Coisas que minha mãe me ensinou: É sabido que as pessoas compartilham o que aprenderam com suas mães

As mães moldam o futuro de seus filhos. Pessoas de várias partes dos Estados Unidos contam neste artigo um pouco do que aprenderam com suas mães.

Celia Baker

Lidia Soto-Harmon, líder escoteira

Uma das maiores lições que Lidia Soto-Harmon aprendeu com a mãe dela é a compaixão pelos outros. Lidia é líder no Conselho de Escotismo da Capital Federal, onde lidera mais de 90 mil meninas no segundo maior conselho de Escotismo feminino da nação. Essa posição e seu mandato no Conselho da Mulher do Departamento de Estado dos EUA tornaram-na um modelo para as meninas latino-americanas da nação e para todas as mulheres.

Lidia cresceu em El Salvador, cercada pela pobreza. Aos 12 anos, ela foi com a mãe a um bairro degradado para realizar uma aula da escola dominical.

“Eu fiquei emocionada, porque eu tinha vindo com um grande projeto para as crianças”, disse ela. “Fiz massinha de modelar caseira para eles brincarem e cerimoniosamente dei uma porção para cada criança – uma mistura de farinha, água e um pouco de sal.”

Quando se preparava para iniciar a lição, ela notou que toda a massa de modelar caseira desaparecera – as crianças tinham comido. Seu coração estava cheio de fúria porque sua lição cuidadosamente planejada não poderia continuar.

Vendo a frustração de sua filha, sua mãe, Nina, cuidadosamente explicou que as crianças estavam com fome. Suas palavras carinhosas e gentis ajudaram a jovem Lidia a compreender a pobreza das crianças esfarrapadas que se sentaram diante dela, e a se preocupar mais com suas necessidades do que com o próprio orgulho.

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“Naquele dia, a lição ficou no meu coração”, disse Lidia. “Eu acho que por isso eu amo trabalhar com as escoteiras. Estamos tentando construir meninas de caráter, coragem e confiança, mas também meninas que têm compaixão pelos outros.”

Leon Fleisher, o mundialmente famoso pianista

Quando Leon Fleisher, 86 anos, fez sua estreia solo com a Filarmônica de Nova York, aos 16 anos, sua maneira de tocar era tão eletrizante que ele foi saudado pelo maestro – por seu talento – como a descoberta do século.

Seguiu-se uma carreira internacional ilustre. Mas, aos 30 anos, quando Fleisher estava no auge de sua fama, ele perdeu o uso da mão direita por causa de uma condição médica rara chamada distonia focal.

Fleisher não desistiu. Em vez disso, ele começou a tocar música de piano composta apenas para a mão esquerda e encontrou a realização como maestro desenvolvendo uma nova carreira de sucesso. Ele foi capaz de voltar a tocar com as duas mãos no início do século 21, graças a novos tratamentos médicos, e retomou a sua carreira como pianista.

Fleisher disse que aprendeu a ser persistente com sua mãe, Bertha Fleisher, uma emigrante da Alemanha.

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“Ela me ensinou a necessidade de perseverar”, disse Fleisher. “Essa é a melhor maneira de expressar o que ela me ensinou. Os jovens nem sempre possuem essa qualidade. Querem tentar jogar e experimentar. A qualidade de perseverar para realizar algo especial é de suma importância.”

Bertha Fleisher foi uma treinadora severa, e seu filho nem sempre percebeu isso quando era criança – embora o faça agora.

“Nós a chamávamos de “Grande Bertha”, ele riu. “Era o nome do maior canhão que os alemães tinham na Primeira Guerra Mundial.”

Gabrielle Blair, blogueira do Design Mom

Em uma fazenda situada no interior da França, Gabrielle Blair escreve o blog popular Design Mom, que foi nomeado em 2010 Top Site do Ano pela revista Time. Blair, uma designer e mãe de seis filhos, é destaque em publicações como The Wall Street Journal, Martha Stewart Living e na revista Parents. Ela agradece a sua mãe por ensiná-la que dar 110 por cento de si em cada situação não é realmente inteligente, nem necessário ou mesmo bom. Às vezes, menos é mais.

