4 regras para controlar o açúcar para as crianças

As crianças estão comendo açúcar em excesso. Os números da obesidade no séc XXI já são os maiores de toda a história.

Stael Ferreira Pedrosa

Estudos têm mostrado que as crianças estão consumindo até quatro vezes mais que a dose diária permitida de açúcar. O que, é claro, se reflete no peso destas crianças – há cerca de 40 anos uma criança de 10 anos era 5kg mais leve do que uma dos dias atuais.

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, 1 em cada 5 crianças na Europa apresentam excesso de peso, algo em torno de 17 milhões de crianças somando-se sobrepeso e obesidade. E ainda segundo a pesquisa, outras 400 mil novas crianças se somam a estes a cada ano.

No Brasil, a situação é ainda pior – 20% das crianças brasileiras são obesas e 1 em cada 3 está em risco de sobrepeso, o que é preocupante em médio e longo prazo, pois a criança obesa tende a se tornar um adulto obeso com doenças metabólicas e mórbidas (que podem levar à morte) como a hipertensão arterial, colesterol alto, triglicerídeos, diabetes tipo 2, asma, entre outros. Junta-se a isso os distúrbios do sono, problemas psicológicos, depressão e déficits tanto de atenção e hiperatividade quanto na interação social.

Como controlar a ingestão de açúcar e seus efeitos?

É, sem dúvida, função da família e mais especificamente dos pais. Podemos jogar a culpa nos fast-foods, nas propagandas da TV e até nos mimos das avós. Sem dúvidas tudo isso interfere. Mas, olhando de perto, as crianças não compram fast-food e nem guloseimas. São os pais quem compram ou dão dinheiro para que comprem. Além disso, quem prepara as refeições são os pais, avós ou cuidadores. Portanto, os adultos são responsáveis por controlar a ingestão de açúcar e evitar seus efeitos deletérios.

Então, é necessário começar já e para isso aqui estão 4 regras para controlar o açúcar para as crianças:

Advertisement

1. Não compre

  • Biscoitos doces

  • Biscoitos recheados

  • Compotas açucaradas

  • Balas/guloseimas

  • Bolos confeitados

    Advertisement
  • Refrigerantes (inclusive dietéticos)

Além do açúcar que já é um grande problema, estes alimentos trazem outros ingredientes tão danosos quanto: conservantes, gorduras trans, aspartame, etc. Não tendo em casa, não comerão.

2. Faça seus próprios doces

As crianças gostam e merecem algo doce de vez em quando. Por isso invista nas frutas e faça compotas caseiras, geleias, picolés (de iogurte, de frutas, etc.), espetinhos de frutas picadas e queijo, salada de frutas com iogurte, biscoitos caseiros de aveia e uvas passas. Para adoçar use açúcar mascavo, rapadura ou melado (que ajuda a combater a anemia), mel, açúcar demerara ou de coco que têm ótimo sabor e não são nocivos como o açúcar branco e refinado.

3. Proíba amigos e parentes a darem guloseimas e sugira outros presentes

Quando quiser agradar a criança, dê-lhe uma revista para ler ou para colorir, lápis de cor e papel, massinha de modelar, etc., ao invés de lhe trazer um chocolate ou outro confeito. Uma ótima ideia que agrada mais às crianças que doces é sair para brincar com elas em um parque ou outra área adequada. Elas queimarão calorias e ficarão bem longe do açúcar.

4. Não compre. Faça refrigerante caseiro

Criança adora refrigerantes, mas é uma péssima ideia dar isso a elas. Um copo de refrigerante acidifica o organismo delas e predispõe a inúmeras doenças. Também têm fósforo, que inibe a absorção de cálcio pelo corpo. Para resolver esse problema, faça seu próprio refrigerante. É basicamente água mineral com gás e um suco de fruta adoçado com os açúcares do bem.

Advertisement

Aqui vai uma receita que os pequenos adoram:

Fanta caseira

  • 3 cenouras médias cortadas

  • Casca de 1 laranja

  • ½ copo de água

    Advertisement
  • ½ copo de suco de limão

  • Açúcar mascavo, demerara ou de coco à gosto

Bata tudo no liquidificador, coe e misture lentamente 2 litros de água gaseificada.

Toma un momento para compartir ...

Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.