas palavras: “(…) a tua fé te salvou”. A recompensa da gratidão é a salvação de nossa alma, todos os dez foram curados, mas apenas um, além de curado, foi salvo.

Quantas bênçãos recebemos ao longo de nossa história pessoal que, comparando com esse episódio das escrituras, podemos dizer que foram como “curas” nas nossas vidas. Se pararmos para contar veremos que são inúmeras. No entanto, quantas delas nós demonstramos gratidão ao Pai Celestial? Será que por deixar de reconhecer e agradecer não estamos abrindo mão de nossa salvação? Assim como fizeram os nove leprosos?

Precisamos dessas “curas” em vários momentos de nossa vida terrena, mas precisaremos muito mais da salvação eterna de nossa alma que por ser algo que está além de nossa visão limitada podemos negligenciar.

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Ainda que não enxerguemos, podemos saber através da fé, assim como a doce brisa que toca nosso rosto em um entardecer de outono, que há muito mais do que esta vida terrena, e precisamos, enquanto estivermos aqui, nos preparar para encontrar com Deus.

Como desenvolver o hábito de ser grato

Bonnie D. Parkin ensinou: “A gratidão é um princípio enriquecido pelo Espírito. Ela abre nossa mente para um universo permeado das riquezas de um Deus vivo”.

Precisamos orar e pedir a influência do Espírito Santo para nos ajudar a identificar a mão de Deus em nossa vida. O Senhor ouvirá nosso clamor, e nossas orações passarão a ser enriquecidas com a gratidão às dádivas recebidas.

Podemos fazer uma lista pessoal diária daquilo que obtivemos como uma benção durante o dia, o exercício de escrever e também de falar são processo que contribuem para um ato reflexivo, organizamos nossos pensamentos e passamos a ver as coisas com maior clareza e discernimento.

Devemos ensinar nossos filhos o princípio da gratidão e podemos ensiná-los através de nosso exemplo, quando orarmos em família, nas conversas cotidianas podemos sinalizar para as crianças as bênçãos recebidas.

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É possível expressar gratidão mesmo nos momentos mais difíceis

Se após receber a cura os leprosos deixaram de agradecer, quanto mais nos momentos onde parece que o Senhor nos abandonou. Aqueles momentos em que oramos desesperados, mas o céu permanece em silêncio. Posso dizer com toda a certeza de meu coração que são nesses momentos que teremos mais a agradecer, cada mínima coisa, cada pequeno acontecimento.

Se nos forçarmos a ser um pouco mais detalhistas encontraremos muito o que agradecer nos momentos de aflição, de fato, serão esses os momentos em que Deus provará nossa fé, e nossa salvação dependerá da nossa gratidão.

David O. McKay disse: “Encontraremos nos calafrios amargos da adversidade o teste real de nossa gratidão (…) que (…) é mais profunda do que a superfície da vida. Quer seja triste ou alegre”.

Ser grato por todas as “curas” que recebermos nesta vida trará a salvação eterna de nossa alma.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.