4 erros no casamento que prejudicam diretamente os seus filhos

Estes erros não afetam apenas o cônjuge, mas acertam os filhos em cheio! Para o bem de seus filhos, abandone-os o quanto antes!

Erika Strassburger

Que marido ou mulher nunca errou no casamento, nunca fez, mesmo inconscientemente, aquele que ama sofrer? Infelizmente, estamos todos sujeitos a errar. Porém, alguns desses erros cometidos dentro do casamento não afetam apenas o cônjuge, acertam os filhos em cheio. Abaixo estão quatro erros que precisam ser abandonados imediatamente, pelo bem de sua prole!

1. Desautorizar o cônjuge perante os filhos

Uma coisa é o casal discordar sobre determinado assunto, outra bem diferente é desautorizar um ao outro perante os filhos. Isso gera confusão na cabeça dos pequenos e desobediência. Um exemplo é o filho pedir para dormir na casa do amiguinho e a mãe dizer “não”, pois ele ainda não terminou o trabalho escolar como haviam combinado. Então, chega o pai e diz que ele pode ir e fazer o trabalho no dia seguinte.

A psicoterapeuta Olga Tessani alerta: “Quando o pai desautoriza a mãe, ela perde a autoridade diante dos filhos! O filho cresce pensando que sempre vai conseguir o que quer e, ao entrar na adolescência, ele vai sofrer muito porque no mundo lá fora, na maioria das vezes, ele não vai conseguir o que quer tão facilmente. Portanto, mesmo que o pai seja contra alguma atitude da mãe, ele deve apoiá-la incondicionalmente diante dos filhos e discutir com ela suas divergências em outro momento bem longe das crianças!”. Isso vale para ambos.

2. Dar mais valor ao dinheiro, e àquilo que ele pode comprar, que aos filhos

Em entrevista ao programa Roda Viva, o pediatra Daniel Backer disse que a ausência dos pais na vida e no cotidiano dos filhos por causa do trabalho é “o principal drama das famílias nos dias de hoje” em todas as classes sociais. Ele mencionou o renomado médico pediatra, autor de vários livros sobre pediatria e professor da USP há mais de 50 anos, José Martins Filho, que citou um grande problema atual: a terceirização dos filhos.

O professor José Martins, em entrevista a este site, critica um dos motivos que levam os pais a delegarem a criação dos filhos a babás, creches ou parentes: o consumismo exagerado do mundo moderno, “uma visão muito pessoal e… até um pouco egoísta dos adultos que, como sempre na história da humanidade, valorizam mais seu momento de vida, sua necessidade de obter prazer e satisfação imediata, do que a atenção com o ser que colocaram no mundo.” E adverte que quem não estiver disposto a cuidar de seus filhos, pelo menos nos seus primeiros anos de vida, por considerar um trabalho “chato, ruim, desagradável, penoso, deveria pensar muito antes de ter um filho.”

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3. Colocar os filhos à frente do cônjuge

Pode parecer controverso, pois a tendência é pensar que colocar um filho à frente do cônjuge fará muito bem ao rebento. O problema é que quando marido e mulher fazem isso, eles estão deixando de nutrir seu relacionamento, o que acabará resultando em afastamento e brigas. Um casamento mal das pernas acaba afetando os filhos também. Além do mais, valorizar mais o filho que o cônjuge, por si só, já transmite uma mensagem errônea sobre relacionamentos.

Os terapeutas familiares, Gary and Joy Lundberg explicam que, ao colocar os filhos à frente do cônjuge, o casal ensina aos filhos que o casamento não é tão importante e que as crianças são o centro do universo. Já imaginaram que tipo de pessoas e cônjuges essas crianças se tornarão no futuro? Por outro lado, “colocar seu cônjuge em primeiro lugar não diminui o amor que seus filhos sentem de vocês. Isso o reforça, desde que vocês demonstrem seu amor por eles também”, ressaltam.

4. Brigas constantes, principalmente na frente dos filhos

Uma discussão, vez ou outra, é normal em todo casamento, desde que não haja agressão física, verbal ou qualquer outra forma de violência doméstica. Quando o casal embarca em uma discussão saudável, em que cada um expõe seu ponto de vista a fim de chegar a um consenso, pelo menos duas grandes lições estão sendo ensinadas à criança: pessoas que se amam também podem discordar, portanto, o ato de discordar não é sinônimo de “o amor acabou”; e é possível lidar com as diferenças de maneira respeitosa.

Caso o casal fique bravo por um momento, um pedido de desculpas mostrará à criança que ficar irritado às vezes é normal, mas um pedido de desculpas é um bálsamo que cura relacionamentos.

Por outro lado, quando marido e mulher se ofendem, olham um para o outro com desprezo, falam mal um do outro ou se agridem fisicamente, estão criando um ambiente tóxico que acabará contaminando seus filhos.

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Segundo artigo publicado neste site, a psicóloga Suzy Camacho afirmou que a briga dos pais na frente dos filhos “funciona como uma espécie de curso prático sobre a convivência a dois”. Ela diz: “Há o risco de as crianças reproduzirem, mais cedo ou mais tarde, no relacionamento com os amiguinhos ou na vida adulta, os gritos, o tipo de palavreado, os gestos, as ofensas… Poucas são as que fazem o caminho oposto e evitam repetir aquilo que presenciam os pais fazendo”.

Abaixo estão mais conselhos para criar filhos emocionalmente saudáveis e felizes

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.