5 coisas que você deve fazer antes de pedir por um divórcio
Se você está pensando em divórcio deve ler este artigo, ele vai surpreender você.
Suely Buriasco
O divórcio seguido pelo arrependimento é mais comum do que se imagina. Isso porque, muitas vezes, as pessoas tomam essa decisão movidas por emoções que, verdadeiramente, não representam seus desejos. Envolvidos por mágoas e dominados pelo orgulho exacerbado não conseguem enxergar outra solução, acabando por agir em contrariedade com a própria vontade.
Como mediadora de conflitos constato muitos casos de separação mal resolvida, o que me inspirou a escrever o livro Mediando Conflitos no relacionamento a dois. A ideia é provocar reflexões que levem os cônjuges a avaliar melhor suas próprias vontades, antes de uma decisão tão radical.
Para o divórcio ser um processo menos traumático, o casal deve estar preparado e pronto para separar suas vidas em todos os níveis; legalmente, prático e emocional. Portanto, observe essas possibilidades antes de decidir-se:
1. Controle as suas emoções
Diante de uma situação tão decisiva para você e sua família as emoções precisam estar equilibradas. Portanto, não se permita resolver nada enquanto não sentir muita segurança do que quer. É preciso cuidar para não ser movido por raiva, rejeição ou qualquer outra emoção. Sobre a importância do equilíbrio emocional, esse estudo afirma que “é imprescindível que essas atividades emocionais sejam harmonizadas e equilibradas com o uso da racionalidade e do pensamento analítico e investigativo”. Popularmente falando: pense antes de agir.
2. Faça uma autoanálise
O próximo passo é analisar da forma mais lúcida possível o que está acontecendo e como você se avalia diante desses acontecimentos. Se você ainda ama seu parceiro seria interessante observar de forma racional se realmente não existe outras possibilidades. Já pensou que o fim pode ser o início de um recomeço? Havendo sentimento vale a pena trabalhar melhor o relacionamento antes de se decidir, pois, de outra forma a perda vai oprimir você.
3. Analise o relacionamento
Muitas pessoas que consideram o divórcio nunca tiveram um casamento realmente, nunca viveram algo além do que a busca por satisfazer as suas próprias necessidades. É preciso avaliar o grau de comprometimento de ambos e uma dica é pensar em vocês antes da crise. Responda perguntas do tipo: “Nós vivemos juntos ou apenas compartilhamos a mesma casa?”, “Formamos uma família ou apenas tivemos filhos?”. E então, com o coração aberto, identifique os próprios erros e o que pode ser feito diferente para uma nova tentativa.
4. Converse com o seu cônjuge
Problemas na comunicação são fatores que originam e agravam os conflitos. Quase sempre ouço um cônjuge dizer para o outro: “Eu não sabia disso” ou “Eu não entendi assim”, ou ainda, “Se eu soubesse antes”. Procure mudar o tom habitual da conversa de vocês, tente escutar e entender o que seu cônjuge diz. Acredite, isso vai surpreender você.
5. Analise as consequências
Vale a pena imaginar como seria a sua vida depois do divórcio, organize em sua mente as questões financeiras, familiares, sentimentais, enfim. Será que você está realmente pronto(a)? Se vocês têm filhos pense em como eles reagiriam e como você se sentiria, o que poderia fazer para apoiá-los. Sem essa análise muitas pessoas acabam se chocando dolorosamente.
Por experiência, afirmo que as pessoas que fazem essas reflexões acabam desistindo de pedir o divórcio ou, quando realmente estão decididas, tornam-se mais propensas a ter um divórcio colaborativo e respeitoso.