Atividade religiosa durante a infância pode afastar adolescentes das drogas e do álcool

Com um número cada vez maior de jovens envolvidos com o uso de drogas e de álcool, podemos pensar se este foi realmente o ensinamento que receberam na sua infância.

Antonio Carlos Soares Lima

“Instrui a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6

Este versículo bíblico é muito conhecido, até por quem não se dedica à leitura das escrituras. A essência de sua mensagem é a de que a instrução recebida na infância permanece com a pessoa no decorrer da sua vida.

Com um número cada vez maior de jovens envolvidos com o uso de drogas e de álcool, podemos pensar se este foi realmente o ensinamento que receberam na sua infância. Acredito que, na verdade, eles têm tomado decisões diferentes dos ensinamentos que receberam quando crianças e que poderiam lhes dar uma vida livre desses vícios terríveis.

Dentre esses ensinamentos, está o hábito de frequentar uma igreja.

Um estudo desenvolvido em universidades norte-americanas e publicado em um congresso acadêmico na Chester University, Reino Unido, constatou que a frequência e prática de atividades religiosas na infância tem ação eficaz na preenção do uso de drogas ou álcool na juventude.

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Em um país com grande liberdade religiosa, como é o Brasil, é muito comum que as crianças sejam levadas por seus pais à igreja que estes frequentam. Elas os acompanham e aprendem o que seus pais aprendem lá:

  • Amar e servir a Deus e ao próximo

  • Respeitar as leis

  • Ser honesto e honrado

  • Trabalhar dignamente para o seu sustento

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  • Viver livre de vícios

Se a prática religiosa na infância contribui para o afastamento destes vícios, e se esta prática religiosa é algo comum para muitas crianças, porque, então, há tantos jovens envolvidos com drogas e álcool?

Infelizmente, é evidente que muitas das crianças que frequentam uma igreja e recebem estes ensinamentos mudam seus caminhos logo em seguida, ao chegarem à adolescência, voltando-se às drogas e ao álcool (e todas as suas consequências). Algo de errado tem acontecido em seu processo de aprendizado dos ensinamentos religiosos.

Como, então, os pais podem tornar o ensinamento religioso mais eficaz, para que, na adolescência e na idade adulta não ocorra um desvio, como diz a escritura citada? Veja algumas atitudes que poderão contribuir para isso:

1. Lembre-se que o maior aprendizado é pelo exemplo

Assim, a relação dos jovens com a religião depende, na maioria das vezes, do que eles observam ser a relação de seus pais com a religião. O pai ou a mãe que tem atitudes contrárias aos ensinamentos religiosos no seu dia a dia coloca dúvidas sobre a sinceridade da sua fé na mente das crianças. E elas crescerão com essas dúvidas e buscarão respostas. Infelizmente, talvez as busquem com más amizades, em um ponto de drogas ou em uma mesa de bar.

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2. Saiba diferenciar a mera frequência a uma igreja da atividade religiosa

Atividade pressupõe agir, fazer, realizar. Não basta que a criança assista a uma pregação semanal baseada nas escrituras, se depois disso as escrituras forem guardadas na estante ou em uma gaveta, ficando ali intocadas até a próxima semana. É preciso praticar o que se crê, ou o que se aprende. É preciso estudar diariamente as escrituras aprendidas na igreja, a fim de reforçar este aprendizado na mente e no coração.

3. Mantenha a regularidade na frequência à igreja

Ir à igreja somente em datas festivas ou em ocasiões mais importantes não funciona. A igreja não pode ser encarada como um clube festivo ou mero local de encontro de amigos no final de semana. Ou, tão logo deixem de serem crianças e tenham um pouco mais de autonomia, este “clube” será trocado por outro que ofereça atrativos mais interessantes, do ponto de vista de um adolescente.

4. Respeite o livre-arbítrio

Compreenda que, mesmo oferecendo todo o ensinamento correto às crianças, pela palavra e pelo exemplo da prática, elas ainda poderão tomar decisões e atitudes erradas no futuro. Porém, isso não significa que se desviaram definitivamente do caminho que aprenderam na infância. Mantenha a sua fé e confie que os ensinamentos e exemplos dados as ajudarão a retornar.

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Antonio Carlos Soares Lima

Antonio Carlos Lima tem 44 anos. Designer gráfico, possui uma agência digital. Estuda Direito e ama estar com a família. Gosta de política e é atleticano mineiro "de nascença". No seu tempo livre, gosta de ouvir música, ler, escrever e estar com os amigos.