8 acordos para fazer com os filhos e garantir segurança nas brincadeiras

Manter filhos felizes e seguros é uma tarefa árdua. Os pais precisam ser firmes e sábios, orientando e estabelecendo acordos sempre que as crianças quiserem se divertir.

Roberta Preto

Acidentes acontecem tanto com os filhos de nossos vizinhos como pode acontecer com os nossos. Claro que não desejamos, mas eles acontecem e não há como impedir, no entanto, é possível evitá-los. Não precisamos esperar acontecer uma tragédia para então se atentar aos cuidados. A prevenção é a “melhor amiga” dos pais na proteção contra acidentes.

Há alguns anos, o filho de 3 anos de uma amiga acidentou-se por um momento de distração de toda família. Naquele domingo, todos estavam entretidos e a criança brincava próximo ao portão. Eles sabiam que o portão estava fechado e que não haveria problemas. No entanto, alguém esqueceu de travar o portão naquele dia, e o menino viu uma pipa cair na rua. O problema é que não era apenas uma rua, era uma avenida importante que ligava à rodovia, por isso estava sempre muito movimentada.

A criança empurrou o portão, conseguiu sair atrás da pipa, quando de repente um carro o atropelou. O motorista tentou frear, mas não foi possível. Ele passou algum tempo na UTI, felizmente, ele sobreviveu. Hoje está com a idade de 12 anos, mas fará uso de cadeira de rodas para toda vida.

De acordo com a psicóloga Sandra Regina, “os acidentes infantis, quando não matam, podem mutilar ou deixar sequelas neurológicas irreversíveis. Como não há vacina contra isso, tem-se que tentar preveni-los, mudando o comportamento das mães”.

As crianças não têm discernimento o suficiente para saber o que é melhor e mais seguro para elas, por isso a importância de pais conscientes e maduros para detectar os perigos que as rodeiam.

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Veja como negociar com os filhos é uma das melhores opções para protegê-los:

1. Correr em lugares apropriados

Faça um acordo com seu filho para jogar bola ou correr em lugares apropriados. Se brincarem na calçada de casa, o melhor é que um adulto esteja por perto para vigiá-lo, assim é possível evitar que ele corra na rua e não sofra nenhum tipo de acidente.

2. Nadar com segurança

De acordo com o site MPPR, em todo o mundo morrem cerca de 500 mil pessoas por afogamento e o número maior de vítimas são crianças que por um segundo foram descuidadas por seus responsáveis.

O melhor acordo para se ter com crianças é nadar com um adulto, já com os adolescentes é importante lembrá-los que por mais que eles nadem bem, é importante respeitar as bandeiras vermelhas nas praias, ter cuidado com rios e cachoeiras.

3. Cair sem se machucar

Segundo o site saudemelhor, é importante aprender a cair, mas sempre com equipamentos de segurança para que seu filho esteja protegido com a queda. Outro ponto importante é colocar limites nos filhos.

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Cabe aos pais negociar com os filhos os lugares seguros para fazer manobras e o tempo de espera para iniciá-las.

4. Parques públicos com adultos

“O seguro morreu de velho”, frase popular que os pais precisam ter quando o assunto é a segurança dos filhos.

Muitos pais deixam seus filhos brincarem sozinhos nos parques perto de casa e muitas crianças não retornam aos seus lares. Segundo o site noticias.r7, cerca de 40 mil crianças desaparecem por ano no Brasil sem deixar rastros. Também há outro perigo, como machucar-se com os ferros dos brinquedos.

A prevenção e proteção são os melhores acordos, portanto, ajude seu filho a entender que não se deve falar com estranhos e que ele só irá no parque quando houver uma pessoa adulta para acompanhá-lo.

5. Não brincar com fogo

Muitos pais ensinam os filhos acenderem, estourarem bombinhas e soltar balões, esquecendo que estão pondo em risco a segurança das crianças.

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Conforme o site da Tribuna, pelos dados da ONG Criança Segura, são nos períodos de festas juninas que crescem os números de acidentes de queimaduras devido às bombinhas, fogueiras e balões.

Acordo para balões? Não! Pois é um crime ambiental.

Acordo para brincar com fogo? Não! “Com fogo não se brinca.”

6. Soltar pipas

Segundo o site OIEduca, a pipa é uma paixão para muitos na infância, mas pipas, quando não soltadas em lugares seguros, provocam acidentes gravíssimos que levam muitos à morte.

Os meninos atravessam as ruas sem olhar, descarregam a linha andando de costas e caem de grandes alturas. Algumas pipas enroscam nos fios, então os garotos tentam puxá-la com varetas e acabam sendo eletrocutados. Também há o problema do cerol, que mata muitas pessoas, principalmente motoqueiros.

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Soltar pipas é somente em lugares espaçosos e limpos, longe de fios e objetos, como um campo de futebol, por exemplo.

7. Pular em lugares apropriados

As crianças e os adolescentes gostam de correr. Eles também sentem emoção em saltar e pular. O problema é que dependendo do lugar que estejam a diversão pode tornar-se um pesadelo para toda a família.

“Não diria que existem brincadeiras perigosas, mas sim ambientes inadequados. Cair, machucar e sentir dor fazem parte do desenvolvimento infantil, mas é preciso oferecer segurança acima de tudo”, explica Alessandra Françoisa (ONG Criança Segura).

8. Usar a internet com segurança

De acordo com o site da Cetic, cresce o uso de crianças e adolescentes na internet, isso por um lado pode ser bom devido às ferramentas de conhecimento e oportunidades que a internet possui, todavia, há muitos perigos e cabe aos pais ensinar seus filhos sobre esses riscos.

“É necessário que os jovens desenvolvam habilidades para o uso crítico e seguro da Internet”, diz Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.

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A formatação com filtros de segurança pode impedir muitos perigos, como a pornografia. Colocar limites no uso das páginas da internet, estabelecer horários e vistoriar as crianças não é invadir o espaço delas, e sim mantê-las protegidas e seguras, pois esse é o legado dos pais.

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Roberta Preto

Roberta Preto, 33. Formada como tradutora e intérprete, escritora, mãe. Apaixonada pela vida, em uma eterna busca por conhecimento. Espero que minhas palavras possam ser uma luz na vida das pessoas. Sonho em ajudar a humanidade a tornar-se livre da escravidão da ignorância.