A família, o único e mais forte sustento em momentos de angústia

Erika Otero Romero

Se há uma instituição de extrema importância ao longo da história humana, essa é a família. Não importa como ou por quem seja formada; o ponto principal, é que ela é o sustento de todo ser humano nos momentos mais críticos de sua vida.

É natural que cheguemos a certa idade comecemos a buscar independência de todo tipo. Nada de mal há nisso; aliás, o reprovável é que, quando chegar a maturidade, sigamos vivendo sob o teto paterno. Isso é tão negativo como o fato de lembrar que se tem família só em momentos de necessidade.

As famílias não são perfeitas, isso é certo, mas nenhuma problemática deve ser tão grave a ponto de se querer fugir delas e só recorrer ou buscar sua ajuda em momentos de crise ou doença.

O ponto importante aqui é que a menos que haja um oceano entre você e sua família, todo esforço devem fazer para nos manter perto dos nossos. Eles são os únicos que permanecerão firmes e ao nosso lado quando mais precisarmos deles.

O tempo precioso de estar com os nossos

Se há algo mais precioso para uma pessoa, esse é o tempo que passa junto aos seus cultivando recordações. A razão é que não temos direitos adquiridos sobre a nossa vida; ou seja, podemos morrer ou perder pai, mãe ou irmãos no momento menos pensado.

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Pela minha própria experiência, posso dizer que nada é mais terrível do que ver como o arrependimento pode corroer alguém que não soube valorizar a sua mãe.

É por isso que devemos procurar manter nossas relações familiares saudáveis. Também devemos saber pedir perdão e ser humildes para perdoar embora não nos peçam desculpas, e ainda ser capazes de permanecer firme no ato do perdão.

Honestamente, um dos meus maiores medos é o dia em que um dos meus pais morre. Sei que isso pode acontecer a qualquer momento, mas também é claro para mim que é precisamente por isso que devo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para lhes dar e servir o melhor que puder.

Dar e receber

Quando eu era criança, um tio me deu um pôster lindo que recitava o seguinte ensinamento:

“É bom dar algo quando é pedido, mas é melhor dar sem que lhe peçam”. (Khalil Gibran)

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Era muito pequena e não compreendi totalmente. No entanto, quando fiquei um pouco mais velha, percebi que o ato de dar algo quando nasce de nós mesmos, é muito melhor e nobre.

É isso que a nossa família faz conosco, tanto nos bons como nos maus momentos. Estou certa de que são muito poucos os pais que se recusam a ajudar os seus filhos quando estes precisam de ajuda. Talvez por isso, o justo é que os filhos respondam de igual maneira.

Mas não só entre pais e filhos deveria haver este tipo de inter-relação, mas também entre irmãos deveria haver esse tipo de apoio. Não que seja obrigatório que qualquer membro da família o faça, mas sim há certo nível de agradecimento e sobretudo amor, pois se faz sem contemplações.

Pode-se também recusar a ajuda, ninguém é obrigado a sacrificar-se por outros, sejam filhos ou pais. Talvez haja razões de peso para tomar tal decisão, não sei, mas o que, sim, tenho claro, é que se esse tipo de resposta é recebido por alguém humilde, certamente não haverá lugar para rancor. Nem sempre será assim, pois a distância e os ressentimentos podem sempre surgir.

Nas relações familiares não há nada escrito, só podemos dizer que enquanto agirmos de acordo com os nossos princípios e valores, a paz na nossa mente e coração será permanente.

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Nada além do amor pode nos salvar

Se aprendi alguma coisa nos anos que tenho de vida é que se algo pode salvar-nos, este é o amor.

Por amor, muitos de nós estão vivos e nossos pais nos deram o melhor que puderam para nos beneficiar e nos fazer felizes. Por amor, você telefona aos seus pais todas as semanas e ajuda-os o mais que pode. Também é por amor que perdoa as falhas de seus entes queridos e pede perdão quando sabe que é culpado de algo.

A família é uma entidade viva que se mantém junta graças ao amor que seus membros professam. É o amor que faz com que, apesar dos anos e da distância, e mesmo além da morte, a família seja recordada com amor.

Por amor aos nossos é que regressamos a cada data especial, contatamos os nossos e sofremos quando algum dos membros sofre ou está doente. O amor nos fortalece e faz com que derrubemos os muros mais altos só para estar perto ou dar conforto à nossa família.

Eu só posso dizer que você pode ter muito bons amigos, e pode até considerá-los como sua família; no entanto, eles não são e você deve fazer todo o possível para se reconciliar com os seus. Se não for seu caso, então ame e respeite a família que formou com seus amigos ou seu cônjuge; eles serão seu sustento nos momentos que mais necessitar.

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Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original La familia, el único y más fuerte sostén en momentos de angustia

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.