Donna Pack McEvoy, a mãe de Blair, é uma talentosa profissional do ramo de confeitaria que sempre fazia bolos de aniversário muito elaborados para as festas de aniversário dos filhos em sua cidade natal, Saint George. Um bolo Holly hobbie era o favorito da jovem Gabrielle – o bolo perfeito para uma menina crescer na década de 1980.

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Quando Blair tinha entre 10 e 11 anos, ela se lembra de sua expectativa de algo fabuloso quando a tropa de escoteiros de sua mãe foi convidada a contribuir para um leilão de bolos.

“Em vez disso, ela deixou que crianças entre oito e nove anos fizessem a decoração”, disse Blair. “Eles esmagaram um glacê de cores estranhas, os doces e detalhes foram adicionados ao acaso, e terminaram a decoração em cerca de cinco minutos ou menos.”

Blair perguntou a sua mãe por que ela não tinha trabalhado no bolo com toda sua mágica decoração. Ela ainda se recorda da resposta:

“Ela me disse que poderia ter passado horas decorando os bolos, mas que seu trabalho teria sido em vão”, disse Blair. “Esses encantadores escoteiros ficaram felizes, mesmo orgulhosos, do seu trabalho, e foi maravilhoso deixá-los ter esse momento de orgulho.”

Um bolo profissional que levasse horas para ser feito não teria parecido melhor aos olhos dos meninos do que o bolo de cinco minutos que seu próprio esforço criou, e não teria levantado mais dinheiro para a tropa, explicou a mãe de Blair.

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“Eu me lembro frequentemente dessa lição como mãe e no meu trabalho. Às vezes o mínimo de esforço é o melhor esforço.” Conclui Blair.

Bill McGlaughlin, Apresentador da Rádio Pública Nacional

A Mãe do apresentador Bill McGlaughlin da Rádio Pública Nacional, Catherine McGlaughlin, pôde ver talentos em seu filho que ele mesmo ignorava, e seu encorajamento definiu o curso da vida dele. McGlaughlin, um trombonista, maestro e compositor, apresenta os programas “Explorando a música” e “Domingo de São Paulo” na RPN.

McGlaughlin, de 61 anos, cresceu na Filadélfia, e é o mais velho de seis irmãos. Sua avó era uma boa pianista e sua mãe tinha sofrido com suas aulas quando era jovem. Ainda assim, ela ofereceu-lhe a oportunidade de ter aulas todos os anos.

“Eu sempre rejeitei as aulas”, disse McGlaughlin. “‘Não, obrigado, mamãe. Estou treinando meu arremesso’, dizia na determinada esperança de ser um bom atacante de 2,03 m de altura na NBA.”

Finalmente, depois que o irmão mais novo de McGlaughlin, Jake, trocou um ano de aulas de piano pelo violino e, finalmente, para “nenhuma das opções acima”, sua mãe ouviu Bill cantar uma música de um show da Disney que ele ouvira na noite anterior.

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“Bill”, ela disse: “Você tem um bom ouvido. Deveria estudar”.

“Desta vez eu não pude recusar”, disse McGlaughlin.

Em uma semana de aulas de piano, ele sabia que ser músico era a única coisa que poderia fazer na vida.

“Eu nunca me arrependi – mas eu não teria dado o primeiro passo sem a minha mãe, que sabia exatamente a maneira certa de estimular alguém”, disse ele. “Eu gostaria que ela ainda estivesse por perto. Estou precisando de outra grande ideia.”

Traduzido e adaptado por Stael Metzger do original Things my mother taught me: Well-known people share lessons learned from their moms, de Celia Baker.

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Celia Baker

Celia Baker escreve para o Deseret News sobre educação e canta no Coro do Tabernáculo Mormon. Ela e o marido são pais de 3 filhas e avós de 7 netos.