A brilhante carreira de criar filhos

Se você "sacrificou" a carreira profissional para ser pai ou mãe, ou ficou sozinha para criar os filhos, este artigo vai lhe interessar.

Erika Otero Romero

Muitos de nós devemos o que somos aos nossos pais abnegados. Talvez poucos parem para pensar quanta dedicação existe no trabalho de criar os filhos, quanto sacrifício mães e pais fazem para que seus filhos cresçam bem.

Muito dos que são hoje, profissionais bem-sucedidos, donas de casa responsáveis, maridos amorosos, secretárias, professoras, médicos ou pessoas de bem para a sociedade, têm pais que fizeram toda a diferença.

Neste artigo, quero que nós, filhos, e vocês, pais, vejamos quanto amor e comprometimento existe em uma pessoa que abandona uma carreira brilhante pelo maravilhoso trabalho de criar filhos.

Na maioria dos casos, são as mulheres que criam os filhos – talvez pelo dom que a natureza nos deu e pelo papel que nos foi atribuído pela sociedade – ainda que sejam deixadas sozinhas para realizar esse trabalho. Às vezes, os homens também assumem essa responsabilidade, sendo igualmente competentes na administração da casa e criação dos filhos.

Mas será que ser dona de casa é considerada uma profissão de verdade?

Infelizmente, a resposta é não. Talvez por não gerar renda financeira para o lar. Portanto, acredita-se que uma pessoa que gera renda vale mais do que aquela que SÓ fica em casa para criar os filhos. É um conceito equivocado, porque, a nível mundial, a FAMÍLIA é considerada a BASE da sociedade, e se os pais não fizerem bem o seu trabalho, o que acontecerá com a humanidade? Aí está o cerne do problema.

Primeiro, você deve entender uma coisa, uma mãe nunca substituirá um pai e vice-versa. O que acontece é que se um deles, pela razão que for, não corresponder às expectativas que o seu papel exige, aquele que fica assume essa responsabilidade “complementando” o lugar do outro.

Quero, de forma positiva, que os pais e as mães que lerem este artigo, assim como os filhos, vejam TODO o trabalho que é realizado para executar essa “profissão” maravilhosa e menos remunerada entre as profissões, e como se aprende parentalidade ao longo do caminho. 

Aqui está uma pequena lista de “profissões” cujas especialidades mães e pais sozinhos aprenderam para o bem-estar dos filhos:

– Costureira e designer de moda

Sempre há roupas para consertar e vestidos novos para fazer.

– Enfermeira

Feridas, arranhões, febre, dor de barriga etc., são coisas que nunca faltam nas crianças e sempre chegam no momento menos esperado.

– Chef

Porque as crianças querem comer pratos deliciosos e variados, e os pais precisam se preocupar com a alimentação.

– Conselheiro

Quem melhor do que os pais para nos confortar e guiar quando estamos perdidos ou tristes.

– Policial

Um pai de respeito é aquele que protege o lar e a família.

– Professor

Porque seja qual for a idade dos nossos filhos, há sempre incógnitas e equações para resolver.

– Vigia e segurança

Que pai ou mãe já não ficou acordado esperando a chegada dos filhos? Isso quando não o levou e buscou em uma festinha.

– Pintor e desenhista

Quem nunca teve que ajudar os filhos em um trabalho de artes?

– Designer de interiores

Alguns quartos precisam ser redecorados à medida que as crianças crescem.

– Investigador

Quando os filhos passam a se comportar de maneira estranha, você deve estar preparado para investigar o que estão escondendo.

Essas são apenas algumas entre as diversas “especialidades” que os pais aprenderam a executar, obviamente sem deixarem de lado seu trabalho básico e principal, SER MÃE OU PAI. 

Para finalizar, tenho uma última coisa a dizer: quando a sociedade perguntar qual é a sua profissão, não demore para responder que você tem a melhor de todas: ser mãe e dona de casa bem-sucedida. É um trabalho pelo qual muitos filhos (hoje profissionais e donas de casa também) são gratos e a amam por isso.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original La brillante carrera de la crianza de los hijos

Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.