Como ajudar um familiar com depressão

Dez considerações baseadas em importantes recomendações de especialistas sobre a melhor maneira de ajudar um familiar em depressão.

Suely Buriasco

É absolutamente natural no ser humano sentir-se triste ou melancólico diante de mágoas ou perdas. O que configura depressão não é a incidência ocasional dessas emoções, e sim a constância com que elas se manifestam interferindo, inclusive, nas funções orgânicas das pessoas. Um familiar com depressão precisa do apoio de todos os parentes para entender a necessidade de se tratar e obter o máximo do tratamento.

Como a família pode ajudar

Segundo o artigo “Depressão e o Apoio da Família” do médico-psiquiatra Dr. Tárcio Carvalho:

A depressão é um transtorno que afeta toda a família. As pessoas deprimidas podem despertar sentimentos de frustração, culpa e até mesmo de raiva nos familiares, os quais podem guardar ressentimento ou ter dificuldade de entender os problemas da pessoa deprimida. Estudos mostram que as pessoas deprimidas são mais passíveis de experimentar sentimentos de rejeição ou julgamentos negativos por parte de terceiros do que as não deprimidas, e as reações negativas de outros membros da família podem agravar ainda mais os seus sentimentos de desesperança e baixa autoestima”.

Baseando-se nas conclusões do especialista citado podemos fazer algumas considerações:

1- Compreender o que se passa com a pessoa depressiva é a melhor maneira de lidar com ela e oferecer o apoio que ela precisa. Procure informar-se sobre a depressão e suas manifestações.

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2- Incentive seu familiar a procurar tratamento adequado, seja o estímulo que ele precisa. Ofereça-se para marcar uma consulta no psiquiatra e o acompanhar.

3- Converse com o psiquiatra sobre as formas de tratamento; busque entender como elas funcionam no organismo das pessoas.

4- Encare seu familiar como portador de uma doença e amplie seu grau de tolerância em relação a ele. Evite criticar seu comportamento depressivo.

5- Reconheça a dificuldade que ela tem para superar o próprio sofrimento, não espere, muito menos exija uma melhora repentina.

6- Não se culpe. Mesmo que você considere ter errado com a pessoa, o momento é de se redimir tendo paciência e auxiliando na sua recuperação.

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7- Pessoas depressivas têm baixa autoestima, ajude-a enfatizando o que há de bom e bonito nela. O poder do elogio sincero é arrebatador.

8- Você pode ajudar muito a pessoa que estima demonstrando esse sentimento para ela. Carinho e afeto potencializam o tratamento.

9- Pessoas depressivas costumam se isolar; é preciso ter cuidado com isso. O ideal é fazer uma escala entre familiares de boa vontade.

10- Fique atento e procure averiguar se seu familiar tem ideia de suicídio, não negligencie essa possibilidade e em caso positivo avise o psiquiatra imediatamente.

Conviver com um familiar deprimido exige grande esforço, paciência e tolerância. Desenvolver essas virtudes é primordial para que a relação não se deteriore. Uma pessoa deprimida precisa muito do apoio e da presença das pessoas que estima, portanto, é preciso se preparar para isso.

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A chave de acesso ao coração de seu afeto depressivo é a sua compreensão; use dela, talvez seja isso o que ele mais precisa para encontrar a cura.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.