17 comportamentos mais comuns da alienação parental

Essa situação é extremamente prejudicial para a criança e os pais devem tomar todas as medidas para proteger seus filhos.

Taís Bonilha da Silva

Um casal apaixonado resolve se casar e um promete ao outro amor eterno. Desse enlace nascem os filhos, mas no meio do caminho algo acontece e as coisas não saem da forma como planejado. O juramento perante o altar perde o sentido.

O marido ou a esposa pode tornar-se alguém difícil de se conviver e o divórcio se torna a única saída.

Infelizmente esse é um quadro cada vez mais comum entre as famílias. Casamentos destruídos por abusos de poder, violência sexual e psicológica e muitas são as vítimas.

Mesmo após a separação os abusos não acabam, uma verdadeira guerra é travada e a criança muito frequentemente é usada como instrumento para atingir e ferir o outro. E nesse processo quem está sendo mais flagelada é essa criança.

Você já ouviu falar em alienação parental?

Segundo a APASE (associação de pais separados) “A Alienação Parental é um processo que consiste em programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa. Quando a Síndrome está presente, a criança dá sua própria contribuição na campanha para desmoralizar o genitor alienado”.

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Esse tipo de abuso não é percebido pela criança e lhe causa muita confusão, gerando problemas psicológicos e de comportamento. Nesse caso, e se ficar provado essa situação de alienação parental, a mãe ou o pai vítima do ex-cônjuge deve buscar meios legais para retirar a criança do convívio.

Porém, provar que está acontecendo uma situação de alienação parental não é tão fácil.

Comportamentos mais comuns para identificar a alienação parental

Ainda segundo a APASE os comportamentos mais comuns são:

  1. Recusar de passar as chamadas telefônicas aos filhos.

  2. Organizar várias atividades com os filhos durante o período que o outro genitor deve normalmente exercer o direito de visitas.

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  3. Apresentar o novo cônjuge aos filhos como sua nova mãe ou seu novo pai.

  4. Interceptar as cartas e os pacotes mandados aos filhos.

  5. Desvalorizar e insultar o outro genitor na presença dos filhos.

  6. Recusar informações ao outro genitor sobre as atividades em que os filhos estão envolvidos (esportes, atividades escolares, grupos teatrais, escotismo, etc.).

  7. Falar de maneira descortês do novo conjugue do outro genitor.

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  8. Impedir o outro genitor de exercer seu direito de visita.

  9. “Esquecer” de avisar o outro genitor de compromissos importantes (dentistas, médicos, psicólogos).

  10. Envolver pessoas próximas (sua mãe, seu novo cônjuge, etc.) na lavagem cerebral de seus filhos.

  11. Tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro genitor (escolha da religião, escolha da escola, etc.).

  12. Trocar (ou tentar trocar) seus nome e sobrenomes.

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  13. Impedir o outro genitor de ter acesso às informações escolares e/ou médicas dos filhos.

  14. Sair de férias sem os filhos e deixá-los com outras pessoas que não o outro genitor, ainda que este esteja disponível e queira ocupar-se dos filhos.

  15. Falar aos filhos que a roupa que o outro genitor comprou é feia, e proibi-los de usá-las.

  16. Ameaçar, punir os filhos se eles telefonarem, escreverem, ou ao se comunicarem com o outro genitor de qualquer maneira.

  17. Culpar o outro genitor pelo mau comportamento dos filhos.

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Essa situação é extremamente prejudicial para a criança e a mãe ou pai deve tomar todas as medidas para proteger seus filhos. Pode acontecer da criança até ficar com raiva por não poder ver o pai por exemplo, mas isso porque ela não tem condições de perceber que está sendo manipulada. Um dia, certamente, ela compreenderá. Buscar ajuda de um psicólogo para a criança será de grande valia para que ela consiga lidar com essa situação e isso não se torne algo que lhe trará prejuízos na escola e em sua vida futura.

Claro que o ideal seria se a criança pudesse ter contato o mais natural possível com ambos, mas às vezes, quando o abuso se torna a única forma de se relacionar, o melhor é manter a criança afastada.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.