5 dicas realistas para ter filhos mais independentes

O desejo de liberdade nasce junto com cada um de nós. Mas como permitir que a criança exerça sua independência de forma acertada?

Michele Coronetti

Autonomia. Esta é a palavra que define o que os pais esperam que seus filhos tenham quando se tornarem adultos. Algumas coisas precisam acontecer durante o desenvolvimento desta independência gradual, e os pais podem ajudar sempre com incentivos e elogios, seguindo estas dicas:

1. Evitar a superproteção

Os filhos devem sim ser assistidos ou monitorados por adultos responsáveis para que tenham uma infância e adolescência saudável. Porém o exagero no cuidado resulta na superproteção.

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Quando isso acontece, ao contrário do que se imagina, a criança sofrerá com grandes perdas. A proteção dos pais pode ser exagerada quando a criança não pode sair, andar nas ruas ou fazer qualquer atividade sem a presença de um deles pelo menos. Pais que incentivam seus filhos a tomarem iniciativas sociais e acompanham de longe estão auxiliando em seu crescimento positivamente. Esta preparação enquanto o filho é pequeno resulta em adolescentes maduros e atentos aos perigos que podem ser oferecidos ao redor.

2. Ajudar a desenvolver sua capacidade

Em cada faixa etária é importante que a criança aprenda a resolver seus problemas de acordo com sua capacidade. Não existe um manual para isso mas é possível ter uma ideia do que a criança consegue fazer à medida que cresce. Não existe idade certa para conseguir amarrar os cadarços corretamente, mas os pais podem incentivar e instruir a criança, de forma divertida e com paciência, ajudando assim em seu desenvolvimento.

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Fazer tudo por eles desestimula a criatividade além de podar sua força de vontade. A criança pediu pra fazer um bolo, permita mas avise que você ajudará. Na verdade, o bolo será feito por você, porém a sensação de conquista da criança lhe trará bons sentimentos e desejo por aprender e se desenvolver mais a cada dia.

3. Diminuir críticas e rigidez

Ao permitir que a criança faça as tarefas sozinha ou com monitoramento distante é importante evitar a crítica abusiva ou perfeccionismo.

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Ensinar com paciência e elogiar mesmo que o resultado seja muito diferente do esperado é sensato e edificante. Cobrar perfeição logo no início, gritar que não é assim ou dizer coisas do tipo você nunca vai conseguir fazer direito, destroem aos poucos a autoestima da criança e ela poderá ficar receosa de realizar qualquer tarefa, tornando-se dependente demais mesmo com coisas simples.

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4. Conversar

Ao permitir que a criança faça e decida algumas coisas sozinha é preciso ter consciência de que os erros virão. Muitas vezes a decisão tomada por eles poderá oferecer riscos e situações indesejadas. Por pior que seja a situação é importante controlar-se e apenas conversar. Gritos, broncas, cobranças, castigos abusivos só piorarão a situação. Abordar o assunto em linguagem que a criança entenda, transmitir sua preocupação e no que o erro pode resultar é melhor que simplesmente bronquear pelo ato errôneo.

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5. Abolir o abuso emocional

Não adianta insistir na independência da criança declarando que ela não faz nada, que é folgada ou incompetente. Cada um tem seu tempo. O exemplo dos pais é o melhor professor e é necessário lembrar que cada pessoa tem o seu ritmo. Insistir em algo que a criança tem dificuldade ou forçar a realização usando o controle emocional poderá danificar a autoestima da criança além de lhe transmitir insegurança.

Como reconhecer o abuso emocional

A assertividade dos pais no desenvolvimento infantil trará benefícios à vida da criança, que se tornará independente e satisfeita com suas decisões e realizações.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.