7 maneiras de encontrar a solução para conflitos conjugais

Nem tudo está perdido. Há muitas coisas que vocês podem fazer, juntos, para lidar com essas divergências em sua vida conjugal.

Erika Otero Romero

Há quem diga que o casamento é o ponto que marca o começo do fim do amor. Aqueles que dizem isso falharam em seus relacionamentos amorosos; e, portanto, perderam a fé nesse sentimento. No entanto, para os que são bem-sucedidos em seus casamentos, a realidade é outra.

O casamento é uma aventura que, numa fase inicial, envolve duas pessoas mental e emocionalmente maduras. Com o passar do tempo, os envolvidos encontram uma série de muros e obstáculos que, dependendo da capacidade que têm para solucioná-los, fortalecem seu relacionamento ou, em vez disso, o enfraquecem.

Os casamentos que vão se deteriorando lentamente e chegam ao fim, não chegaram nesse ponto devido apenas a problemas externos ao casal, mas a várias circunstâncias:

  • O envolvimento de terceiros no relacionamento (família, amigos, tecnologia e outros)
  • Falta de atenção ao cônjuge (gentilezas, expressões de afeto)
  • Descuido, devido à atenção extrema dada aos filhos
  • Violência
  • Orgulho
  • Falta de apoio

Apesar de todas essas causas, há maneiras de restaurar o casamento cuja força vem definhando gradualmente. Se for essa a realidade de seu casamento, veja, a seguir, alguns passos para ajudar a restaurá-lo.

1. Deem a si mesmos tempo e espaço

Garantir isso em momentos de estresse, durante uma discussão que está ultrapassando os limites do que é saudável, é a coisa mais sábia que um casal pode fazer.

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Também funciona se vocês se ofenderam em meio a um cruzamento brutal de palavras. Deem-se tempo para cicatrizar as feridas, para pedirem perdão, se for preciso; mas faça-o.

Para que não aconteça algo negativo, é melhor optarem por se afastar se estiverem prestes a dizer algo ofensivo, respirar e, ao fazer isso, pensar numa maneira saudável de dizer o que os incomoda. Lembrem-se: tempo e espaço podem curar feridas quando se espera o momento certo para remediar o que aconteceu.

2. Exponham suas frustrações

A frustração no casamento tem raiz na repressão de sentimento de raiva, injustiça, rejeição, e pensamentos que sempre quiseram se manifestar, mas são guardados para evitar grandes conflitos.

O problema com a repressão desses sentimentos é que ela acaba se tornando uma bomba-relógio, apenas esperando o momento certo de explodir. Quando isso ocorre, é feito e dito o que há de mais terrível, podendo causar o término da relação.

Em vez disso, se você sentir que precisa manifestar algo que a incomoda, peça a seu parceiro que fale sem se alterar. Pense na melhor maneira de se expressar, sem ofender.

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Se achar que seu cônjuge não é uma pessoa fácil para dialogar, você pode optar por se exercitar. Os exercícios físicos ajudam a aliviar a tensão e a liberar hormônios que ajudam a ter uma sensação de bem-estar.

Outra opção muito útil é recorrer a uma pessoa de grande confiança com quem você possa desabafar; mas tome cuidado para que o que você estiver tirando de dentro de si seja recebido por alguém que não vá usá-lo contra você.

3. Mantenham o ego sob controle

Você poderia dizer que seu ego é uma forma de se proteger do mundo à sua volta. Não é ruim, mas também não é bom, pois quando você usa essa “proteção”, impede que seu cônjuge a veja como você é.

É importante que seu parceiro conheça o seu lado vulnerável; não para praticar abusos contra você, mas para saber o que, de fato, lhe causa mágoas e em quais aspectos você é forte. Mas deve ser recíproco, por isso você também deve estar preparada para o que ele tiver a dizer, sem julgar e sem ficar magoada.

É importante que, pouco a pouco, você deixe esse escudo de lado e permita-se enfrentar seus medos. Além disso, quando você se mostra da forma como é, você terá a certeza de que seu parceiro a ama pelo que você é de fato, ou a amava por quem você fingia ser.

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4. Não tenham medo de dar um passo rumo à reconciliação

É bem difícil reconhecer os erros cometidos. Pedir perdão também é, ainda mais quando você quer dar o primeiro passo.

A questão é que quanto mais rápido um dos dois supera o medo, mais rápido o casal saberá o que fazer para corrigir os erros e seguir adiante.

Encontre uma maneira de se aproximar mais, de falar, de reparar o dano causado; mas não adiem mais, pois conforme e o tempo vai passando e os problemas não são solucionados, os relacionamentos acabam desvanecendo.

5. Não culpem um ao outro

Um problema conjugal tem sempre dois envolvidos. Então, jogar toda a culpa para cima do outro não é saudável para ninguém. Quanto antes reconhecerem seus erros sem culparem um ao outro pelo ocorrido, mais rápido encontrarão uma maneira de resolver o problema. Mas claro, é preciso muita humildade para fazer isso.

6. Falem sobre perdoar, e estejam dispostos a pedir e conceder o perdão

Pedir perdão , assim como o perdoar o outro, são atitudes que têm origem nos pensamentos de cada um. Quando você considera o perdão como uma maneira de viver livre de fardos emocionais, você começa a se preparar para perdoar e pedir perdão.

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Tocar no assunto não é ruim para o casal, pois prepara-o para travar a batalha de se dar a chance de seguir em frente, reparar os danos causados e jamais cometer o mesmo erro.

Como toda ação cujo propósito é libertar-se, é preciso muita humildade para alcançar esse patamar. Por isso, é importante pensar em perdão antes mesmo de pedir perdão ou perdoar.

7. Evitem racionalizações

Quando você fica tentando saber as razões pelas quais sua esposa disse isso ou fez aquilo, você está exercendo sobre ela uma pressão que, muitas vezes, não é bem recebida. Isso irá bloquear qualquer tentativa de revelar o motivo do problema, o que dificultará a resolução do conflito.

O que você pode fazer é perguntar o que você fez para deixar seu cônjuge magoado. Isso não a torna responsável pelas ações dele, mas pelas suas próprias ações.

Pode parecer que tudo o que foi proposto acima vai levá-los à solução dos problemas conjugais com um passe de mágica, mas não é assim que funciona. São apenas os primeiros passos que vão funcionar apenas se ambos quiserem e fizerem sua parte.

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Por isso, o convite é que, antes de qualquer grito, cara feia ou atitude ruim, busque uma maneira mais harmoniosa de resolver seus problemas, e esses mecanismos de segurança irão ajudá-los.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original 7 maneras de encontrar la solución a los conflictos matrimoniales

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.