8 coisas que ninguém lhe disse sobre contraceptivos hormonais

O que parece ser a pílula mágica, contém riscos graves para a vida e a saúde das mulheres.

Pilar Ochoa Mendez

Aos 22 anos, solteira e com boa saúde, um ginecologista me recomendou a pílula para regular meus ciclos menstruais e desfazer cistos nos ovários. Eu tomei a pílula durante vários ciclos menstruais sem saber os possíveis efeitos que isso poderia gerar. A “pílula mágica”, como seus promotores e muitas mulheres têm chamado, não é nada nova. Embora as primeiras tenham entrado em uso em 1950, não foi até os anos 60 e 70 que a sua utilização tornou-se comum. Nós já somos a segunda ou terceira geração a utilizá-la, nossas mães e até avós também a utilizaram, e ela continua na moda. Você tem acne? Use a pílula. Ciclos irregulares? Sangramentos incomuns? Cólicas menstruais? Hirsutismo? Use a pílula. Quer evitar a gravidez? Quer conseguir engravidar? Use a pílula. Como resultado, na prática, a pílula é receitada a centenas de milhares de mulheres todos os anos, como se fosse uma solução mágica, por isso, é importante considerar alguns fatores antes de tomá-la.

1. Existem muitos tipos

Além da pílula, também se enquadram na categoria de contraceptivos hormonais: a pílula do dia seguinte, o adesivo contraceptivo, implantes subcutâneos ou subdérmico, o anel contraceptivo e o dispositivo intrauterino ou DIU (existem DIUs sem cargas hormonais, mas os mais comuns possuem hormônios). O seu mecanismo de ação é a inibição da função ovulatória normal, o que impede a ovulação, interrompe a produção do muco cervical (permitindo que o esperma alcance o óvulo), e altera o endométrio para que o embrião não consiga implantar-se.

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2. Não curam distúrbios hormonais

Todos os contraceptivos hormonais, devido ao seu impacto no tecido endometrial, impedem a implantação do embrião e são potencialmente abortivos. Isto significa que, se ocorre a concepção, eles evitam que o bebê se implante e continue se desenvolvendo normalmente, o que desencadearia um aborto sem que, na maioria dos casos, os casais percebam que a gravidez ocorreu. Isto é muito importante: os contraceptivos hormonais não curam distúrbios hormonais, ao inibir a ovulação eles apenas os atenuam ou escondem temporariamente.

3. Cada mulher é diferente

Os contraceptivos são fabricados em doses genéricas, iguais para todas as mulheres. O natural é que cada mulher é diferente, tem fases pré e pós ovulatórias diferentes, um padrão de sangramento específico entre outras características. Mas, os contraceptivos hormonais tratam todas as mulheres sob o mesmo molde.

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4. Efeitos colaterais

Entre os possíveis efeitos colaterais são listados: dor de cabeça, dor nos seios, náuseas, sangramentos intermenstruais, mudanças de humor, acne, diminuição ou perda do apetite sexual, diarreia, constipação, ganho ou perda de peso, crescimento de pelos em lugares incomuns, veias varicosas periféricas, trombose, perda de visão, vômitos, e assim por diante. Cada mulher reage de forma diferente ao seu uso e, embora os efeitos colaterais geralmente diminuam ou desapareçam depois de alguns meses, alguns são potencialmente mortais.

5. Pode causar câncer

Embora a sua utilização possa reduzir o risco de câncer do ovário e do endométrio, estudos mostraram que também pode aumentar o risco de câncer cervical, câncer de mama e câncer do fígado, e vem como uma maior propagação de infecções sexualmente transmissíveis.

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6. Seus fabricantes pagam milhões em indenizações todos os anos

Todo ano, os laboratórios farmacêuticos pagam milhões de dólares em indenizações por danos pelo uso de contraceptivos hormonais. Mesmo assim, os produtos ainda são promovidos e prescritos, porque embora arrisquem a vida e a saúde da mulher, eles evitam a gravidez.

7. Contraceptivos são poluentes

Especialmente para os estrogênios. Estudos recentes têm mostrado como espécies inteiras estão mudando em resposta ao estrogênio artificial que a cada ano é depositado na água através da urina. Apesar de não tomar, você, e eu, e todo mundo já está sob o efeito destas drogas poderosas.

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8. Você não irá livrar-se facilmente

Seu corpo pode levar até 12 meses para se recuperar após a interrupção do uso. Enquanto isso, você pode continuar a ter efeitos colaterais ou ciclos irregulares, anovulatórios ou ciclos mais dolorosos.

Cinco anos depois de ter tomado a pílula, descobri que eu não tinha mais dois cistos nos ovários, mas dezenas deles. Eu tinha ovários policísticos, uma condição que poderia ter sido descoberta e tratada antes se não tivesse sido mascarada pelo uso de contraceptivos hormonais. No meu caso e de muitas, introduzir hormônios artificiais no corpo não foi a solução, e sim o surgimento de um outro problema.

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Se o seu ginecologista recomendar o uso da pílula, converse com ele. Você tem o direito de saber seus efeitos colaterais e riscos; peça um diagnóstico, não apenas um tratamento genérico. Lembre-se que você pode lidar com sua saúde e fertilidade com um alto grau de confiança, de maneira ecológica e, mais importante, saudável. No momento, ninguém além de você vive em seu corpo: conheça-se, ame-se, cuide-se.

_Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original 8 cosas que nadie te dijo acerca de los anticonceptivos hormonales

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Pilar Ochoa Mendez

Pilar tenta sempre aprender bastante com as lições de vida que recebe de seu marido, filhos e seus muitos erros. Apaixonada pelos temas de saúde, sexualidade e família, está convencida de que quase tudo na vida melhora com um forte abraço.