10 dicas benéficas para gestantes

Para que a gravidez seja realmente o "mar de rosas" que nos contam, devemos cuidar de nós mesmas tanto quanto cuidamos do nosso bebê.

Fernanda Ferrari Trida

Recentemente, encontrei uma amiga que não via há um tempo. Seus olhos brilhavam mais que de costume. Seu semblante parecia ao mesmo tempo de alegria e preocupação. A ansiedade era visível. Perguntei se estava tudo bem, a resposta foi: “Amiga, está tudo ótimo porque estou esperando um bebê!”. Seus olhos se encheram de lágrimas de tanto contentamento.

Engravidar é a porta de um novo mundo que vai se abrindo vagarosamente ao longo de 40 semanas. Há mulheres que não têm enjoos matinais, não sofrem com os sintomas das alterações hormonais e conseguem parir naturalmente, sem dores ou horas e horas de espera. Contudo, há outras que passam por grandes dificuldades durante a gestação. Este artigo é voltado principalmente para estas últimas. Esperamos que as dicas a seguir ajudem as futuras mamães a curtirem mais a gravidez e a sofrerem menos suas alterações e dificuldades.

1. Alimentação

Comer de forma saudável é importante para todos e mais ainda para uma mulher grávida. Alimentos naturais e dieta balanceada auxiliam na manutenção do humor, no desenvolvimento correto do feto, no ganho de peso adequado e na resposta menos exacerbada às alterações hormonais.

Conter os desejos por guloseimas é realmente muito difícil, pois a ansiedade é grande. O melhor caminho é não exagerar. Muito açúcar e gordura fazem mal para a mãe, que pode ter diabetes gestacional e problemas com colesterol, e para o feto, que pode sofrer as consequências maléficas dessas condições.

Outro ponto importante da dieta de uma mulher grávida é o sal. Ele é responsável pela hipertensão – que pode ser muito perigosa para o bebê – e também promove a retenção hídrica. Se você está acostumada a comer muito sal, procure reduzir sua quantidade ao temperar os alimentos e deixe de usá-lo em saladas, por exemplo.

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2. Exercício físico

Salvo as mulheres que foram proibidas de se exercitar, por correrem risco de aborto espontâneo, todas as gestantes precisam de atividade física. Não existe um programa ideal para as futuras mamães, pois cada organismo é diferente. Você deve escolher a atividade que mais lhe agrada e conversar com seu obstetra sobre isso. Mesmo que não sinta vontade de fazer exercícios, procure passear pela rua com seu cão ou subir um lance de escadas em vez de usar o elevador. O importante é não ficar parada. A atividade física ajuda o corpo a reter menos líquidos e também a estabilizar o humor.

3. Meditação

Meditar é entrar em contato consigo mesma. Não há necessidade de se matricular em cursos de meditação ou ser de alguma religião específica para realizar essa tarefa. Basta que você esteja em algum lugar que lhe transmita calma e tranquilidade. Sente-se preferencialmente de pernas cruzadas e retifique a coluna. Preste atenção na sua respiração, que deve ser exclusivamente nasal. Concentre-se. Tente meditar por cerca de 15 minutos todos os dias. Depois de algumas vezes, verá os resultados: melhor capacidade de lidar com as adversidades, mais facilidade para lidar com as fases da gravidez, menor necessidade por alimentos ricos em gordura e açúcar e mais serenidade.

4. Pré-natal

Realizar todos os exames que seu obstetra pedir é importantíssimo para que a gestação corra bem e para a detecção precoce de qualquer alteração que o feto possa ter. Dê sempre prioridade ao pré-natal em detrimento das questões do trabalho ou familiares. Somente esses exames serão capazes de revelar como anda a saúde do seu bebê enquanto ele estiver dentro de você.

5. Otimismo

Há muitas futuras mamães que se preocupam demais com a gestação e a saúde de seu bebê. Se o obstetra lhes indica livros para terem conhecimento do processo e elas começam a ler sobre as possíveis intercorrências, acabam por achar que tudo aquilo vai ocorrer com seu filho. Ter otimismo é o ponto chave para uma gravidez bem-sucedida. Pense sempre no melhor, espere sempre o melhor. Seu bebê precisa do seu pensamento positivo.

6. Estresse

Dificilmente uma futura mãe não trabalha fora nos dias de hoje. Essa tarefa vem acompanhada de estresse, mesmo que estejamos falando da pessoa mais calma que há. As alterações hormonais aliadas ao estresse excessivo são responsáveis pela queda na qualidade de vida da gestante e, consequentemente, na dificuldade de ganho de peso do bebê, em sua nutrição adequada, na quantidade de líquido amniótico, na presença de contrações precoces e no humor da mãe. Não deixe o estresse tomar conta de sua vida, principalmente enquanto estiver grávida. O bebê sente tudo que a mãe sente. Se é ruim para você, é pior para seu filho.

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7. Beleza

As mulheres grávidas são naturalmente belas. Afinal, estão felizes, vivendo um milagre, mas quando começam a ver as mudanças em seus corpos, não se sentem mais tão bonitas. Perdem a cintura, o bumbum cresce na mesma proporção que a barriga e seus pés incham a ponto de parecer um pão francês. Não há como escapar disso tudo, mas você pode tirar um tempo, sempre que der, para fazer as unhas, arrumar os cabelos, passar por uma sessão de massagem ou qualquer outra coisa que eleve sua autoestima.

8. Aprendendo a ser mãe

Há maternidades brasileiras que oferecem cursos preparatórios para as futuras mamães e papais. Existem profissionais autônomos que também o fazem. Essas aulas são sempre interessantes para que aprendamos a lidar com um recém-nascido. Assim, a ansiedade e a insegurança diminuem bastante, mesmo que não concordemos com algumas práticas que nos ensinam. Vale a pena.

9. Objetivos subjetivos

Quando engravidei de minha primeira filha, queria parto natural e aleitamento materno. Não aceitaria que fosse de outra forma. Não tive nenhum dos dois e me senti muito frustrada. Minha filha nasceu saudável de cesariana e tomou fórmula até os dois anos de idade. Ela é fisicamente perfeita, esperta, tem saúde e é inteligente. Agora vejo que ter um bebê com essas qualidades deveria ter sido meu único e maior objetivo. Eu teria sido mais feliz e teria transmitido mais alegria a ela. Portanto, respeite as limitações do seu corpo e não crie objetivos que podem ser utópicos. Ser mãe é mais “o que podemos fazer” do que “o que queremos fazer”.

10. Namoro

Curta a gravidez com seu marido. Não o exclua, mesmo que seus hormônios clamem para que ele fique longe de você. Seja mais forte que essas substâncias químicas e inclua seu esposo nessa história. Todo bebê precisa de segurança e se vocês se mantiverem unidos, sua gestação será mais tranquila e seu filho, mais calmo.

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.