4 meios de vencer a insegurança e ter um casamento maravilhoso

A crença de que o amor só traz sofrimento é consequência da insegurança pessoal; amar é o grande sentido da vida!

Suely Buriasco

“Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos.”

Não há dúvida de que essa citação do filósofo Bertrand Russell é forte, mas seu sentido é profundo, afinal, o que é a vida sem amor? Somos seres carentes de afetividade e, de forma ampla, amar é mesmo o sentido da vida! No entanto, quando nos referirmos a esse sentimento, especificamente a dois, muito ouvimos falar sobre a sua inconstância e a conclusão de que amar é sofrer parece ser bem comum.

1. Romantismo

Existe em nossa sociedade uma cultura ainda muito agregada a um movimento de época que foi chamado de Romantismo. “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, entre outras obras fascinantes inspiram ainda muitos romances que vinculam o amor ao sofrimento. Na história da Humanidade muitas definições foram dadas para o sentimento que une dois seres; o psicanalista americano, Erich Fromm, define: “Amar é comprometer-se sem garantias, entregar-se completamente, com a esperança de que nosso amor produza amor na pessoa amada“.

2. Construtivismo

Existe outro movimento, muito usado na educação que, a meu ver, pode muito bem ser trazido à aprendizagem de viver o amor sem sofrimento. Trata-se do Construtivismo, cuja principal ideia é de que nada, a rigor, está pronto, acabado e que, assim, tudo pode ser aprendido e construído. O psiquiatra Roberto Shinyashiki em seu livro “Amar pode dar certo” afirma: “Um relacionamento nunca deve ser a justificativa para uma frustração, e sim uma plataforma para o crescimento de duas pessoas que se amam, se apoiam e se incentivam“. Dessa forma, podemos concluir que fortalecendo os elos de amor é possível dissociá-lo do sofrimento. Isso abre conjecturas importantes que condicionam a felicidade no amor como uma construção e não um simples encontro que pode dar certo ou não.

3. Amor e perfeição

Talvez o que leve as pessoas a associar amor ao sofrimento seja a grande expectativa que colocam no amor e nos seres que amam. Desejar a perfeição é candidatar-se à frustração, afinal como esperar um sentimento ideal vindo de pessoas imperfeitas? Passar por uma desilusão no amor é, na verdade, desiludir-se com alguém e não com o amor; assim, não ser feliz com alguém, não significa que amar é sofrer. Pessoas que experimentam desilusões e se fecham para o amor, perdem grande oportunidade de amadurecimento e de passar por experiências mais felizes.

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4. Coragem

Segundo Shinyashiki no mesmo livro citado acima: “Amar é o grande medo do ser humano moderno. Só é comparável ao medo de ser amado. Amar é bom, mas sabemos que pode provocar uma sensação de fragilidade e dependência“. Isso nos leva a pensar que para amar é preciso ter coragem, afinal é preciso enfrentar os próprios medos; de se doar e ser rejeitado, de envolver-se e ser abandonado. Então é mais cômodo rejeitar a possibilidade de amar e sabotar a própria felicidade. No entanto, a fragilidade e a dependência surgem pela insegurança que é um sentimento próprio, ou seja, não tem nada a ver com o outro. Assim, não é o amor que faz sofrer e sim a falta de coragem de enfrentar a si mesmo.

Viver intensamente é doar-se para a vida; crescendo pelo amor e para o amor!

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.